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domingo, 30 de setembro de 2012

Amós, O Código Florestal e a Bíblia.

Os profetas tem a missão de nos direcionar e nos lembrar de Deuteronômio. Este é um dos livros do Antigo Testamento que possuem estatutos, leis e juízos, ou como dizem os judeus, simplesmente a Lei (dada de Deus ao homem). Necessário dizer que não uma lei que visava o proibir, mas uma outra maneira de se viver, sem oprimir, sem ser injusto, que visa a vida em primeiro lugar. Deuteronômio é a releitura de várias das leis, estatutos e juízos anteriormente já proferidas por Moiséis com o intuito de mostrar aos hebreus a importância e as consequências de suas escolhas, às quais seriam mediadas perante tais leis. Assim sendo, é o livro da lembrança da Lei, afim  da escolha da vida ou da morte às quais estão relacionadas diretamente e indiretamente às nossas escolhas que são capazes de repercutir em todos os níveis de relação. Cerca de 90% da lei era de statutos sobre relações de convivência em termos de vida seja consigo ou em sociedade e com o ambiente, tais como tempo de uso do solo, pagamento salarial, relação
trabalhista etc. Somente os poucos 10% eram regras de cerimonialismo religioso formal propriamente dito.

Lemos no capítulo 28 do Deuteronômio que ao seguir tais estatutos, ou seja, as relações ecológicas (ambientais, sociais e econômicas), e se o povo vivesse
essas relações de maneira justa, seriam benditos no campo e na cidade (verso 3), e o fruto do ventre, ou seja, os filhos, seriam abençoados e benditos tal como o fruto da terra, bem como os animais. A saber vemos uma interconexão causal entre o ser humano e o meio ambiente, mais precisamente naquele contexto o campo, bem como a biocenose (comunidade viva) dele. Entendemos que o cuidado da criação está acompanhado do cuidado do ser humano, e o cuidado do ser humano está acompanhado do cuidado da criação. Sendo assim uma convivência comum que nos destina ao senhorio (domínio outorgado) da terra, e ao senhorio da humanidade e de toda criação ao Senhor da vida, que é Deus, pois que todas essas leis visam a preservação da vida, a qual é manifestação de Deus e expressa sob diversas formas a glória desse Ser que a tudo sustenta pelas leis e poder que nos convida a sermos co-criadores, ou simplesmente desenvolvedores da vida...

A reconciliação da vida em todos os seus estratos, em todos os níveis relacionais, sendo o todo sistêmico compreendendo o aspecto pessoal, social, econômico e ambiental, e assim sendo ecossistêmico, revelado também pela glória de Deus que a Teoria ecossistemica nos leva a enchergar um mundo de diversidades que se intercruzam e se dependem, se
relacionam, se complementam, se protegem, se desenvolvem e necessitam uma da outra, coevoluem, se transformam...

Daí, conforme dito, Deuteronômio era uma base e referência para se conviver e habitar em um lugar num tempo e espaço comum. De tempos em tempos o povo e/ou suas autoridades se desviavam das leis, estatutos e juízos de Deus, e por isso o próprio Deus fazia com que homens levassem o povo a andar devolta segundo a Lei. Tais homens qforam chamados para denuciar as injustiças e chamar ao arrependimento, anunciar julgamento e consolo. Estes eram os profetas. Um desses homens era Amós, homem que exerceu o chamado para profetizar, mas nunca se colocou tal chamado e o que fez como um título. Nas suas próprias palavras ele mesmo diz que não era profeta nem filho de profeta, e foi chamado do seu campo para dizer o que tinha que dizer apenas.
Amós era um proprietário de terra, e ao que se entende segundo implícito no texto era uma pessoa de posse. Mais especificamente um agropecuarista, pois diz o texto que ele criava gados e cultivava sicômoros. Sendo assim era um homem que conhecia e lidava com relações sociais, econômicas e ambientais. Amós sabia, por exemplo, que não deveria semear 2 sementes do mesmo tipo na mesma terra, conformo prescrito pela Lei e lembrada em Deuteronômio, pois tal forma de cultivo propiciaria com o passar dos anos a perda da variabilidade genética daquela planta. Hoje sabemos disso através da ecologia, a qual revela por seus estudos científicos a importância da conservação das sementes chamadas crioulas para que não gera perda de informação do ambiente local da planta possibilitando praga, e assim perda de lavoura e gerando pobreza e por conseguinte injustiças.
De fato é justamente as Injustiças, especialmente as sociais, o centro do oráculo de Deus no livro de Amós. Injustiças sociais, as quais levam Israel à ruína.
Dentro dessas injustiças se apresenta como principais as relacionadas a economia: ganância e enriquecimento ilícito, e sistema econômico administrativo que propiciava concentração de renda . A
crítica de Deus por intermédio de Amós tem nome e é endereçada: os ricos e poderosos, pessoas influentes e que oprimiam os pobres e ignorantes.
Poucos com muito e muitos com pouco, sendo os poucos exercendo grande pressão em relação aos muitos. Valores ilícitos e balanças que impedem de pobres comprarem. Comerciantes ladrões e os atravessadores sem escrúpulo que deixavam os pobres sem possibilidades de comprar e vender as mercadorias por preço justo.
Várias são as pessoas oprimidas tais como mulheres empregas, devedores, escravos,  trabalhadores que sustentam o Estado. No entanto chamo atenção aqui, até pelo que especificamente estou tratando, o fato de uma das principais vítimas sendo o pequeno camponês, aquele com o mínimo para sobreviver. Este sendo um que corre sério risco de perder casa, terra e liberdade, dentro d eum cenário de uma política expansionista, pois que Israel crescia em termos econômicos, mas não em termos de justiça. Destaque também em relação a crítica contra o orgulho e as falsas seguranças.

