terça-feira, 29 de novembro de 2011

Alice no País de Salvador DAlí.


Você já imaginou alguma vez se Salvador Dalí tem algo em comum com a obra literária "Alice no País das Maravilhas"? Pois de qualquer forma recentemente descobri isso. Existem 12 ilustrações a guache que o pintor fez em 1969 para uma edição especial de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll. Cada pintura se refere a um capítulo do livro. Vale a pena ver através do olhar surreal essa obra que de fato tem tudo a ver ao meu modo de ver com o surrealismo. Veja mais no site Omelete. Fonte: http://omelete.uol.com.br/quadrinhos/veja-pinturas-de-salvador-dali-para-alice-no-pais-das-maravilhas/

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O conceito ecológico de Deus e a corrupção e injustiça humana

Amós 4:8:  E andaram errantes duas ou três cidades, indo a outra cidade para beberem água, mas não se saciaram; contudo não vos convertestes a mim, disse o SENHOR. 
Amós. 4:13: Porque eis aqui o que forma os montes, e cria o vento, e declara ao homem qual seja o seu pensamento, o que faz da manhã trevas, e pisa os altos da terra; o SENHOR, o Deus dos Exércitos, é o seu nome.

Amós 9:6: Ele é o que edifica as suas câmaras superiores no céu, e fundou na terra a sua abóbada, e o que chama as águas do mar, e as derrama sobre a terra; o SENHOR é o seu nome.



Interessante Amós finalizar o início de sua profecia apresentando Deus, e particularmente apresentar Deus através do conceito de quem ele é, ou seja, o Criador de tudo, e ao longo da profecia anunciando Deus como mantenedor desse todo. Amós, que era criador de gado e cultivador de sicômoros reconhecia Deus como sendo aquele que criou tudo que existe, nos cerca e nos forma, o que é interessante sobretudo quando reconhecemos que ao longo de toda a profecia no livro de Amós o teor de sua mensagem é um grito contra as injustiças sociais e a corrupção. Isso porque em síntese podemos dizer que as corrupções que começam em nossa mente, e por vezes se associam, se expressam através das nossas cobiças e atitudes, formam hábitos e definem nosso caráter, e isso gera distorção em diversos níveis relacionais. Nossas relações são influenciadas seja no nível pessoal, social, econômico e ambiental, em resumo um disparate ecológico. Então vemos no percurso das profecias as denúncias e as visões, as quais se referem a desde destruições a estiagem prolongada. Sendo assim, tudo o que foi criado por Deus acaba sendo impactado pelo problema da corrupção e injustiça. O que explora quer mais, o que é explorado precisa de recurso para viver e acaba explorando o meio, e assim o pobre é empurrado contra o ambiente que vive ou a si próprio. O que explora o próximo explora o ambiente também e cria valores econômicos acima do real. Inviabiliza justas trocas, consome mais do que precisa e escasseia os que também precisariam ter sua parte.


Sendo Deus criador, mas também um Deus amoroso ele providencia uma transformação social através de si mesmo enviando o Filho do Homem (Jesus Cristo) anos mais tarde, que conforme Amós pronuncia "juntará as brechas". Sim, o Messias juntarás as brechas das relações quebradas pela corrupção. Em Cristo as injustiças serão cessadas e as relações com toda a criação reerguidas desde o nível intrapessoal (Deus e eu) a um nível socioeconômico (Eu e o próximo e nossas trocas) e nossa convivência relacional no mesmo espaço de vida e entre os diversos espaços de vida (ecossistemas e ambientes) (Eu e o meio ambiente). Assim, o fim da profecia é uma vida ressocializada, ou melhor, ecologicamente estável, sob uma nova ética, mais precisamente a verdadeira ética, a ética do amor, sendo essa expressa desde antes, desde os primórdios, mas que em Jesus ela foi traduzida e transfigurada/vivenciada e assim transmitida.
 
