quarta-feira, 29 de junho de 2011

Beijo de desconhecida evita que jovem chinês cometesse suicídio

Realmente tudo o que queremos de verdade no fundo e realmente precisamos gira em torno de amor. Somos ou não somos seres espirituais? Li a notícia do beijo que salvou e realmente gostei...

A chinesa Liu Wenxiu, de 19 anos, conseguiu salvar um garoto de 16 anos que ameaçava se jogar de uma passarela na cidade de Shenzhen, na China, com um simples beijo. Liu estava passando pelo local quando viu dezenas de pessoas acompanhando o drama do adolescente, que estava com uma faca na mão, pendurado na passarela. Ela conseguiu se aproximar do garoto dizendo para a polícia que era namorada dele e a razão pela qual ele pretendia cometer suicídio.
Na verdade, de acordo com a imprensa local, o menino estava desesperado porque a mãe dele havia falecido e a madrasta não o tratava bem. Para completar, a mulher havia fugido com todo o dinheiro do pai. “Ele me disse que não tinha mais ninguém, ninguém se preocupava com ele ou confiava nele. Eu mostrei as cicatrizes que tenho nopulso direito, de quando eu tentei o suicídio porque ninguém na minha família estava feliz (...). Eu já estive no lugar dele e sei exatamente como foi”, disse Liu.
Durante a conversa, a chinesa beijou o adolescente e a polícia aproveitou para fazer o resgate. Se os dois mantiveram contato depois, não se sabe. Mas Liu Wenxiu foi convocada para ajudar a polícia novamente. O garoto, que foi levado para a delegacia, disse que só contaria a verdadeira razão da tentativa de suicídio se a falsa namorada estivesse presente.
Confira o vídeo com a reportagem da TV local e momento do beijo.

http://extra.globo.com/noticias/mundo/beijo-de-desconhecida-evita-que-jovem-chines-cometa-suicidio-2119843.html

segunda-feira, 27 de junho de 2011

“No princípio era o Verbo": Um ensaio sobre Teoria das Cordas e o Verbo de Deus.

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele” (João, 1:1-3). Certo dia lendo um artigo muito interessante do guitarrista da banda de Trash Metal, Sepultura, Andreas Kisser para o Yahoo, achei surpreendente a analogia da teoria das cordas com o som e a música, em que a teoria das cordas recebe esse nome por analogia a ideia de cordas que produzem sons. Como as cordas de uma guitarra... Sobre ela veja o que alguns dizem:


"A corda, nesta teoria, representa um objecto unidimensional que vibra. Do mesmo modo que as diferentes vibrações das cordas de uma harpa estão relacionados diferentes sons, aqui a cada vibração está associada uma energia, ou uma massa, ou uma carga, etc.. Assim, diferentes vibrações "produzem" diferentes partículas
"fundamentais". As propriedades da partícula "criada" estão inteiramente descritas pela vibração da corda (ou cordas) constituintes. Pode-se, então, criar aqui um paralelismo entre Física fundamental, som e música. De acordo com a teoria, todas aquelas partículas que considerávamos como elementares, como os quarks e os elétrons, são na realidade filamentos unidimensionais vibrantes, a que os físicos deram o nome de cordas. Ao vibrarem as cordas originam as partículas subatômicas juntamente com as suas propriedades. Para cada partícula subatômica do universo, existe um padrão de vibração particular das cordas e são os diferentes padrões de vibração dessas cordas que determinam a natureza de diferentes tipos de subpartículas. O universo sendo composto por um número enorme dessas cordas vibrantes, assemelha-se a uma sinfonia
cósmica."(pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_cordas)




A teoria das Cordas é a tentativa de unificar todas as teorias em uma só. E unificar todas as teorias era o sonho de Einstein. Era a explicação do Tudo. Dizia-se ainda que se conseguissem uma teoria que explicasse tudo acharia aí Deus. (A comprovação que Deus existe? Será mesmo???)


