quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Caminho do amor ou uma ciclovia?

É interessante como solucionamos ou gostaríamos de solucionar certas coisas do dia a dia simplesmente excluindo pessoas. Há várias formas de exclusão. Na verdade o próprio ser humano de uma forma geral se excluiu da natureza, esta entendida de um modo integral, seja a sua essência ou as outras formas vivas ao redor. O homem se abstrai do espaço meio em que vive. Se acha à parte da natureza e do meio ambiente. Exclusão nada mais é que tirar algo ou alguém do nosso meio, muito embora a coisa vai muito além. Exclusão é discriminar. Assim sendo pode ser ainda o simples fato de não permitir a entrada, passagem (trânsito) ou permanência. Excluimos pessoas por vários motivos infelizmente, sejam por essas não atenderem nossas demandas, expectativas, não fazerem parte de nosso mundinho, por elas não serem bonitas, por não usarem as roupas que usamos, excluimos por elas nos incomodarem, ou ainda por elas terem dificuldades de comunicação. Exclusão pode ser ainda o simples fato de querer exclusividade. Exclusão e exclusividade são palavras interconectadas.  Isto chama a atenção para nossa ruptura em termos de mobilidade humana e sobretudo urbana. Me refiro a vida moderna que exclui pessoas do trânsito. Daí causamos um paradoxo. Passamos a ter um dia para excluirmos as coisas que excluem pessoas. Tais coisas por estarem ocupando demais a sociedade e por elas estarem gerando problemas precisam de um dia a menos no ano. Me refiro ao Dia Mundial sem Carro, uma iniciativa interessante e provocadora, a fim de refletirmos os caminhos que a sociedade industrializada e capitalista está indo.
Por outro lado, há um tendência em prol da melhor mobilidade urbana. Já de tempos atrás que as ciclovias se tornaram um espaço de mobilidade alternativa e que a princípio veio como uma necessidade de lazer. Por outro lado ela também acabou sendo uma via de exclusão em uma determinada perspectiva. Isso porque se os ciclistas ficarem restritos a andarem em ciclovias correm o risco de serem oprimidos nas ruas em caso destes circularem em meio ao trânsito.
Mas então? Devemos ser contra ou a favor de ciclovias? Ciclovias devem existir sim, evidentemente, e serem ampliadas em termos de quantidade. Elas possuem diferencial por poderem coexistir em espaços menores, podem fazer parte de espaços diferentes e interconectá-los como uma trilha, pode ser uma simples opção para respirármos e olhármos outros ares. Pode ser simplesmente uma rota mais próxima. O caso é que não devemos restringir nossa convivência a ciclovias. Devemos estar nas ruas, pois os espaços criados a princípio precisam ser espaços de vida.

O termo "Meio ambiente" vem justamente desse aspecto. Um espaço que PODE abrigar vida, e afinal de contas a rua ou a avenida ou a estrada é um espaço por onde transitam vidas. Aliás, vida é um conceito altamente móvel. Todo ser vivo possui mobilidade, seja essa uma mobilidade dentro do seu corpo apenas (no caso dos seres sésseis) ou uma mobilidade externa. Conforme já postado aqui no post "Megalópolis e A Cidade Somos Nós", a rua deu lugar aos automóveis ao invés de ser para pessoas. Ao invés de serem espaços de vida se tornaram espaços perigosos e de perda de tempo. E toda perda de tempo é perda de expectativa de vida. Sendo assim é essencialmente perda de vida. Alguém se lembra daqueles antigos joguinhos de videogame Atari. Lembro-me de dois deles que eu jogava: o Frogger e o do Galinha atravessando a rua. São bem atuais num sentido nada virtual.
Frogger
O caminho para que a cidade e a rua sejam para todos é a tolerância e o respeito. Isso nos leva a ideia do que seja Amor. Amar é dar a chance. Dar chance de sermos um com o outro, sem interesse, construir pontes, relações vivas, interser e interceder. Interessante como eu aprendi esse conceito. Conheci Jesus Cristo e ao dar de cara com as ideias de amar impressas na Bíblia, especialmente nas cartas de Paulo, pela forma que ele fala, busquei entender a fundo e cheguei a essas constatações acima sobre o amor.

Observamos no livro bíblico de Atos que "Caminho" era o nome como era conhecido o seguir a Deus Jesus, esse relacionamento e apontava para o estilo de vida dos seguidores de Jesus de Nazaré. Esse andar comunitário e esses que a ele pertenciam eram chamados de "os do Caminho". Aliás, o próprio Senhor Jesus se apresentou a nós se intitulando como ele próprio O Caminho (João 14:6). Ninguém chega ao Pai senão através dele. Ele próprio era o verdadeiro espaço de vida, não atoa também ele nesse mesmo versar disse ser ele A Vida. Sua vida era o amor. Todos seus relacionamentos de vida eram pautados no amor. Indepente de onde ele estivesse ele era amor, pois as circunstâncias ao redor, as coisas que aconteciam a volta, o trânsito de pessoas, de veículos, de ideias, ou de filosofias, mercadorias e o que fossem não mudavam o amor que ele era.