A fome e a falta de chuva e a consequente falta de água para beber são relatados no livro como um aviso de Deus, dentre outros vários chamados para arrependimento. Ou seja, a fome e a sede não são o último estado. O último estado degradante é uma destruição, a ruína total.
Num cenário não muito diferente vemos o Brasil, país extramamente injusto em relação as questões de terra e relações ambientais. No cenário local e nacional a perda de  árvores resulta em fome e em sede, justamente pela falta dos serviços ambientais gerados por não deixar uma quantia representativa mínima de árvores. Nosso país ainda hoje não fez uma reforma agrária. Vivemos numa nação onde poucos tem vastas áreas de terra, os chamados latifúndios, e muitos tem poucas terras, sendo estes últimos exatamente os que alimentam, abastecem a nação. Estes tem sido pressionados pelos latifundiários a serem contra o Código Florestal, os quais atribuem a este instrumento legal que protege florestas uma impossibilidade de plantar e produzir o suficiente para que se tenha renda para estes agricultores e alimento para a sociedade. No entanto sabemos que existem alternativas de manejo e formas que possibilitem tanto a produção quanto a conservação, práticas relacionadas a chamada agroecologia. 

Pode-se plantar comida com árvores. Além do que devemos nos lembrar que árvores ajudam a preservar cursos d'água, bem como influenciar no clima local em relação ao calor e chuva. Tais serviços, os quais são garantia de manutenção da produção de alimentos, a partir da conservação e reserva de determinadas faixas de extensões verdes, uma vez que tais dispositivos legais visam a continuidade de condições e serviços edáficos e climáticos, serviços que conservam e protegem rios, os quais são necessários para abastecer os plantios, serviços que influenciam a evapotranspiração, a qual permite a
chuva, serviços que permitem a troca de nutrientes por meio da produção e disperção de folhas que ciclam os nutrientes do solo, bem como a atração e permanencia da presença de animais dispersores e polinizadores, Leia-se APPs, e reserva legal. Ressalta-se também o triste fato de que Estes que produzem com suas poucas terras e alimentam nossas casas muitas vezes vivem presos nas mãos de atravessadores que ligam o agricultor ao comprador secundário, os quais ditam os valores a um preço exploratório. Vemos também aqui o império das monocultoras, às quais destroem ao longo do tempo os nossos solos, alteram a biocenose, gerando pragas por conta da ausência de determinados seres, e numa retroalimentação de morte , um ciclo de maldição, uma vez que o solo já débil
necessita de correções e o uso de adubos químicos, estes alteram o metabolismo das plantas acabam atraindo pragas, que exigem agrotóxicos.

Os pequenos agricultores reféns de um mesmo sistema seguem muitas vezes práticas daninhas que necessitam de uso contínuo de agrotóxicos, os quais prejudicam a saúde
dos que se alimentam desses alimentos, bem como dos agricultores que aplicam tais venenos. Veja como cada ação compromete a um nível de relacionamento, o qual vai comprometendo os níveis subsequentes. Muitas vezes num ciclo de destruição os agricultores (leia-se aqui pequenos proprietários de agricultura familiar) são
expulsos pelo próprio sistema que exigiu a destruição das áreas que serviam para segurança bem como do sistema de plantio, pois que a terra se torna sem recurso e o homem da terra se vê sem nada e foge do seu próprio cenário em busca de nova
oportunidade, a qual muitas vezes só acentuam seu problema ficando presos em cidades opressoras, desqualificado e desempregado fazendo agora parte de um exército de reserva do capitalismo. No caso os poderosos que oprimem os pobres são os ricos, os empresários, os religiosos, os políticos, os quais se manifestam sob um coletivo de agregados entitulados "bancada". Sem querer polarizar tal questão complexa, mas sem deixar de dizer o que anos acontece, que é o interesse privado sobrepondo o interesse coletivo, deixando de a vida ser em primeiro lugar, há um grupo que vive de oprimir.
Em Amós, o cenário do Reino do Norte de Israel é muito parecido com o nosso aqui no Brasil, sendo tais poderosos classes como as nossas enumeradas acima.
Ao final das denúncias e juízos no livro de Amós, um novo cenário esperançoso e belo anima-nos a buscármos a justiça. A beleza apocaliptica do final do livro de Amós se reflete na vida em função da vida, a qual trabalha e gera vida. Vinhas e colheitas se transbordando, pessoas em suas terras e que não perderiam seu espaço de vida. Uma continuidade perpétua, assim como perpétuo é o amor de Deus, que sempre leva ao estado original pela graça, ao estado de vida, potencializada e que desenvolve.
O Deuteronômio e o livro de Amós nos mostram que o Código Florestal é um assunto de todos, sejamos nós pessoas do campo ou da cidade, sejam agricultores ou aqueles que não plantam comida.
Particularmente quem lê Amós não pode sair o mesmo depois de terminar a sua leitura. Todos por meio desse livro somos
convidados, recebemos um convite racional, pessoal e coletivo, pessoal e nacional de profetizármos contra a injustiça social, ou seja, ir contra esse movimento destrutivo que degrada o homem e seu espaço de vida, seu meio, sua cultura, sua identidade. Amós recebeu um chamado pessoal de Deus, o que é o motivo inicial de seu profetizar. No entanto, Amós viu nas visões o que estava acontecendo com a nação e o povo, o que também o motivou a sair de seu lar e ir profetizar. Teve misericórdia e compaixão pelo próximo. Amou a Deus em primeiro lugar e depois amou ao próximo. E nós??? Nós vemos quase que diariamente imagens e reportagens que nos mostram o que está acontecendo no campo, na terra, na cidade. Tais reportagens e imagens não deveriam ocupar de certa forma a mesma função das visões que Amós teve e nos motivar a clamármos e agirmos por amor as pessoas e como repostas ao desejo de justiça de Deus, de um Reino que não feito de comida nem bebida, mas de paz, justiça e alegria no Espírito Santo?

nEle q é Senhor e nos chama a cuidármos de nossa terra nosso campo, nossa cidade a nossa nação.