Bom, tão logo, ao ler o artigo do Andreas Kisser, me veio a mente a famosa frase bíblica de João 1:1-3, em que diz que o Verbo criou tudo o que existe. Ora, ao se falar (verbalizar) o que produz imediatamente é som. Verbo, a Palavra que sinaliza ação, estado, qualidade, quando falado sai da boca e se ouve, sendo assim sonoro. Toda palavra é sonora. Verbalizar é sonorizar um pensamento e exporta-lo racionalmente através da boca.


João conseguiu visualizar o agente criador de todas as coisas lá no Genesis. Ele conseguiu visualizar Jesus
Cristo. Sim, a presença que estava implícita na obra criativa quando da expressão "E disse haja"(...)(Gen 1.3). E ainda: Tudo foi feito pela palavra. Afinal, Deus falou e o mundo veio a existir. " Pela palavra (verbo) do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo Espírito da sua boca." Salmo 33.6. Assim só o que existe na realidade é Deus e suas palavras, ou ainda, Deus e a projeção de seus pensamentos, sendo o verbo ou a palavra o pensamento que toma forma expressiva. É por isso que não há palavra para "coisas", no idioma hebraico, todas as formas, tudo, possui "palavras". O Verbo, ou A palavra,
enquanto expressão do pensamento, atribui sentido a tudo, e é um pensamento que toma forma expressiva. Verbalizar é a tradução mental e criativa de tudo o que pensamos. Sendo assim é metafísico. Sem Verbo não há movimento, não há ação. É o "zero e um" na liguagem da informática. Sem Jesus (Deus) nada do que existe se fez, é o que está escrito em João 1:3. Havendo Jesus (Deus) tudo veio a existir. "Tudo foi criado por meio dEle e para Ele. Ele é antes de todas as coisas. NEle tudo subsiste." (Colossenses 1.16-17).

Assim como a importancia da palavra no nosso dia a dia passa despercebida, a importancia do som e da música é muito maior do que vemos ou percebemos ou refletimos filosoficamente. Imagine o som da formação do universo??? Quando numa pegação ouvi pela primeira vez numa explicação,sobre o Verbo na criação do mundo, percebi quão maravilhoso eram aqueles versos de João 1. Acho que visualizei algo sonoro...e fiquei imaginando que não seriam apenas sons, mas música, pois música é combinação de sons. Da mesma forma tudo que existe não passa de combinações de átomos, células, e interações que produzem algo, desde elementos não vivos a seres vivos. As vezes fico imaginando que tipo de música tenha sido quando da formação do mundo. Algumas músicas com som meio pesado. Uma batida na caixa de bateria, um acorde distorcido... ou talvez algo suave...
Acho que C.S. Lewis visualizou também essa idéia. Quando lemos o primeiro livro de As Crônicas de Nárnia, "O Sobrinho do Mago", quando da criação de Narnia, em que enquanto o leão Aslan, que no livro é uma tipificação de Jesus, cantava surgia o meio ambiente todo do mundo de Narnia. Como cristão que ele era acho que ele entendeu o Genesis também segundo essa noção.
 
 

Alguém disse que a Teoria das Cordas é considerada das mais belas teorias que o Homem até hoje criou. Quanto a mim penso que o texto de "No princípio era o Verbo"... de fato é um dos textos mais lindos, e certamente um dos meus prefiridos. Acho que toda vez queima meu coração quando o leio.
A física e a filosofia nos ajudam a pensar. Se não somos causa, somos efeito.
Deus é a causa e somos nada mais que resultado de expressão de sua Palavra.

Em Jesus, o Verbo encarnado, que significa "O PODER DE DEUS EM AÇÃO"

Jorge Tonnera Jr.