Nele, que é a vida integral e integrada,
Jorge Tonnera Jr

Família Gangsters - Reciclar Você

Descobri a pouco tempo essa banda através desse maravilhoso videoclipe. Ele mostra um dia de um catador de Materiais Recicláveis. É a história real de Marcelão, um catador de materiais recicláveis que passa o dia todo circulando pela cidade de São Paulo na busca por essas matérias-primas espalhadas. A letra é sensacional. Pura tradução da vida. É como ela diz: "Precisar, querer. Consumir, render. Trabalhar, reciclar você. Transformar, viver. Enfrentar e sempre semear". 




Acordar,

correr atrás dos ponteiros já não é de preocupar
Levantar, cair
Quem deu corda no tempo nunca teve que partir


Precisar, querer? Consumir render
Trabalhar... e ter que trabalhar
Reciclar você! Transformar viver
Enfrentar... Sempre semear...

O trânsito doente, a cidade em sua frente
Ele é só mais um atrasado
A fumaça da rotina, que resseca sua retina, escurece o outro lado

Mas enxergava a vida como um muro de sorte
Que com cores de artistas vira tela de arte

Vai tomando o seu caminho
Tempo é o vento, ele é o moinho
Cansado de se preocupar
Pensamentos em outro lugar

Entre prédios e avenidas
Sua mente acha saídas
Encontra sempre um bom lugar
Na presa ele vai devagar

Precisar, querer? Consumir render
Trabalhar... e ter que trabalhar
Reciclar você! Transformar viver
Enfrentar... Sempre semear... O BEM

Reciclar Você, transformar viver
Tomar partido da sua vida
Sua mente acha saídas

Composição: (letra e música por Felipe Gomide, Marcos Mossi, Pedro Lobo)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CAMINHADA CONTRA A CORRUPÇÃO - Dia 20/11/11





Por intermédio e idealização da JOCUM Rio, estaremos realizando uma CAMINHADA CONTRA A CORRUPÇÃO em Copacabana, mobilizando a juventude cristã no mês de Novembro.


20 de Novembro – Caminhada contra a corrupção na orla de Copacabana, 13:00 – 17:00h.


Estaremos protestando contra a corrupção política e toda injustiça que provém dessas coisas. Estaremos contra os atos as escuras e todo desvio que empobrece o Brasil. Sabemos que somos detentores de muitas riquezas. Precisamos é distribui-las. Governo, Políticos, Grandes empresários e Religiosos. São esses os grandes gafanhotos devoradores do Brasil, que mais parecem ter saído da Babilônia. Mas há também os gafanhotos pequenos cortadores...esse somos nós. Isso porque os mecanismos sociais que provocam injustiças são os mesmos dentro de nós, dentro das nossas casas, empresas ou governo. Ou seja, a sociedade é um todo corrupta. Fome de pão no asfalto e sede água na caatinga são reflexos de fome de paz e sede de justiça dentro de cada um nós.
É importante dizer que a corrupção passa pela nossa vida todos os dias e por vezes deixamos passá-la como se fosse um detalhe que fantasiamos de necessidade, irreverência ou inocência. Agimos assim na fila do supermercado, na propina ao guarda de trânsito, no "gato" da TV a Cabo, no não devolvermos o que pegamos emprestado, no não devolver o troco errado, no querer tirar vantajem em tudo e sobre todos, no "fecho contigo se tu fechar comigo", no voto por interesse, no não declaro a receita federal, e em tantas outras coisas. O que ocorre nas casas da política governamental é apenas por extensão a um nível maior o que ocorre no barzinho da esquina ou na casa de muitas famílias, que afinal de contas também são casas de política, pois todo ser humano é político. Até nos Âmbitos religiosos a corrupção está presente.
Assim como na época do profeta Amós, o reinado de Israel vivia uma época aparentemente gloriosa que ampliava seus domínios (2 Rs 14:25) (6:1-3.13-14), e um culto religioso que disfarçava a ausência de uma fé justa amparando e ocultando as múltiplas opressões e injustiças. Temos vivido um tempo bem parecido como o de Amós. A palavra de Amós incomodava porque ele anunciava que o julgamento de Deus viria para os poderosos e também para os religiosos que não se incomodavam. Ele falou de ricos que acumulavam cada vez mais; ele falou de  mulheres ricas que, para viverem no luxo, estimulavam seus maridos a explorar os fracos; falou também dos que roubavam e exploravam e expressavam uma hipócrita religiosidade "compensatória" que naturalmente era associada ao dinheiro;  também os juízes que julgavam injustamente; e os empreendedores comerciais que prejudicavam e mantinham um ciclo de compra e venda por preço justo. Sendo assim, toda uma realidade de insustentabilidade que diante de Deus era revoltante. "Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor DEUS, quem não profetizará? (Amós 3:8)
Amós como visionário era capaz de ver a tragédia em situações cotidianas, tudo isso criando um regime de opressão  mas também o Livro de Amós termina com uma mensagem de esperança (9:11-15). Diz o Senhor que "Naquele dia tornarei a levantar o tabernáculo caído de Davi, e repararei as suas brechas, e tornarei a levantar as suas ruínas, e o edificarei como nos dias da antiguidade". (Amós 9:11)