Jorge Tonnera Jr
Biólogo especialista em Gestão Ambiental e Educador Ambiental
Membro do Coletivo Igrejas Ecocidadãs - RJ
tonnerapunk@yahoo.com.br

domingo, 16 de setembro de 2012

O Primogênito da Ecologia

O Primogênito da Ecologia   
por Jorge Tonnera Jr.

Eu sou o primeiro e o último. Todas as relações passam por mim. Sem mim nada do que existe se fez, pois que sem relações nada existe.

Primeiro era o Verbo. A começar era o Primogênito da Ecologia, aquele que a tudo faz subsistir nele.
O Verbo fez o céu e fez a terra, e do húmus, dessa terra criada fez um ser orgânico interdependente dos seus e dos demais organismos, que compartilha no tempo e no espaço seu próprio corpo com outros seres vivos e ambiente. Tal ser orgânico criado foi feito a imagem e semelhança do Primogênito da Ecologia. Foi cahamdo de Adão, ou seja, feito da terra.

O Verbo se fez terra, e do húmus já organicamente estável sucitou sair de dentro de um útero de uma  descendente de Adão.
Saiu e tocou a terra, O Verbo se fez Filho, Filho do homem se intitulou, Filho da terra, pois que homem é terra. Molhou seu cuspe com a terra e curou um cego. Com seu modo de viver, com seu único mandamento que não anulava lei, mas cumpria em essência o que Deus escreveu há muito tempo para que fossem justos com a terra e com o homem e mulher e os demais seres, incomodou o sistema que se via no alto. A elite que oprime do homem ao ambiente e joga homem contra si próprio desestruturando sua casa, comunidade, ambiente.


O Verbo fez a Casa, O Verbo se fez casa e Ele fez parte da casa e tabernaculou conosco, mas o sistema de destruição que desestrutura elos relacionáveis não se agradou, não o conheceu e nem o reconheceu, não tendo parte nem memorial com o Verbo, mas a todos que o reconheceram e que escolheram Ele como morada e abriram a porta para ele, ele habitou no meio desse, ceiou e se estendeu como oposição ao sistema de destruição a partir das casas daqueles que o acolheram.

 Da árvore que o Verbo fez nascer pela terra esta foi transformada em objeto de opressão pelo sistema de destruição socio religioso militar  para o levantar acima da terra. O Verbo se deu como oposição à violência e para que todos vissem e soubessem que "Ele é" (Eu Sou).

O Verbo se doou, foi crucificado e morto pelo sistema de destruição. Do buraco que foi sepultado fez abrir um relacionamento triunfal, uma reconciliação. Um não à morte e a cultura que exaure tudo que permite a manutenção e sustentabilidade da vida. Seu levante é o penhor de que há um mundo em desenvolvimento a se tornar um ecossistema clímax, em que todos viverão em comunidade sustentável por intermédio do amor. O Verbo nos ensinou que o amor é um nível de relacionamento que abrange o todo. Dentro dessa boa nova o homem conhece a Deus e assim passa a se conhecer e consequentemente conhece o próximo e a criação, o jardim e tudo que nele há.

O Verbo e seu lavrar a terra ao sair do túmulo que lhe permitiu ser confundido com um jardineiro não foi uma confusão, mas sim uma confirmação de que tão logo haverá de vivermos em uma cidade jardim ou um jardim cidade, e que nunca mais serão levantadas cidades Enoques homicídas "Faça Do Nosso Jeito"...

O Primogênito da Ecologia é o Deus que não abre mão do que criou, mas permite a história da criação ser participativa, e que nós enquanto imagem e semelhança do Primogênito da Ecologia nos faz aperfeiçoar e desenvolver o meio ambiente. E enquanto essa cidade nova não existe somos convocados a sermos, nós todos os cristãos, uma eucaristia, um elo de ligação entre o céu com a terra, um cristo vivo, reconciliando a vida em todos os seus elos e relacionamentos, sejam aqueles relacionamentos de dentro pra fora com Deus, consigo mesmo, com o próximo e com o ambiente e demais seres vivos.

Amém...
Ora vem, primogênito da Ecologia!