 






domingo, 26 de junho de 2011

Peças de Carros viram Transformers

Aproveitando estarmos próxima da pré-estreia do terceiro filme da franquia "Transformers", parceria Harbro, Michael Bay e Spilberg, eu vou postar algumas coisas sobre o filme. E aproveitando que a temática principal do blog é ecologia e educação ambiental eu descobri um trabalho muito interessante de um chinês chamado Yang Junlin, de Huizhou, um auto-declarado apaixonado por Transformers. Segundo o site http://info.abril.com.br/noticias/blogs/planetaverde/carros/carros-que-realmente-viram-transformers/  o cara abriu uma fábrica para produzir suas próprias estátuas robôs feitas de partes de carro velho! O filme, que é baseado no famoso e saudoso desenho da década de 80 (aê galera dos vinte e quase trinta.rsss) que baseia-se na história de duas facções alienígenas cybernéticos que se transformam em carros para viver na Terra. Esse chinês fazer um trabalho de reutilização com peças de automóveis.
Quem quiser ver mais, basta acessar uma outra página.
http://www.grupo2toligado.blogspot.com/

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A força do núcleo frente o dilema energético humano.



Curiosamente buscando uma imagem relacionado a núcleo solar quase acidentalmente fui parar em uma página de um site na internet sobre RPG, que dizia o seguinte sobre a personagem da figura acima, Apocalypse [Dominated]: "Com as novas habilidades do Espaço, a fera ganha mais poder de tamanho (...). A verdadeira habilidade do Dragão foi revelada, a fera domina a força do Núcleo da Terra, o poder que domina a gravidade a qualquer momento, a fera apenas não pode retirar o núcleo, mas pode dominar sua força e traze-la a superfície. http://grymore.weebly.com/fnof-dragotildees.html


Interessante como essa figura se torna arquétipo do homem. Isso porque poucos políticos e governantes discordam da absoluta necessidade de se impedir que arsenais de armas atômicas sejam usados, da mesma forma poucos observam o uso da energia atômica para geração elétrica como um objeto tão perigoso quanto o uso para fins de guerra. 



José Eli da Veiga lembra bem que houve vinte acidentes em reatores desde 1957 dos quais os mais sérios foram: Kyshtym (Rússia, 29/09/57), Three Mile Island (EUA, 28/03/79), Tokaimura (Japão, 30/09/99) e agora Fukushima (12/03/11), que se assemelha mais a Three Mile Island. Chernobyl (Ucrânia, 26/03/86), foi o pior da história. Todos esses, especialmente Chernobyl, não podem ser substimados pelo tempo que se passou e o aumento da modernidade e tecnologia na segurança de usinas, análise de risco etc, pois no caso de Chernobyl a radiação chegou a outros países da Europa e até mesmo no meio do oceano a transformando em cidade fantasma, o que nos mostra que o perigo é grande demais para qualquer análise de riscos.  É risco demais o homem com todas as suas certezas segurar tanta força.




Foi na década de 1950, que a tentativa de usar o poder do núcleo para uso em centrais nucleares  começou a se expandir. "Nosso Amigo, o Átomo", um desenho animado feito por Walt Disney foi um exemplo dessa nova tentativa de buscar usos positivos dessas possibilidades da física. Uma força primordial capaz de curar, mas sobretudo de destruir.


O princípio da precaução, que é um dos princípios do Direito Ambiental, é sensato quando nos adverte e nos questiona: "Alguém sentaria na boca do vulcão e construiria uma casa"? 


Nossas escolhas mal contabilizadas apenas calculam custos econômicos desconsiderando os custos não contábeis como ambientais e sociais. Mas o que seria interessante de fato para um mundo cuja matriz energética está assentada no finito pouco distribuido petróleo e que precisa de mais energia? Esse dilema civilizatório tem sua resposta bem mais próxima e parecida com as usinas nucleares do que se imagina. A resposta é o uso cada vez mais de energia solar, esta o verdadeiro combustível da vida, seguindo o modelo de organização natural dos sistemas vivos da natureza, desde o corpo humano até o planeta. O uso da energia solar é o verdadeiro uso pacifícico da energia do núcleo considerando o sol como um gigantesco reator nuclear, e dessa forma um uso seguro e uma verdadeira eneregia nuclear pacífica.
Disse o presidente Harry Truman na época que o EUA despejou uma bomba cheia de uma força jamais presenciada e entendida pela maioria do mundo que aquila bomba era "um aproveitamento da energia básica do universo. A força do qual o sol tira seu poder foi solto contra aqueles que trouxeram a guerra ao Extremo Oriente", explicou e justificou Truman.
A energia das usinas atômicas nada mais são do que a energia dos núcleos atômicos dos elementos, formado em estrelas antecedentes ao sol e que no processo de sua morte, liberaram ao espaço sideral o material que hoje encontramos aqui na Terra - Um átomo radioativo como o do urânio.

