domingo, 30 de outubro de 2011

Grandes cidades trazem as abelhas de volta

Eu como apaixonado por abelhas e que tenho uma vontade de criar abelhas, quando vejo casos como esses a respeito de vivências alternativas em espaços urbanos confesso que fico empolgado. Até um poquinho emocionado talvez.rs



Grandes cidades trazem as abelhas de volta
José Eduardo Mendonça - 28/10/2011 às 13:32

Criação em ambientes urbanos é cada vez mais popular

Na capital da Alemanha, Berlim, e em cidades tão diversas quanto Hong Kong e Chicago, criar abelhas em telhados e pequenos jardins tem se tornado cada vez mais popular. Estes criadores urbanos estão estabelecendo uma ponte entre metrópoles e natureza e até ganhando dinheiro.

Do telhado de um edifício de tijolos do distrito de Kreuzberg, em Berlim, a capital alemã parece uma floresta de concreto. Prédios de apartamentos, edifícios de escritórios e igrejas dominam o panorama. Mas Erika Mayr achou que o local é ideal para suas sete colônias de abelhas. “Elas gostam muito daqui”, disse ela.

Do telhado, ela menciona as chamadas “árvores-do-céu”, uma espécie invasiva que adora as ilhas de calor urbanas e são conhecidas pelo néctar de suas flores. Mayr cresceu na Bavária rural e divide sua vida em três empregos, o que é tipico de sua geração: trabalha em sua profisssão original de jardineira, dirige um bar próximo e nos últimos anos vem produzindo e vendendo o “Stadtbienenhonig”, seu mel urbano. Com pouco mais de trinta anos, ela é uma das protagonistas de um novo fenômeno, o da criação de abelhas em grandes cidades, que acontece em paralelo com a disseminação dos jardins urbanos.

Trata-se de um fenômeno global. Em Hong Kong, no ano passado, o designer Michael Leung reuniu criadores locais e criou a HK Honey, uma empresa que vende mel produzido nos telhados. Na Grã-Bretanha, os membros da Associação dos Criadores de Abelha dobrou, e chegou a 20.000 em apenas três anos, graças a jovens que estão transformando um passatempo em um vibrante movimento ambiental.

Nos Estados Unidos, onde o número de colônias decresceu de 6 milhões depois da Segunda Guerra para as 2.4 milhões atuais, milhares de jovens estão redescobrindo esta atividade milenar. Detroit e Chicago são exemplos de um movimento para torná-la parte integral da economia e da ecologia urbanas.

Tanto militantes ambientais quanto cientistas reconhecem o grande potencial da criação de abelhas nos ambientes urbanos. Na Grã-Bretanha, uma pesquisa da Universidade de Worcester apóia a noção de que, num mundo de economia agrícola de grande escala, as abelhas encontram uma variedade maior de fontes para seu mel em cidades, o que leva a sabores diversos. “Há provavelmente maior diversidade e abundância de flores em cidades do que em reservas naturais no campo”, afirma Jane Memmot, da Universidade de Bristol. Além disso, o período de floração em ambientes urbanos é mais longo do que no campo, por causa das ilhas de calor, diz o e360, da Universidade Yale.

Foto: chantal foster/Creative Commons
http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/planeta-urgente/grandes-cidades-trazem-as-abelhas-de-volta/

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