terça-feira, 20 de março de 2012

Cristãos e o Código Florestal


Dada a situação em que nós vivemos imersos a uma realidade confusa e absurda em que os cristãos brasileiros tem vivido diante de determinadas coisas resolvi escrever.
Faltando apenas alguns meses da Rio +20, evento em que o Rio de Janeiro abrigará delegações de todas as partes do mundo para tratar das questões de meio ambiente 20 anos depois da Rio (ECO)92, quando por ocasião da participação de diversos setores da sociedade civil, incluindo aí os religiosos, poderemos nós cristãos participar com nosso testemunho enquanto primícias da nova criação do Deus vivo. No entanto mesmo diante dessa oportunidade que temos, a bancada "evangélica" busca troca de favores com a bancada ruralista para derrotar o governo quanto a questão da bebida alcóolica da Copa do Mundo. Para que isso ocorra a contra-parte desse favor será a bancada "evangélica" votar a favor da abertura do Código Florestal para que os ruralistas façam o que queiram. É bem possível que se esses evangélicos votarem em massa a favor das mudanças ruralistas dentro do Código Florestal a derrota para a proteção das florestas será quase certa.
Por tudo isso não podemos fechar os olhos diante de um segmento que não nos representa politicamente muito menos religiosamente, que nos constrange e é irrelevante perante a sociedade como um todo, que muitas vezes não passa de departamento burocrático de interesses privados e lucrativos de "igrejas-empresas".
Não se trata de polarizar uma questão tão complexa quanto a do Código Florestal, mas a arbitrariedade e levianismo da dita cuja bancada foge a ética em troca de favores. Essa é a diferença entre políticas públicas e politicagens privadas...
Nojo, muito nojo!!!!! Se eu homem miserável que sou, cheio de pecado, senti um grande nojo, fico imaginando o Senhor Jesus vomitando por causa desses vendilhões. É a lentilha de Jacó na mesa de Esaú!
Temos vivido um tempo de empoderamento religioso que tem criado richas e disputas que afugentam o evangelho daqueles que mais precisam. A cada semana surge uma denúncia quanto aos evangélicos. Está na hora de mexermos as coisas. Nós que cremos no evangelho por inteiro e não um evangelho fragmentado, de prosperidades irrealistas.
Se nós somos a boa notícia do Reino do Cristo vivo de fato o que vamos apresentar de bom para essa nação que sofre injustiças sociais?
A bancada ruralista há bastante tempo têm insinuado que o Código Florestal tem sido impraticável, e acusado de atrasar o país e prejudicar o homem do campo, mas isso não passa de inverdades. Pois que estão usando o Código para carapuça. Estão criando essas visões, mas na realidade o problema é que os mesmos não querem a Reforma Agrágria. Desta maneira querem que acreditemos que o problema da produção de alimentos e dos pequenos agricultores é o Código Florestal, que aliás protege o pequeno agricultor, e esquecemos que precisamos de uma Reforma Agrária. Leiam o artigo que escrevi aqui: "Código Florestal e a agrofloresta, um conceito contra uma Retórica de Sesmarias".  
 
Por conta disso o que podemos fazer? Um envio de uma carta aberta a sociedade, a um jornal ou ao próprio senado? Uma manifestação ? Uma caminhada? Sou favorável as duas últimas opções, mas quantas forem possíveis também. No entanto tenho certeza que sozinho serei irrisório. Na verdade não saberia como reagir sozinho. No entanto na fé e na esperança de que que com 2 ou 3 pessoas Jesus estará e que nós somos uma comunidade, nós somos a comunidade na terra da vontade do céu. Somos o candeeiro que não pode ser aceso embaixo da cama, nem deixado ao vento da janela que leva a cortina a pegar fogo e destruir a casa, sei e creio que poderemos ter atos dignos do verdadeiro evangelho do Reino, o qual os anjos gostariam de proclamar, mas que a nós pertence tão grandiosa missão.
Esses que querem agir como candeeiro embaixo da cama e na janela a destituir e fragmentar a vida querem tacar fogo na casa. E nós? Onde estaremos?! Vamos todos nos juntar e num ato profético em favor da causa socioambiental bater palmas como as árvores de Isaías 55:12: "Pois com alegria saireis, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores de campo baterão palmas".
Bem interessante o fato do texto de Isaías nos falar até de montes quando o Código Florestal procura proteger encostas e cumes de morros...
  Se calármos as pedras clamarão. Ou melhor, já estão gritando...Chegou a hora de cantármos junto com as árvores a entrada do Messias, a grande Árvore da Vida, nesse planeta que geme e aguarda a manifestação dos Filhos de Deus ( Romanos 8: 19 a 22 ).
 
Pelo que foi pendurado num madeiro de uma árvore a derramar seu sangue por nós,
Jorge Tonnera Jr
Biólogo Educador Ambiental, especialista em Gestão Ambiental
Segue abaixo a notícia:

Sábado, 17 de março de 2012

Evangélicos buscam ruralistas para derrotar governo
Contrários à venda de bebidas alcoólicas nos estádios, deputados evangélicos buscam apoio de ruralistas para tentar impor derrotas ao governo no Congresso.

A reportagem é de Maria Clara Cabral e Simone Iglesias e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 17-03-2012.
A ideia é que as duas bancadas, que têm mais de 170 deputados, votem unidas nos principais projetos em discussão na Câmara: Lei Geral da Copa e Código Florestal.
A pedido dos evangélicos, os dois grupos tentarão derrubar o artigo que libera explicitamente a venda de bebidas nas arenas durante a Copa de 2014.
Em acordo firmado com a Fifa em 2007, o país se comprometeu a liberar as cervejas nos jogos.
Em contrapartida, os evangélicos apoiariam os ruralistas e votariam a favor do relatório de Paulo Piau (PMDB-MG) do Código Florestal.
O texto desagrada o governo por ter suprimido trecho que previa o bloqueio do crédito para quem não aderir a programas de regularização ambiental em cinco anos.
"Vamos nos unir para o bem do país", disse o deputado João Campos (PSDB-GO), líder da bancada evangélica no Congresso.
A estratégia de juntar forças foi traçada por Campos e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também evangélico, e levada para Moreira Mendes (PSD-RO), líder ruralista. O deputado diz que a ideia será discutida por sua bancada na próxima segunda-feira.
Além dos dois grupos, outros deputados insatisfeitos na base ameaçam votar contra o governo nesses pontos. Preocupado, o Planalto estuda adiar as votações.
Com a aliança entre as bancadas, a maioria governista não é suficiente para aprovar os projetos com folga.
Se o acordo for concretizado, não será a primeira vez que a bancada evangélica cria problemas para a presidente Dilma Rousseff. Para tentar acalmá-los, Marcelo Crivella (PRB) foi indicado para o Ministério da Pesca.
Evangélicos também causam embaraço ao ameaçar usar o chamado "kit gay" - material anti-homofobia encomendado pelo Ministério da Educação- contra o ex-ministro Fernando Haddad, pré-candidato do PT em SP.
Criticam ainda os ministros Eleonora Menicucci (Políticas para Mulheres), que se posicionou a favor do aborto, e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), que defendeu uma disputa "ideológica" contra a hegemonia evangélica.