A Terra já é dotada com bastante força primordial do sol e não precisa dessa forma de energia que produz sóis. A energia solar é a energia que circula livremente em praticamente toda o planeta, dentro dos seres vivos e fora deles. A fotossíntese é um dos fenômenos mais engenhosos da natureza, que é a capacidade de recolher a energia luminosa do sol e transformá-la em energia química de uma maneira
inofensiva, para se manter o ser vivo funcionando. Essa energia do Sol na forma de luz solar é armazenada em glicose por organismos vivos através da fotossíntese. Dessa forma é que a energia entra na cadeia alimentar, passada de ser vivo em ser vivo, através das plantas que são comidas. Assim sendo não precisamos de uma grande quantidade de energia estocada, mas apenas carregar(comer) e usar e carregar (comer), usar e carregar(comer), como uma bateria. Assim também como uma placa fotovoltaica de energia solar. Se você está lendo esse texto nesse exato momento suas funções vitais que lhe permitem essa faculdade são por causa que em seu corpo há eneregia queimando ATP graças ao vegetal que você comeu e que absorveu a energia do sol. De forma que ao que nós chamamos de Energia Nuclear é a fonte básica de energia no Sol e, é o mesmo que nos mantêm VIVOS. Dessa forma deveríamos investir mais na energia solar, e não na energia atômica das pastilhas de urânio ou outro elemento qualquer.  Apesar dessa extrema verdade universal, desse princípio ecológico, alegam que energia solar é cara, muito mais que uma usina nuclear como Angra, no entanto isso é um ponto de vista desvinculado da vida como um todo, fora de verdadeira realidade complexa, pois a energia nuclear é cara e se oferece tantos riscos é algo que encarece ainda mais as coisas, e se é cara com tantos riscos, muito provavelmente é mantida por lobby, mais pesado do que outras.









Assim como a fera da figura acima, que com as novas habilidades do Espaço, ganha mais poder de tamanho ao dominar a força do Núcleo e traze-la a superfície, nós estamos dominando a força nuclear e assim nós (a fera) ganhamos mais poder e tamanho, pois nossas cidades dependem de mais energia, e quanto mais energia maior o nosso poder de consumo, maior nosso poder de construir coisas, maior se torna nosso status, nossa segurança falsa aumentam e crescem em relação a tudo nos achando que isso se nomeia desenvolvimento e evolução, e assim mais ilusório nossa vida se torna e mais fora da realidade da organização dos sistemas vivos.A questão não é de tecnologia, a questão é a vida. Perdemos o contato com o micro e o macrocosmos e a interdependência desse todo. Perdemos o respeito por estas forças desta vida que são capazes de criar, mas também de destruir. É bem verdade que o destruir faz parte do rumo das coisas vivas e não vivas permitindo que do caos se transforme para que se mantenha vida, assim é a morte, a reciclagem natural, o universo...mas essa vez não se trata disso, pois as marcas de um desastre nuclear são terríveis e dolorosas, contínuas, que persistem durante centenas de anos.


Foi a escolha de alguns que subentendem que a vida pode ser dissecadae  que acaba sendo mantida essa idéia através dos hábitos de consumo e vaidades de vaidades. Veja o caso do Japão. O país cresceu tanto que precisa de bastante energia. Tantos produtos tecnológicos pra tantas pessoas. Você já pensou na quantidade de indútria que existem apenas para fabricação de produtos supérfulos e com vida útil rapida? E a quantidade de energia que é necessária para a produção desses? Só nos EUA de tudo o que se compra em 6 meses depois apenas 1% disso tudo é retido, o restante é descartado. No Japão isso não é muito diferente. Pessoas que vão para lá conseguem ter uma vida com o lixo dos outros. Desde tênis até móveis e utensílios. Temos que mudar nosso padrão de produção e de consumo.