Deixo uma música para pensármos através da sua letra o nosso cotidiano corrupto. A música se chama "Tão Iguais" da banda Dead Fish.


Eu grito pelo meu país
Que finge,
Os absurdos tão normais
Onde estou.
Eu desejei o teu lugar
Quis agir da mesma forma
Aqui todos são iguais!
Impunidade usada pra vencer
Comprada com seus votos
E sua omissão
Legislar ou pedir pão
Não seja tão honesto
Ou irá morrer!
Se resignar e aceitar,
Se eles são apenas dez?
Não terá o seu quinhão
Tão sujo quanto o deles
Normalidade!
Senso Comum!
(Me lembro com se fosse ontem do meu pai me falando preu estudar pra ser alguem na vida. E disse coisas sobre o caso, era Aracelli e Ana Angélica, dizia que não ia dar em nada, lembro dos seus discursos sobre honestidade, de como deverímamos ser e agir)
Eu desejei este lugar,
Quis agir da mesma forma,
Aceitar os mais iguais!
Eu desejei o meu lugar,
Vou agir da minha forma,
Quero coisas mais reais!


(As 2 ultimas estrofes cantadas Simultaneamente)
(Tempos depois o meu velho se foi e descobri que saber não bastava...)
Tente conceber! Tente
Vislumbrar!
Que é tão igual quanto os
Que odeia!
Tudo isso vai mudar?
(...Precisava ser alguem e ter um nome, um brilho ou um padrinho, não abri a mão do que aprendi para que ser o que eles desejavam que eu fosse, por isso prometi fazer alguma coisa, por todos que sejam honestos, por mim, por La Madre, minha avó, meus amores, amigos, irmãos e por todos que sofrem neste estado do Espírito Santo)



Contamos com a sua participação e disposição em caminharmos juntos para a expansão do Reino de Deus na cidade do Rio de Janeiro.

Tenho percebido que Deus tem dirijido um forte clamos por justiça tanto aqui no Brasil quanto em outras partes do mundo. Os ocupa Wallstreets da vida e outros movimentos, bem como as inconformismos de pessoas da igreja que Deus tem trazido de dentro pra fora como Amós.


Quando virem o Reino então se dirá:
... "e justiça para todos".
Amém!!


Jorge Tonnera Jr.


Para mais informações:
Tel: (21) 2283-2285
Email: info@jocumrio.org.br O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
...e justiça para todos..
..

Você sabia que pode alugar brinquedos?