domingo, 24 de abril de 2011

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Uma crítica reflexão de nós e o Natal

                                                                                  Foto: Refugiados de Darfur
Deus...aquele que promove vida. Regozija por querer mais vida... e assim nasce o ser humano. A imagem e semelhança do Deus vivo. À sua imagem o criou.
O tentáculo malígno que competia com Deus, por inveja e loucura resolve promover a divisão. O homem atentado pelo diabo é encorajado a querer mais de si, a ser como Deus...
O humano aceita a proposta de divisão que pretendia trazer igualdade de ser (homem e Deus). Uma espécie de anarquia espiritual ecológica. O homem se perde e perde seu contato com o Criador. Sua natureza divina é desnaturalizada. A natureza ao seu redor entra em estado de cativeiro, ainda que organizada em meio ao caos e ainda cheia de vitalidade. Mas há abrolhos e cardos, e agora há uma competição. Uma competição de si mesmo. O homem deve extrair força para mover sua sobrevivência, sua sobrevida em caminho a entropia. Uma tentativa de viver. Uma necessidade de manter a vida por alguns anos, já que agora o tempo é 
contra ele, já que agora ele perdeu a eternidade que Deus havia embutido no seu ser por meio da potência de vida. A competição passou do íntimo para o próximo, e então o irmão Abel é visto como impecilho. Daí a eliminação, a extinção da vitalidade do outro. O homem com sua vitalidade estremecida gera descendência e essa descendência produz mais humanos e a vida vai fluindo, como uma história de vida e morte, luta e lamento, mas também de redenção...
Deus se personifica para estar em meio aos seus filhos desgarrados. Deus socorre e traspassa com seu poder o mal da alma, e fere o mal político, fruto do mal da alma.
Mas as criaturas chamadas humanidade, que se perdem no vazio de si mesmas e deslocada em relação as demais formas de vida e de ambiente, maltrataram seu próprio Deus. E, mesmo tendo a oportunidade de conhecê-lo melhor, podendo soltá-lo por escolha ocasionada por Pilatos, o patrão-representante-marionete do Império da exclusão, soltaram um ladrão no seu lugar, e deram continuidade na criação e evolução civilização. Uma civilização ladra. Ladra de si mesma. Rouba tudo. Rouba a vida dos outros iguais. Rouba a vitalidade do planeta por meio da exaustão dos recursos naturais. Rouba a satisfação e a suficiência, 
por meio da insatisfação do ser o que é, e a insuficiência do ter. Rouba a identidade dos seus, por meio da perda de cultura e pluralidade social. Rouba as grandes descobertas, e transformam em meretrizes do diabo, para captura de vida e roubo de tudo isso, e as coisas voltam ao início do processo como um ciclo vicioso, um ciclo cujo nome é muito próprio, vício. Esse vício conduz o ser à morte.


Mas...Maranata Ele vem!...


Jesus, o Deus que há um tempinho atrás, foi maltratado e morto pelas mãos da sua própria humanidade. Lembram? Ele ainda está vivo!
É que Ele é a ressurreição. Ele próprio é a vida. A potência de vida e vitalidade. Seu Espírito a todos dá vida, faz tudo se mover (Atos 17:28). Essa é a premissa de um ser vivo. Como podem matar a vida da Vida? Seria ilógico. Por isso agora eu aguardo um novo Natal, que será a volta do Rei. No primeiro Natal Ele veio para ensinar, para se revelar completamente a sua criatura imagem e semelhança. Ele se tornou visível para que todos vejam que Ele nos ama e assim ao se permitir ser maltratado e morto, todos vissem seu amor e ainda que não compreendessem e se sentissem constrangido, voltassem para seu amor. Ele veio anunciar um Reino diferente de todos os reinos que já existiram e Ele entregou essa notícia para alguns homens 
maltratados, cujo mundo não foi digno deles, assim também como aquele que o prenunciou, João Batista, que sonhava em ver o dia em que simplesmente veria o seu Salvador (Cristo) pisando a terra, empoeirando seus pés, e cujas sandálias ele não era digno de desatar.
Ele veio sobretudo para salvar. Mas salvar quem? Salvar a nós. Mas salvar nós do quê ou de quem? Salvar o humano do seu próprio caminho de destruição. Salvar-nos da separação e da divisão que escolhemos. Devemos voltar para Deus. A salvação veio para todos, mas nem todos a aceitaram, assim como ainda hoje nem todos a aceitam, e não raramente a debocham e é motivo de disputas. Há aqueles que dizem que o aceitam por simplesmente acharem que gostam de Deus ou o conhecem, mas quando são convidadas a seguirem o Mestre elas nem mesmo sabem o que Ele ensinou e ainda assim se sentem suficientes. São convidadas a seguirem o Mestre, mas não ousam seguir os ensinos. Como podem dizer que o aceitam se não seguem o Seu ensino. E se não seguem o ensino, não seguem o Mestre, e assim rejeitando-o. Mas há aqueles que verdadeiramente estão salvos, pois aceitaram a boa notícia do Deus Mestre e aceitaram seguindo-o, imitando seus atos, buscando se parecer a cada dia mais e mais com Ele para que sejam verdadeiramente humanos, sendo transformados em 180º, dando uma nova direção e sentido para sua vida. Essas pessoas são aquelas que se prontificaram a 
serem agentes do Reino aqui na Terra, agentes da justiça, da paz, da partilha, do amor.
E nesse novo Natal, Jesus voltará de maneira diferente. Voltará para finalmente por visível o Reino do Novo Céu e Nova Terra, tendo os salvos como seus filhos eternos, destruindo para sempre o mal desta terra, restaurando a vida em sua íntima forma e em todos os seus sentidos biodiversos e espiritualmente corretos. 