O caminho do amor também pode ser expresso por duas palavras: convergência e convivência. Jesus atraia pessoas para si independente de quem fossem. Ele causava um trânsito de vidas. Seja ele indo até a pessoa ou esta indo até ele, sempre havia encontro. Isso é convergência. Estar junto era essencial para viver. Isso é a essência do sentido de comunhão. Da mesma forma convivência é viver conjuntamente, viver junto em um espaço/tempo. Jesus nos ensinou o amor é um com outro. Ou na sua matemática 1 + 1 = 1. Forma-se um todo. Diferentes partes vivendo e transitando num mesmo espaço e tempo.  Esse amor é o percurso que precisamos seguir na vida para que possamos coexistir e termos vida em abundância, uma vida plena.
É interessante como as coisas triviais, corriqueiras são aparentemente vazias de espiritualidade, ou vazias de sagrado aparentemente. Mas na verdade cada ação que temos e nossas reações representam crenças internalizadas. Já repararam como a convivência no trânsito é cheia de tendências? Ao permitirmos o passar ou no esperármos, por exemplo, podemos ver como essas tendências e valores estão encravados em nossa vida, como reconhecemos o outro, o quanto estamos dispostos a sermos um com o outro, o quanto nos afastamos ou nos aproximamos de estar com o próximo, ou como lidamos com a necessidade do outro, ou como nos portamos perante um erro de condução do outro ou até mesmo numa situação de ofensa pelo outro. Quantos são capazes nesses dias apressados esperar o pedestre terminar de atravessar a rua durante a troca de luz do sinal? Esperar que eu digo não é simplesmente não passar por cima, mas não acelerar/roncar o motor como quem está com pressa. Por que buzinamos impiedosamente ou apressamos o carro da frente? Muitas vezes as pessoas se sentem maiores quando estão em carros ou de posse de objetos. Alguem se lembra do atropelamento em massa dos ciclistas?


É mais fácil agredirmos que amar? É mais fácil excluirmos pessoas a amá-las? Parece que sim. Mas devemos ter sempre em mente que o que temos em posse nada mais é do que um meio, um recurso. Mas um meio ou recurso de que e para quê? Podemos responder com uma outra pergunta: "De que maneira posso elevar a vida do próximo com o que tenho em mãos"? Hoje em dia o carro é um sonho de consumo e se parármos para analizarmos esse sonho de posse, melhor dizendo, ele é um objeto de uso individual apesar do carro ser projetado com a possibilidade de um uso coletivo. Basta observármos a quantidade de carro no trânsito em que há apenas uma pessoa dentro dele.

Devemos buscar mais vivermos um pelo outro. Tentar fazer isso com alguém. Lembre-se que junto é sempre melhor.
Aloha a todos!
Vivendo na ponte que é Cristo.
Tentando convivência com o próximo,
Jorge Tonnera Jr

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Paulo Freire, Marx e Cristo Jesus

Recentemente tive acesso a um vídeo da última entrevista de Paulo Freire em vida.  É na verdade um pequeno trecho que estou postando aqui, mas simples e emocionate. Se eu já gostava dele, passei a admirar mais ainda. Um bom vídeo para incomodar um gueto intelectualzinho e aos fanáticos. Pra quem não sabe, Paulo Freire é o maior educador brasileiro. Sugiro a quem não o conhece pesquisar sobre sua obra e seus bons frutos. Se você tem um pingo de senso de camaradagem com Jesus Cristo verá o amor de Paulo Freire em relação ao oprimido.


Paz do Cristo,
o salvador

Jorge Tonnera Jr.