Recebi mês passado um informativo do Banco Santander, ou como um amigo chama, "Satãnder" (Sim, também como você eu não gosto de bancos, e por isso mesmo me surpriendi em dobro) que falava de um Clube do Brinquedo, um site para aluguel de brinquedos.
Tal proposta é não somente criativa como principalmente bem coerente, pois, a economia deve ser um circuito, e com o passar do tempo ela terá que se adaptar a realidade da vida e sair da virtualidade do consumo excessivo. A ideia de aluguel de bens tem sido uma tendência e em parte se expandiu por conta da crise. Podemos chamar esse tipo de movimento de economia criativa. É interessante sobretudo, e acho que o maior mérito dentro de nossa sociedade indivudualista e que se empodera através de coisas, vaidosa e de jovens querendo a todo custo se auto afirmarem, nesse caso ao contrário disso tudo a proposta oferece o contato ao não apêgo, a educar nossos filhos desde cedo ao uso e devolução. Brincar por si só é um ato educacional que libera a criança em termos de afeto, cognição, criatividade e também valores. O não ter também é uma necessidade assim como o ter coisas necessárias. Ou como o idealizador, Wagner Heilman disse: "Não acumular objetos é uma necessidade atual e que precisamos ensinar aos nossos filhos”. Além do quê, o ensinar a forma de usar, ou melhor o conservar as coisas nos leva a uma ética de respeito e cuidado maior com as coisas que passam pela nossa vida e assim um melhor cuidado do que não é nosso, portanto por extensão um melhor cuidado com o meio ambiente e o próprio planeta. O meio ambiente por ter sido ultrajado há muito tempo na ótica de "uso-desuso-descarte", tem faltado com recursos.

Segundo o folder, o Clube do Brinquedo é a primeira locadora online de brinquedos e acessórios que possibilita uma forma de consumo sustentável desde a infância, já que os pais não precisam mais comprar itens que são utilizados por pouco tempo pelas crianças. Pra quem se interessar o endereço do site é http://www.clubedobrinquedo.com.br/

A ideia é excelente, a proposta é totalmente cristã ao meu modo de ver. Torço para que dê certo e se multipliquem tais exemplos.

Jorge Tonnera Jr.

A gente não somos inútil!

Achei interessante postar esse artigo abaixo que saiu no yahoo por ser um texto que vale na tentativa de ser completo e imparcial. Fora que foi um caso para se falar. E num barzinho é um ótimo papo. rssss. A gente não somos inútil!

A gente não somos inútil! 
Por Pedro Alexandre Sanches | Ultrapop .Agência Estado