Se voltares, volta para mim. Assim disse o Senhor em Jeremias 4:1. 


Existindo, movendo, vivendo, morrendo e ressussitando Nele,


Jorge Tonnera Júnior
Aloha! Shalon, Amém!!!!!!!
   
  
(Re)Descubra o Natal em sua vida
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus".
"Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez".
"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade". (João 1)

sábado, 4 de dezembro de 2010

Orai, Vigiai, A Babilônia Vai Cair

 Mais uma música do Reino. Essa é da banda de reggae Tribo de Jah. Eta músiquinha boa. Sempre me anima.
Me faz lembrar em novo céu e nova terra, e que embora o tempo presente nos choque, o sistema do delírio do dragão está por término, e nada mudará o plano de Deus.




Orai, Vigiai, A Babilônia Vai Cair
Tribo de Jah
Composição: Fauzi Beydoun


Eu vejo os brotos dessa nova geração
Crianças, garotos, ainda em formação
Eu vejo com apreensão, vivendo nestes tempos
Tempos de dissolução, rebentos sem discernimento


Há tanta mídia, tanta desinformação
Fazendo mais e mais, escravos da ilusão
Mas o dia vai chegar, mais cedo do que se crê
E nada será como está, todos irão se render, a brutal transformação


Não pense nunca que o mal triunfará
Nada, ninguém jamais irá mudar, os rumos da criação
Jah é o único, tesouro a se buscar
Desperte, liberte-se, entregue a Jah teu coração


Orai, vigiai, clamai em nome do Senhor
Só Ele pode nos guiar, só Ele vai nos conduzir
A Babilônia em breve vai se abalar
E vai tremer, vai tremer, tremer até cair


Vai, vai, vai, vai ruir, ruir
Vai tremer até cair
Vai, vai, vai, vai ruir, ruir
A Babilônia vai cair


Todo poder transitório ruirá por sua vez
Corroído em suas próprias entranhas de desmandos e, insensatez
Assim passará a Babilônia sob o manto sombrio
Da corrupção, da fome e da guerra
Consumida em múltiplas noites de insônia
Só os mansos e pacíficos herdarão o reino da terra
Soon Babylon shall fall down




Jah = abreviação para Jeová (Jehovah) ou Yehovah (no hebraico).
é uma forma poética abreviada do Tetragrama YHWH (no hebraico), o nome atribuído a Deus.
Aleluia” ou “Hallelujah‎”, a qual é literalmente uma ordem: “Louvai a Jah” , ou "Louvem! Adorem! (הַלְּלוּ) Deus (יָהּ)";(Wikipedia)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

COP-16 e o julgamento das nações


Na Bíblia lê-se em vários momentos sobre julgamento de nações,o que acaba me lembrando das COP's do clima.
O que se vê nos dias atuais, frente a mudança do clima, é o próprio julgamento e juízos para
nações. A COP é um verdadeiro banco de réus.
É uma oportunidade e alternativa de fazer países olharem para si e para os outros, sentarem e conversarem, tornarem-se mais próximos apesar de suas diferenças, podendo abrir portas para diminuir os problemas entre si, buscar comunhão.
Este evento pode ser, conforme as escolhas ali feitas, uma testemunha de como rejeitamos mudanças e o que isso implicou na vida das gerações deste tempo e das que se seguiram a este encontro. A
postura de países em não abrirem mão de si mesmos leva a um juízo, e ainda que os mais prejudicados possam ser os que menos contribuiram para mudar o clima, não passarão impunes e em sua justa medida os grandes responsáveis ao final dos tempos.


Os cientistas céticos quanto a possibilidade de o homem alterar o clima são como os homens que pediam sinais a Jesus, aos quais respondeu ele dizendo: "Uma geração má e adúltera pede um sinal; e nenhum sinal se lhe dará, senão o do profeta Jonas". (Mateus 12:39) Assim como o sinal de Jonas foi a ressurreição de Jesus ao terceiro dia, o sinal de Jonas para o céticos do clima serão os efeitos adversos. Ou ainda: "E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem".(Mateus 24:37-39)


Não importa se estamos no limiar de um retorno para que tais mudanças climáticas não ocorram ou se simplesmente já é um caminho sem volta. O caso é que esse encontro é um fato, um evento histórico e comprobatório de que o sistema de desenvolvimento humano faliu, pois se precisamos nos reunir para chegarmos a acordos para reverter um quadro climático, isso demonstra que falhamos em observar a natureza e a interatividade da vida e da presença humana escandalosa no planeta; ou melhor, não entendemos muito bem a idéia de planeta. E assim a COP é a comunidade humana que se encontra sentada no banco dos réus. Os representantes que estão sentados naquelas cadeiras não são simplesmente representantes de nações, mas de réus.


As nações ricas que não se pautam na proporcionalidade da justiça da responsabilidade comum diferenciada, mas privatizam lucros e socializam prejuízos devem rever suas posturas. Ao que nada será encoberto diante do Filho do homem. A Bíblia condena desde já no antigo testamento a balança fraudada (dois pesos e duas medidas) (Provérbios 20: 10 e 23). Aqueles que em termos de recursos possuem mais, podem se comprometer mais. A indulgência-crédito de carbono não livrará ningém do julgamento das nações pelo Filho do homem.


Ao fim da COP todos sairão de lá em liberdade, mas talvez sentenciados...


Oremos


Aguardando a vinda do Filho do homem,


Jorge Tonnera Júnior





 Fotos de protestos na época da COP 15:


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A ética do Reino do céu e a sustentabilidade da Terra

É chegado o Reino dos céus! Clamava o Rei (Jesus) e seu arauto (João, o  Batista).
Mas o que se pregava a respeito desse reino e que tipo de pessoa faz parte deste reino?