É claro que energia elétrica vamos continuar a necessitar. Ninguém está propondo voltar as cavernas. Sempre vamos precisar e independente de qualquer coisa precisamos de energia para qualquer atividade, mas a energia do sol é a energia para uma vida sustentável. A energia imprescindível para a vida.


E o que afinal ocorreu de fato em Fukushima??? Uma força da natureza(terremoto) gera uma outra força da natureza(Tsunami) e empurra uma outra força da natureza(nuclear) presa por uma outra força da natureza(o homem)...Foi uma sequência de liberação de energia. A energia do terremoto, da tsunami e da nuclear. A força nuclear pode ser comparada a um terremoto e eis que o terremoto provoca uma possível liberação de uma energia comparável a sua. A conclusão é que temos o controle sobre o quê? Mal temos sobre nossa própria vida, imagine então controlar a força do núcleo...a energia nuclear, que se totalmente liberada as consequencias seriam piores do que o terremoto e o tsunami juntos.


O poder do caos revela ao homem sua pequenês, seja através de um tsunami ou de uma fissão nuclear descontrolada. E aí vem a seguinte pergunta: A molécula é maior que o homem? O homem que é na verdade um amontoado de moléculas se vê agora necessitando cada dia mais de uma força física entre moléculas para produção de energia. Bom, mas se a força do núcleo de uma molécula é algo natural, podemos dizer que se é da natureza, por que a considerar ruim? O caso é que não se trata dela ser boa ou ruim. Não existe isso na ecologia das forças físicas do planeta Terra. "Tudo o que Deus fez foi bom", é o que está escrito em Genesis, primeiro livro da Bíblia.  O caso é que a condução das coisas e a má gestão dos elementos da natureza pode tornar perigosa qualquer coisa. E nós somos hoje comparável a uma força física nesse planetinha. Até que a espécie humana entrasse em cena, não houve liberação significativa de energia atômica de fissão ou fusão nuclear na Terra.
Há 66 anos, nesse mesmo Japão, duas bombas de hidrogênio caiam e desencadeavam uma explosão atômica com uma enorme e terrível liberação de energia nuclear que devastou duas cidades e milhares de pessoas morreram e muitas outras ficaram com sequelas até hoje. Atribuem então o fato de transformar o potencial da energia em arma. No entanto o uso potencial da energia para fins de geração elétrica  para um bem estar das pessoas não pode ser considerado como uso pacífico, uma vez que incidentes ocorrem com uma certa probabilidade e ninguém se sente em paz com uma usina nuclear no quintal. Logo o Japão que experimentou o pesadelo do inferno nuclear se permitiu ao uso dessa energia primordial?
É poder demais para a responsabilidade de um ser tão dúbio e falho quanto o ser humano, que tem dificuldades de reconhecer o que está a sua volta.
A pergunta que deveríamos nos fazer é: O que é mais perigoso ou seguro do ponto de vista nuclear? Uma bomba atômica ou uma usina nuclear? Um país que possui armas de destruição em massa ou um país que possui usinas nucleares? Isso acaba sendo verdadeiro inclusive considerando-se o fato de que o Japão foi a maior vítima da Bomba atômica (até hoje única vez usada contra um país) e agora sofre esse impacto de vazamento de radiação nuclear, ao que poderia ter se tornado o maior desastre ambiental da história.



Pode-se dizer, então, que o TNP é mais um tratado de não proliferação de potências nucleares do que não proliferação de armas atômicas, haja visto o potencial destrutivo dessa energia para fins elétricos, como afirma o José Eli da Veiga.
Acabar com as usinas nucleares serviria talvez para acabar com o medo de proliferação de armas nucleares, já que o que assusta os "países armados em massa" é o fato de tecnologia nuclear com fins pacificos energéticos ser usado como desculpa para esconder fábricas secretas de arsenal nuclear como no caso do conflito com o Irã, que não permitiu visitas as instalações nucleares. Mas ora e um reator nuclear não é um óitimo alvo para terroristas? Num mundo frágil e complexo , onde rumores e mais rumores de guerra soam, é um tanto quanto estranho possuir um reator com tamanha disponibilidade de gerar radiação se danificado ou destruido. Ninguém está seguro.