domingo, 18 de setembro de 2011

Secular ou sagrado? A espiritualidade de uma ciclovia

Por Bráulia Ribeiro
Tenho um pé de carambola no quintal que dá o ano inteiro. Tenho orgulho deste quintal com sete tipos diferentes de frutas. Custou pra crescer neste solo desértico da Amazônia. Desértico sim, infelizmente, o solo daqui quando se tira a floresta nativa. Sobra nada quase, o sol escaldante, e as plantas teimosas da capoeira. Chegamos nesta terra a mata já havia sido tirada, nos sobrou o capoeiral. Depois de anos o  capoeiral virou pomar e olho para sua abundância com uma surpresa constante. Redenção é  possível para a terra também.
Mas só existe um certo número de coisas que se pode fazer com carambola. Dá pra fazer suco, doce, geléia, com um certo esforço dá pra colocar em pratos salgados. Tentei outro dia imitar o Alex Atala, mestre das misturas inusitadas,  e fiz frango com carambola. O resultado saiu no mínimo duvidoso. Lá  ficam então as carambolas inusáveis,  madurando esperando ser colhidas até que caem desapontadas pelo chão.
Fui visitar a cadeia de adolescentes da cidade. Sei que não se chama cadeia, e que não deveria se parecer nem de longe com uma, mas é uma cadeia sim com todas as mazelas que isto significa. Celas cheias e imundas, confinamento integral, violência, sexualidade perversa e inflacionada, falta de opções de aprendizado, de reconstrução pessoal.
De um lugar destes não se volta. Seu corpo sai, mas sua alma fica lá presa com jovens franzinos, sedenta de ar e respostas. Me chocou saber que uma grande porcentagem deles vieram de famílias evangélicas, as paredes perplexas estão cheias de “Jesus Salva” convivendo com palavrões.
O que aconteceu com o poder do nosso evangelho? Há algo de podre no reino da Dinamarca. Outro dia pisando numa carambola e noutra que apodreciam doces debaixo do pé, não deu pra evitar uma comparação mental conosco no Brasil de hoje. Do mesmo jeito que o fruto pelo seu excesso me cansou, nós também reduzimos a mensagem do evangelho a um significado só. Apenas a salvação importa, apenas encher as cadeiras dos templos. Tentamos ser relevantes, mas nosso fruto é sempre o mesmo.
Temos um sabor só, uma cor, um fruto só: religião.   Se vamos ao presídio de crianças falamos de salvação, o que não é nada novo para os presos,  se vamos a TV falamos de salvação, se vamos ao congresso achamos que ao colocar a Bíblia na tribuna e evangelizar mais deputados, estamos mudando a sociedade. Usamos dinheiro público para construir catedrais, beneficiamos os crentes com leis circunstanciais e oportunistas.  Se fazemos trabalho social o fazemos na maior parte das vezes para poder “converter” mais pessoas. Todos nossos esforços estão voltados para produzir um único fruto: mais prosélitos em nossos templos. Pensamos em nossa tarefa como sendo unicamente a de salvar indivíduos.
Usamos o óculos grego para ler a Bíblia. Na cosmovisão greco-cristã influenciada pelo platonismo a alma/espírito do indivíduo é a única matéria prima possível para a ação do Espírito Santo com um produto único mais óbvio, a sua salvação deste mundo material corrupto para o perfeito mundo do espírito.
Se restaurarmos a compreensão tribal da mensagem de Deus, recuperamos dois pilares fundamentais na visão de mundo judaico-cristã, a identidade social, e a visão do ser humano como um todo, espírito e matéria.  Entendemos que o grupo, assim como o indivíduo, também pode ser ou não “salvo”, refletir ou não os valores de Deus na prática social, nas leis, na forma de ser cidade.  Existe a  dimensão sociológica do amai-vos uns aos outros.
Temos que entender o plano de Deus para a sociedade como um todo. Expressar o amor para a sociedade à partir de nossa identidade coletiva é parte da nossa missão tanto quanto lutar pela salvação de seus indivíduos.
Se pensássemos o cristianismo além da mera salvação, saberíamos   o projeto concreto de Deus  para o mundo de negócios, para as artes, para o sistema educacional, para a administração pública. Haveriam outros frutos possíveis para nossa fé evangélica, além de igrejas cheias. Trabalharíamos com a essência divina da sociedade humana antes que ela se desintegrasse, abraçaríamos a  cidade antes que nela se instalasse o caos.
Olhando as carambolas apodrecidas debaixo do pé, comecei a sonhar com uma cidade melhor, onde as igrejas se uniriam para urbanizar seus bairros. Como prova de amor pelo bairro construiriam praças e áreas de lazer. Imaginei que um arquiteto cristão poderia  fazer o projeto de uma ciclovia linda, arborizada, de graça, a prefeitura apoiaria, os crentes mesmo plantariam e cuidariam de muitas árvores nas ruas para sombreá-la como prova de nosso amor pela meio-ambiente e pela cidade. Os jovens poderiam executar o projeto. A ciclovia iria trazer para a população que depende da bicicleta para se transportar um senso de valor e dignidade.
Imaginei que se amássemos a cidade, os artistas que se sentam aos domingos em nossos bancos sairiam às ruas e fariam oficinas para crianças ociosas, e na tinta elas encontriam as cores que faltam em suas vidas.  Nossos cantores entreteriam nas praças os velhinhos e os pobres com suaves serenatas. Belos jardins seriam construídos a cada três ruas, e que as crianças da rua participem de seu cultivo…
Se amássemos a cidade, seríamos capazes de  articular nossa visão de mundo tão bem e as pessoas se apaixonariam  pelo modelo social exemplificado por nós. Mostraríamos na prática o amor incondicional e integral de Deus para todas as pessoas, independente de cor, classe social, gênero. Não guerrearíamos com a sociedade, mas ao contrário, nos uniríamos a ela para combater problemas e propor soluções. Mas por enquanto só temos um fruto evangélico que cansamos de usar da mesma maneira sempre  e que agora apodrece no chão em meio a pacotes de dinheiro e  documentos rasgados e queimados.