Através das parábolas e do sermão do Monte, Jesus nos mostra a compreensão desse sentido de vida. Jesus nos leva a superar a lógica do "EU". Ele pregou um reino de paz e justiça com seu amor. Pregou a lógica da
convivência e não da concorrência, a prática da cooperação, a vida benevolente dentro da mesma comunidade terrenal, uma vida mutualística, a satisfação do outro, o cuidado com a acumulação e apego material, o conhecimento acerca da natureza (o conhecer local), a comunhão (união no comum), a
benevolência etc.

 Nas relações estão os desafios para uma vida. São nessas relações que ocorrem efeitos que levam uns aos outros a se degradar e a degradar o outro e a natureza que nos cerca, prejudicando o meio ambiente e assim voltando a degradação para nós, construindo um ciclo de desgraça.  

 
Precisamos de NOVIDADE DE VIDA! 
Assim como na parábola da semente de mostarda, em que Jesus procura explicar o Reino dos céus por meio da comparação com a menor semente local, que acaba originando uma planta surpreendemente muito maior que a própria semente (Mateus 13:31-32), às vezes em gestos pequenos encontramos muito amor. Podemos perceber benevolência em simples gestos na nossa vida, seja em cuidar de uma horta, ou até mesmo no cuidado com o lixo, participar de formas de economia solidária, buscar soluções e decisões que levem em conta a vida como um todo, observar as realidades envolvidas, a divisão do lucro, educar o próximo etc.

A presença de pessoas que entram no Reino pressupõe uma sociedade justa, e assim uma vida mais viva, mais respeitável, mais atenta às necessidades reais, e com isso um meio ambiente acessível e sustentável
e, por fim, um planeta-casa (verdadeiramente).

Quando vier o Reino em sua totalidade visível o cidadão do céu que viverá nele é aquele que experimentou as boas aventuranças que Jesus pregou no monte, é aquele que preferiu o amor ao ódio, são aqueles que repartiram o pão e viveram em comunhão, aqueles que amaram a Deus em primeiro lugar e o próximo como a si mesmo.

A vida é objeto da pregação de Jesus e seu reino. A nossa vida deve ser um culto a Deus.
Jesus ensina o que mais falta no projeto de vida dos seres humanos: Amor.
A corrupção do homem e a degradação do meio ambiente são causados por falta de amor. O ser humano acaba sendo movido por ganância a amontoar terras, a desprezar pessoas de um dado lugar, suprimindo serviços ecológicos, exaurindo pessoas, matando, roubando e destruindo etc...

"Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente", escreveu Paulo apóstolo (Romanos 12:2).
Uma nova concepção e visão de mundo Deus nos dá através de Jesus.
Devemos rever as relações e tomar a iniciativa de projetarmos esta vida de Cristo (cristã) nas relações desse mundo.

Para meditármos na Palavra do Excelente:

"Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas". (Mateus 6:33)

..."porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém"! (Mateus 6:13. )

"Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração". (Daniel 4:3)

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu". (Mateus 6:10)













Pensando no Reino,

Jorge Tonnera Jr.
Biólogo educador ambiental

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Amando Deus e o nosso próximo através do cuidado da criação

Qual a maior expressão prática de uma vida em Cristo? Nosso amor ao Criador e ao nosso próximo. Isto resume toda a Lei e os Profetas (Mt 22:35-40).
E você já parou para pensar o que o cuidado com o meio ambiente tem a ver com o amor a Deus e ao próximo?

O plantio de árvores poderia ser uma expressão de amor?
Em Gana, por exemplo, o plantio de árvores está restaurando a terra, os habitats e as comunidades,ao mesmo tempo em que também está seqüestrando carbono do ar – elemento atuante principal no efeito estufa, que descontrolado gera Mudanças Climáticas, às quais produzirão problemas na mudança dos recursos naturais, deslocando seres vivos como animais e plantas, bem como seres humanos.

O que uma cisterna oferece em termos de amor?
A Tearfund é uma agência cristã evangélica de assistência em situações de desastre, e procura incentivar, inspirar e fornecer idéias práticas aos cristãos que, muitas vezes, estão trabalhando com pouco financiamento, treinamento e recursos. A Tearfund, por exemplo, ajuda na capacitação à criação de cisternas de água em locais de baixo índice pluviométrico e déficit hídrico. Destaque para seus trabalhos em Defesa de direitos e sustentabilidade da água e agricultura. A Tearfund também trabalha com a informação. Esclarecimentos são importantes e educação também é recurso enquanto ferramenta para uma vida. Uma interessante oportunidade de informação e conhecimento é o "Convivendo com a mudança climática no Brasil - Pontos de vista de três agricultores".


O amor tem espaço em uma Agenda?
As igrejas evangélicas de Rondon do Pará, PA, se envolveram na construção da Agenda 21 do município. Sabendo que a Agenda 21 é uma construção coletiva, assim sendo que envolve os interesses de outros, uma agenda de construção de cidadania, que mexe com o que se quer em termos de política, cultura, educação, saúde ambiental e humana, tudo isso em prol de um bem estar coletivo em geral.

O amor não é descartável!
O Projeto Catadores de Esperança, realizado pela Pastoral da Ecologia de Marataízes/ES, está implantando a coleta seletiva em Marataízes, incentivando as pessoas a mudar hábitos e atitudes em relação ao seu próprio lixo e ao meio em que vivem, a repensar as atividades diárias, contribuir na melhoria das condições de trabalho dos catadores ambulantes de resíduos recicláveis e acima de tudo ser solidário. A mudança necessária no ambiente em que vivemos oferece a promoção da vida por meio da solidariedade entre as pessoas e do amor e respeito à natureza, gerando inclusive oportunidade de emprego e renda para pessoas conseguirem sua própria sustentabilidade.