E então o rock’n’roll desceu das tamancas, no festival musical que faz da sustentabilidade seu mote principal. A turma do Peter Gabriel tretou com a turma do Roger Moreira, e a treta ocorrida num descampado no interior de São Paulo correu mundo, fazendo efeito em roqueiros de Chris Cornell a Lobão a Brian Eno. Até o tão viril rock’n’roll pode viver seus dias de revista de fuxico e fofoca, por que não?
Não estou indo aos shows do SWU, nem acompanhando pela televisão. Mas o Twitter, em casos como esse, é quase suficiente para informar a espinha dorsal do que a gente precisa saber: a turma do Peter Gabriel, gênio por trás do grupo britânico setentista de rock progressivo Genesis, tentou dar um passa-fora na turma do Roger, gênio por trás do grupo brasileiro oitentista de rock new wave Ultraje a Rigor. Atenção para a próxima frase: tentou, mas não conseguiu.
A maioria dos artistas e bandas daqui prefere historicamente abafar o hábito corrente em festivais multinacionais, de os brasileiros serem tratados feito lixo perante os sempre gringos “astros principais”. A discrepância causa boataria desde pelo menos 1985, no primeiro Rock in Rio, quando a moeda corrente jurava que um Whitesnake valia algo como uns dez ou cem ou mil Erasmos Carlos.
O caso mais rumoroso foi o dos preparativos para o Rock in Rio 3, em 2000, quando os maus tratos e as mamatas diferenciadas para nomes estrangeiros motivou a saída em bloco das bandas “subdesenvolvidas” Charlie Brown Jr., Cidade Negra, Jota Quest, O Rappa, Raimundos e Skank. O público brasileiro mais pagapau abaixou o topete e se satisfez com as atrações internacionais da hora. Pouco se reclamou da exclusão do rock nacional do festival que levava rock no nome e Rio no sobrenome, e ainda por cima sobraram garrafadas, palavrões e vaias para o baiano Carlinhos Brown – simplesmente porque ele estava se apresentando, e não porque não tivesse acompanhado os colegas na decisão de dizer um basta às humilhações, ou rebeldia parecida. Afinal, o rock é rebelde ou não é?
Ontem, vasculhando o Twitter durante a confusão, vi espertinhos brasileiros xingando Roger de otário e louvando o talento do Genesis em comparação ao do Ultraje – enquanto o gênio britânico Brian Eno tentava entender o que tinha acontecido, sem aliviar a barra do compatriota contemporâneo.
Perdão, mas discordo em gênero, número e grau dos espertinhos. Desde o primeiro momento da treta, me voltou à cabeça a letra de “Inútil” (1983), rock de protesto juvenil que celebrizou o Ultraje a Rigor e virou um hino informal da redemocratização do país, após duas décadas de ditadura.
“A gente não sabemos escolher presidente/ a gente não sabemos tomar conta da gente/ a gente não sabemos nem escovar os dentes/ tem gringo pensando que nós é indigente/ inútil, a gente somos inútil”, cantava o jovem Roger, não sem requintes de crueldade autodirigida. Minha geração aprendia com rocks como “Inútil” a protestar contra a impossibilidade de votar – e aprendia, ao mesmo tempo, a nos autoconsiderar um povinho de merda.
Muita água rolou por baixo da nossa “bridge over troubled water” desde 1983. O Ultraje acabou e voltou um bocado de vezes. Nas paradas locais de sucesso, o rock virou sertanejo que virou pagode que virou axé que virou grunge que virou... Pós-sucesso, o roqueiro Roger cometeu a audácia de posar com o pau de fora numa revista gay. Mais recentemente, ele próprio virou brigão de Twitter, daqueles que volta e meia expelem vaticínios mais para retrógrados e reacionários que para progressistas e, hum..., roqueiros.
Particularmente, amanheci a segunda-feira (14) orgulhoso do Roger, de quem costumo discordar muito mais que concordar. Não se foi tudo espontâneo, ou se algo de concreto lhe veio à mente ao rejeitar a “proposta” da gangue do Peter Gabriel, de encolher seu show de uma hora para meia hora (para comodidade do playboy gringo, devo supor?). Mas a postura que o autor de “Inútil” teve foi bem diferente daquela de quando era jovem e depreciava a si próprio e a seu próprio país cantando que “a gente faz filho e não consegue criar”, “a gente pede grana e não consegue pagar” (alô, FMI), “a gente joga bola e não consegue ganhar” (nos tempos em que futebol, supostamente, era só o que tínhamos a oferecer).
Ainda na noite de ontem, @roxmo (ou seja, o Roger) escreveu para Peter Gabriel, em inglês, via Twitter: “Hey, @itspetergabriel! Boa sorte no seu voo para casa! Pensei que você fosse um artista; quando você se tornou um cuzão? Ativista mundial, meu cu...”. Que deselegante!, diria Sandra Annenberg. Sim, mas consideremos que nem sempre um roqueiro brasileiro de primeira, segunda ou quinta viagem se expõe assim publicamente, em legítima autodefesa contra as arbitratriedades dos sustentáveis e dos insustentáveis.
Hoje, Roger já estava todo feliz outra vez no Twitter, porque sir Gabriel lhe teria ligado, em pessoa, para pedir desculpas. Não que convença muito a fábula “o médico e o monstro” aplicada a Mr. Gabriel, um lorde, e seu “manager”, um ogro – ou aplicada a qualquer outra estrela, do rock ou fora dele.
Mas a liçãozinha de sustentabilidade que eu tiro desse SWU (“starts with you”, “começa com você” em inglês) é que sempre vai ter gringo achando que nós somos indigentes – enquanto nós acreditarmos que somos indigentes. Muito conterrâneo zoou o Roger a valer porque o pau dele não parecia lá muito grande na G Magazine – mas quem de nós, roqueiros ou não, tem pau grande o suficiente para botar na mesa, desmentir bobagens ditas 25 anos atrás e exigir respeito de igual para igual a lordes britânicos de nariz empinado?
FONTE:
http://br.noticias.yahoo.com/blogs/ultrapop/a-gente-nao-somos-inutil-.html