 "O problema não é que um outro gerador de emergência é necessário, ou que as normas de segurança não são rigorosas o suficiente, ou que a cova para o lixo nuclear está geologicamente no local errado, ou que controles da proliferação nuclear são negligentes", como bem disse Jonathan Schell. A questão é que existem forças mais fortes que nós.
desde da queda do Éden a natureza humana entortou e daí a incompatibilidade básica entre a natureza humana e a força que imaginamos que podemos controlar. Mas os melhores planos dão errado de vez em quando, isso é reconhecer que não somos Deus. Não cabe ao homem controlar nada. O que está com defeito não é um reator, mas o próprio homem em sua insustentável leveza do ser e de ser maior que a própria espécie e o planeta.



Veja se não há algo de errado nessa ideia de controle como bem diz Jonathan Schell: "A arte da energia nuclear é ferver a água com o calor gerado por uma incrível reação nuclear em cadeia. Mas tais temperaturas exigem refrigeração contínuo. Resfriamento requer bombas. Bombas precisam de energia convencional." Assim, nesse caso, quando uma energia se esgota(eletrica), a outra se libera(nuclear).



Vê-se em apocalipse, o livro da esperança cristã, no entanto, que na Nova Jerusalém, a cidade santa, não haverá sol, pois o próprio Deus será a energia que manterá cada ser. A presença de Deus será tão grande que romperá com qualquer paradigma energético, será a única fonte, o único gerador, o único reator...


Mas aqui enquanto aguardamos essa realidade da Nova Jerusalém que será trazida por Jesus Cristo, a energia do sol é a mais necessária, natural e sustentável energia para continuarmos a viver.



Japão, a terra do sol nascente seja exemplo na uso de energia solar, a verdadeira energia atômica. Que Deus proteja os japoneses, este povo forte e incrível.
E que Deus proteja-nos do intento de controlar tudo.




Nele, nosso Sol
Jorge Tonnera Jr.



Referências:
"Triplo Antídoto ao Febeapa nuclear", Por José Eli da Veiga
"De Hiroshima a Fukushima: repensando a energia atômica", Por Jonathan Schell

terça-feira, 14 de junho de 2011

Novo Código Florestal não resolverá problema dos minifúndios, diz Ipea, conforme eu já tinha dito aqui...

Bom, pessoal, eu já havia comentado esse fato de que essa birrinha dos "políticoagricultores" com o Código Florestal não se trata de assunto muito sério e sim continuidade em modelo fundiário. Sabemos que o problema de produção está na distribuição de terra e na não reforma agrária. Foi o que dentre outras coisas postei aqui no blog no post "Código Florestal e a agrofloresta: um conceito contra uma retórica de Sesmarias". Por isso fiz questão de publicar aqui essa notícia do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.




Novo Código Florestal não resolverá problema dos minifúndios, diz Ipea
(Por clipping)

A anistia proposta pelo projeto do novo Código Florestal para o desmatamento feito em propriedades rurais de menor extensão não vai resolver o problema da maioria dos pequenos agricultores no sentido de oferecer área suficiente para sua subsistência, conclui um novo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quarta-feira (8).

O texto do novo Código Florestal propõe que imóveis rurais de até quatro módulos fiscais sejam isentos de recompor a reserva legal – área de mata que os proprietários não podem desmatar, que varia de 20% a 80% do total da propriedade, dependendo da região onde se situa.

O Ipea aponta, no entanto, que 65% das propriedades rurais brasileiras são minifúndios, ou seja, têm menos de um módulo fiscal. O módulo fiscal é uma área que varia em cada estado. Uma unidade deve ser suficiente, segundo a realidade da produção local, para sustentar uma família.

Sendo a maioria das propriedades menor que um módulo fiscal, anistiar desmatamento ou mesmo permitir que desmatem ainda mais não resolveria o problema que seus proprietários enfrentam para subsistir, segundo argumenta o Ipea. A inviabilidade de recompor a reserva em pequena propriedades é um dos principais argumentos ruralistas a favor da anistia proposta para imóveis de até quatro módulos fiscais, como está no texto enviado da Câmara dos Deputados para o Senado, onde agora tramita.