Curso para novos voluntários - CVV (Centro de Valorização da Vida) do Programa de Apoio Emocional prevenindo o suicídio.

Hora
sábado, 24 de setembro · 09:00 - 12:00

Localização
UERJ
R. São Francisco Xavier, 524 - 3o. andar - bloco F - Maracanã
Rio de Janeiro, Brazil

Criado por

Mais informações
CVV - Curso Gratuito para Novos Voluntários

Se você tem mais de 18 anos de idade, pelo menos quatro horas disponíveis por semana e vontade de ajudar o outro, você pode ser um plantonista do Programa de Apoio Emocional do CVV. As principais frentes de atuação do plantonista são o telefone (que inclui VoIP, correspondência, contato pessoal e e-mail) e o chat (que também inclui e-mail).

Nossa missão é Valorizar a vida, contribuindo para que as pessoas tenham uma vida mais plena e, conseqüentemente, prevenindo o suicídio.

Postos Centro, Copacabana e Maracanã
De 19 a 23/Setembro, 19 às 21h - Colégio Pedro II
R Marechal Floriano, 80 - Centro - RJ

ou

Dias 24 e 25/Setembro, 9 às 13h - Auditorio da UERJ
R. São Francisco Xavier, 524 - 3o. andar - bloco F - Maracanã - RJ

Inscrições no local, 15 minutos antes.

Mais informações: www.cvv.org.br ou ligue 141.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Eucaristia e Meio Ambiente


Hermes Fernandes

O que mais me chama a atenção na Encarnação é nova fase que ela deflagra na relação entre o Criador e a criação.

Ao entrar no Universo que Ele mesmo criou, Deus Se tornou parte integrante dele. Reflita um pouco comigo: Ele comeu nossa comida, bebeu de nossa água, respirou nosso ar.

Nos cerca de 12 mil dias em que caminhou entre nós, Ele interagiu com o ambiente à Sua volta, e assim o santificou. A água que Ele consumiu passou por Seu organismo, e foi devolvida. O ar que Ele respirou passou por Seus pulmões, e foi devolvido à atmosfera. Tudo o que Ele ingeriu, foi digerido.

Átomos que pertenceram ao Seu Corpo ainda estão entre nós. Por causa de Sua Encarnação todo o Cosmos foi sacralizado.

Por isso, podemos afirmar que a criação como um todo passou a ter valor sacramental. Além do batismo e da Santa Ceia, temos um terceiro sacramento: o Cosmos. E tudo por causa da Encarnação.

Daí a razão pela qual Paulo atribuiu valor eucarístico à criação:

“Porque tudo o que Deus criou é bom, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças (originalmente, “eucaristia”), porque pela palavra de Deus (pelo logos divino que Se encarnou), e pela oração, é santificada” (1 Tm. 4:4-5).

A criação perdeu sua profanidade decorrente do pecado, e adquiriu, através da Encarnação de Deus, um valor sacramental. Por isso, na visão que teve, Pedro foi advertido a não chamar de impuro aquilo que Deus havia purificado, nem mesmo os animais reprovados pela Lei para o consumo humano.

Agora, além de possuir um Corpo Místico, a saber, a Igreja, Cristo também possui um Corpo Cósmico. Com Sua ressurreição, Ele abarcou em Si mesmo toda a realidade, tanto a espiritual, quanto a material (Ef.1:9-10; Cl.1:19-20). Nada ficou de fora do escopo de Sua obra, iniciada na Encarnação, consumada na Cruz, e confirmada na Ressurreição, e plenamente manifestada no final das Eras. Assim como a roupa que Jesus usava resplandecia enquanto Seu rosto se transfigurava, em breve, todo o Universo se transfigurará, e revelará a glória de Deus nele latente, para que, finalmente, “Deus seja tudo em todos” (1 Co.15:28).

À luz disso, que tratamento não deveríamos dispensar à criação? Que cuidado não deveríamos ter para com o meio ambiente? Quem colabora pela sua destruição, está abrindo feridas no Corpo Cósmico de Cristo.

Quem ama o Criador, cuida da criação.

Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2009/07/eucaristia-e-meio-ambiente.html#ixzz1X8ZBBV56
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