sábado, 12 de novembro de 2011

Injustiça? De qual estamos falando mesmo?!

Injustiça Contra o Rio??? Sério mesmo?! Por causa que querem dividir os Royalties? Injustiça é a educação no RJ ser a segunda pior do Brasil; injustiça é o Corpo de Bombeiros e a PM serem mal remunerados; injustiça é não sabermos como os recursos dos royalties estão sendo aplicados; injustiça é ter alguns municípios do estado do RJ na lista dos piores em saneamento, injustiça é termos um transporte coletivo deplorável como é o Metrô, a Supervia. Aliás aí nós vemos a demagogia. Liberam gratuidade para as pessoas pegarem o metrô, barca e trem por causa dessa passeata pois o esqueminha tá aí.Eu fecho com você porque você fecha comigo. Tô fora! Eu fecho com Cristo. Sou do RJ e quero a verdadeira Justiça. Temos que ter temor a Deus quando falarmos de justiça...
Sei que o assunto é complexo e por isso também tenho meus prós e contras. que Deus me perdoe se eu estiver sendo injusto.

A Istoé também publicou nota: Grupo protesta contra ato liderado por Cabral no Rio:
http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/72717_GRUPO+PROTESTA+CONTRA+ATO+LIDERADO+POR+CABRAL+NO+RIO

Paz, amor e justiça.
...e justiça para todos.
Jorge Tonnera Jr.

sábado, 5 de novembro de 2011

Steve Jobs e a geração consumista que chora. Ecologia e sociologia de um luto.


Passado vários dias da morte de Jobs ainda se ouve burburinhos, comentários e citações dele e sobre ele.
Lembro-me que quando da sua morte percebi o alvoroço e declarações de lamento no facebook que me causaram uma certa estranheza.

Por que tantas pessoas, sendo muitas que realmente conheciam o trabalho de Steve Jobs, e outras muitas das quais nem sequer sabiam bem quem era Steve Jobs, ambas lamentavam nas redes sociais sua morte? Em parte me pareceu coisa do tipo "E agora quem fará mais coisas assim para nós?". E em outra parte me pareceu um "q" de "quero parecer interessante". 

Qual foi o legado de fato e será que esse legado era suficiente para tanto lamento? Tudo bem duvido para mim.


É evidente que qualquer perda de uma vida deveria ser lamentado. Mas sabemos que na prática isso é um tanto obscuro. Então pensei se talvez os órfãos de Steve Jobs sejam a juventude ávida por consumo. Particularmente por consumir tecnologias, e tecnologias estas que ocupam a vida e dão posição de destaque na sociedade.

Isso explica, pelo menos no mínimo em parte, também o porquê se falou pouco nesse meio tempo de coisas mais importantes como as milhares de pessoas que vão morrendo, perecendo pela fome e seca, especialmente na África. Poderia citar também outras realidades, mas o caso da África cai nessa história como uma perfeita ironia da vida e da morte, pois diga-se de passagem a África é o destino final de milhares de toneladas de lixo eletrônico, dentre os quais vários produtos de Steve Jobs/ Apple, e que acabam se tornando fatores de risco ambiental e assim consequentemente de saúde e portanto de morte. E aí vemos a tal ironia bizarra. Um morre e é lembrado pela tecnologia; vários morrem por conta dessa tecnologia e ninguém se lembra. 