O amor previne contra a morte.
Em 2009, A Igreja Universal do Reino de Deus na Angola realizou, em todo o país, uma campanha de coleta de lixo. Ela mobilizou o recolhimento de lixo nas ruas de Luanda. A promoção da limpeza veio para o cuidado em relação ao fato de que muitas pessoas, sobretudo crianças, morrem por doenças causadas pelo lixo e águas paradas. Devido aos fatos históricos de guerra, hoje o país apresenta dificuldades na gestão de resíduos, que acaba se refletindo diretamente na vida das pessoas.

Amando em áreas degradadas
Dorothy Mae Stang, conhecida como Irmã Dorothy, membro de uma congregação católica internacional, se fez presente na Amazônia desde a década de 70 junto aos trabalhadores rurais da Região do Xingu. Sua atividade pastoral e missionária buscava a geração de emprego e renda com projetos de reflorestamento em áreas degradadas, junto aos trabalhadores rurais da área da rodovia Transamazônica. Além disso seu trabalho focava-se também na minimização dos conflitos fundiários na região. Pouco antes de ser assassinada declarou: "Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar".


."..A todos estes pequeninos fizeste a mim".

"Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda; então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes ( Mt. 25:30-40).

Aonde eu vejo a salvação em mim/você?
Aonde vejo Jesus?

Vale lembrar que não adianta fazer tudo se não tiver amor. (I Cor. 13)
Apenas faça, apenas ide, não espere nada em troca...não espere que te conheçam por isso, não espere receber reconhecimento algum, nem mesmo espere um agradecimento, não faça porque você poderá precisar depois, não faça em troca de favor nem em troca de dinheiro, faça porque AME!... IDE e AME!!!
 
Oração final

O céu e a terra serão nossas testemunhas.
 Que possamos amar, pois o Senhor nos amou, e o Senhor nos amou antes mesmo que nós o amássemos.
Ajude-nos a cada dia sermos pessoas amorosas como o Senhor, Jesus.
Obrigado Jesus. Em Teu nome. Amém!



Referências

Climate Stewards (Zeladores do Clima) http://www.climatestewards.net/cs-int-en/home.html

Tearfund
http://tilz.tearfund.org/Portugues/

Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil-ES
http://www.advb-es.com.br/main.asp?link=indep&id=57&menu=7

Ultimato
http://www.ultimato.com.br/?pg=show_artigos&secMestre=2563&sec=2576&num_edicao=322

Evangelicosnews
http://www.evangelicosnews.com.br/2009/03/igreja-universal-recolhe-lixo-nas-ruas-de-luanda/

Wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dorothy_Stang

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Faz-me, meu Senhor, instrumento de teu sopro de vida.



    Textos para a Reflexão       
Gênesis 2:15
      "E tomou o SENHOR Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar".

Isaías 6:8
      "Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim".


O cristão sendo portador do Espírito Santo do Deus vivo possui um papel como vitalizador, pois que Jesus é criador e o Seu Espírito é Vivificador. (Salmo 104* (hbr): “...Se retiras o teu espírito, morrem e
voltam ao pó.)



Assim, nós cristãos, estamos contra a corrida do mal, contra o devorador, e somos nós eleitos para difundirmos vida, dar-mos condição de vida, ajudar os vivos, resgatar os mortos, permitindo que Jesus os dê vida.
   




Que estejamos juntos nesse processo de comunhão!

Endireitemos as veredas, endireitemos os rios, endireitemos o mar, endireitemos a terra, endireitemos a cidade, endireitemos as coisas, tiremos o refugo, ó luz que dissipa as trevas, quebremos os grilhões (o latifúndio, a monocultura, e a escravidão, as opressões contra os trabalhadores oprimidos).

Quando orármos com a cabeça no chão, saibas e se humilhe que foi daí, da terra que fomos feitos, que Deus nos fez do pó da terra.

Quando jejuármos, lembremos que do Senhor vêm o fruto da terra, o Senhor é a nossa provisão e o nosso pão, o pão da vida.

Temos comido o corpo das criaturas, muitas das vezes sem respeito, sem lembrar de quem elas são. Que nos lembremos se formos comer.

Deus como Jesus tocou a terra, e o que nós estamos fazendo com esta Terra?
A água é reciclada naturalmente num ciclo sem fim onde ora está gasosa, ora líquida, ora sólida, ora fora de nós, ora dentro de nós. Imagine que algumas moléculas de água que está em você pode ter sido as mesmas
que Jesus bebeu e preencheu o corpo dele e que passou por um fruto, e que esteve num rato.

 Movimenta teu povo, Senhor, como Tu movimenta as águas, movimenta como Tu pairavas sobre as águas na criação.
Vem dissipar (com teu sopro) nosso desespero, nosso egoísmo, nossa injustiça, nosso apego, nossa mentalidade de donos, e ajuda-nos a dissipar o mal.
Herdeiros de tudo nós vendemos tudo inclusive nós mesmos. Ajuda-nos ressuscitar a vida, para os nossos filhos, os filhos dos nossos irmãos, os teus filhos, querido Pai.

Ó homens de boa vontade,

Ouvi o clamor que vem do ar,
Ouvi o clamor que vem da água,
Ouvi o clamor que sobe da terra,
ouvi o clamor dos seres que se movimentam,
Ouvi o clamor dos povos do mar, dos povos dos rios, dos povos das florestas, dos povos das cidades/urbes, dos povos sem terra.

Por Jesus,
Na peleja do Cordeiro contra o Monstro da Destruição.
Aloha a todos os habitantes deste planeta que está gemendo como em

dores de parto pela volta de Jesus!
Amém!!!!


Nota rápida: * A passagem citada do Salmo 104 corresponde à Bíblia Protestante, pois na Bíblia Católica esta passagem está no Salmo 103.
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