Não sou contra tecnologia. Muito pelo contrário. Eu gosto e uso. Se assim não fosse não estaria usando o meio em que aqui escrevo e se não fosse como homens que criam tecnologia jamais poderia eu interagir através deste blog. No entanto sou contra os excessos e posições que estas coisas acessórias ocupam muitas vezes. Além disso, é sabido que a obsolecência planejada, que consiste na capacidade das empresas como a Apple planejarem o tempo de vida útil curto e programado de seus produtos a fim de posterior descarte e novo consumo em tempo curto, bem como o obsolescência perceptiva, entendida esta como o senso comum que induz ao consumo pelo marketing da aparência, do status, e do desejo (Afinal a maçã já foi mordida...) são grandes técnicas de consumismo e geração de lixo e consequente prejuízo emocional, social, econômico e ambiental.

Segue abaixo uma cronicazinha que mostra um pouco o alcance da notícia e o pouco que se sabe do tanto de informação e as "Marias-vão-com-as-outras" que replicam tais informações que parecem dar destaque ao ego e ao pertencimento capitalista.
"Dois amigos conversavam por volta das dez da manhã de quinta-feira (6) em um ônibus da linha 239, que liga o bairro de Água Santa ao Castelo, no centro da cidade. 
Um deles puxa o assunto da morte do Steve Jobs:

 - Você viu que o Steve Jobs morreu?

O outro diz:

 - E ele acabou de fazer um show no Rock in Rio...

O primeiro colega que havia iniciado o assunto responde:

 - Não, seu animal! Esse é o Steve Wonder. Quem morreu foi o Steve Jobs...o cara do Google! 
E o mesmo completa:
- Burro pra c#%@$&*!


Também vale a pena ler um ótimo texto de título Steve Jobs, o i God, sobre tudo isso que ocorreu de maneira bem mais profunda e crítica do que esse meu singelo texto. Veja no link:
http://ocontornodasombra.blogspot.com/2011/10/steve-jobs-o-igod.html

Jorge Tonnera Jr.

A planta que se planta

Essa semana foi divulgada a descoberta de uma espécie nova da flora da Mata Atlântica. VAle a pena ler a peculiaridade dela.


Spigelia genuflexa se curva para enterrar semente

Em colaboração com pesquisadores de universidades dos Estados Unidos e da Europa, um botânico amador que vive no litoral norte da Bahia, o russo Alex Popvkin, descreveu uma nova espécie de planta da mata atlântica que se “ajoelha” e enterra a própria semente. Por ser o primeiro membro de sua família a exibir esse comportamento adaptativo, o vegetal recebeu o nome científico de Spigelia genuflexa. Durante a maturação do fruto, as inflorescências basais da S. genuflexa inclinam-se em direção ao solo e depositam as sementes sobre a superfície ou as enterram sob os musgos.“É a primeira publicação minha sobre botânica que sai numa revista com peer review”, diz o russo, cujo trabalho apareceu em setembro no periódico PhytoKeys. Os exemplares da planta foram encontrados no solo arenoso da Fazenda Rio do Negro, no município de Entre Rios, de propriedade de Popvkin. Um empregado se interessou pelas flores brancas e rosas de um exemplar do vegetal, que chega no máximo a 25 centímetros de altura, e o levou para a avaliação de Popvkin. Depois de fazer fotos da planta e colocá-las na internet, o botânico amador iniciou uma parceria de estudos com pesquisadores do exterior que redundou na descrição da nova espécie e na publicação do artigo numa revista internacional.

http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=71749&bd=2&pg=1&lg
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