Segundo o Ipea, os resultados obtidos indicam que as alterações do Código Florestal “impactarão significativamente sobre a área com vegetação natural existente nos biomas brasileiros e sobre os compromissos assumidos pelo Brasil para redução de emissões de carbono”.

O instituto aponta ainda que seria mais interessante investir numa melhoria dos meios de produção no campo em vez de permitir a expansão da área agricultável. “Predomina no Brasil a agricultura monocultora de larga escala e a pecuária extensiva de gado bovino. O uso de pastagens para criação de bovinos ocupa, no Brasil, 74% das áreas destinadas à agropecuária. O índice de lotação médio é de 1,08 cabeça por hectare”, nota o estudo, que questiona se agropecuária convencional é a mais adequada para a agricultura familiar, em especial para os minifúndios, dada a pouca área disponível para produção, mesmo sem conservação da reserva legal.

Para o Ipea, alternativas devem ser buscadas para viabilizar a efetiva aplicação das leis ambientais, “visando conciliar o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental”.

Recompensa a infrator – O estudo destaca ainda que a anistia proposta no projeto do novo Código Florestal implica em punir o proprietário rural que está cumprindo a legislação atual, já que haverá uma tendência que seu imóvel se desvalorize. O proprietário que conservou sua reserva legal receberá menos por uma terra com vegetação conservada do que outro que tem uma terra idêntica, mas totalmente desmatada, já que ela estará de acordo com a nova lei e terá mais área para produção. (Fonte: Globo Natureza)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Você e eu

Excelente reggae com violino e muito coração, melodia de chorar. Essa banda S.O.J.A. é muito boa e descobri por acaso. O nome da banda é a sigla para Soldiers of Jah Army.

S.O.J.A. featuring Chris Boomer "You and Me" 

  

 Você e Eu

É você e eu,
E sempre vai ser
Como eu me sinto sobre você
Não tem fim

Mas você me fez
Ficar ao seu redor
E então você precisa de mim novamente
Quando você cai

E quando essa dança acaba
Você e eu ainda ainda somos
Os únicos

Yeah, desde o começo dos tempos
E eu ainda estou com você
Mesmo quando você se for

E quando essa dança acaba
Você e eu ainda ainda somos
Os únicos

Yeah, desde o começo dos tempos
E eu ainda estou com você
Mesmo quando você se for

Então eu começo, e você para
Então eu quero isso
Sabendo que você está indo embora

É você e eu e nós estamos
De volta novamente ...
Não me apresente a todos os
Seus "novos amigos", cara...
Por que você me faz
Ficar ao seu redor?
Por que suas palavras me fazem
não fazer um som...

E quando esta dança é feita,
Você e eu ainda continuamos
Os únicos.

Sim, desde o tempo começou
E eu ainda estou com você
Mesmo quando você vai embora.

E quando esta dança é feita,
Você e eu ainda continuamos
Os únicos.

Sim, desde o tempo começou
E eu ainda estou com você
Mesmo quando você vai embora.

Então eu começo e você para
Então, eu quero isso
Sabendo que você está indo embora

 

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Emapoio aos bombeiros do RJ


Convido a todos a sairem às ruas do Rio de Janeiro com fitas vermelhas em carros, mochilas ou o que for. Vamos movimentar. A sociedade deve se expressar. Vamos aproveitar as redes para isso.
Nós que muitas vezes precisamos deles agora o Corpo de Bombeiros precisa de nós. Façamos a nossa parte.
Não a qualquer tipo de depredação ao patrimônio material e imaterial e a deixar a sociedade desamparada, mas sim por aqueles que estão lutando e reinvindicando corajosamente sem prejuízo social.
Lembremos ao governador que até ele pode precisar dos bombeiros.

O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas paz e justiça!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Código Florestal e a agrofloresta, um conceito contra uma Retórica de Sesmarias.

Código Florestal e a agrofloresta, um conceito contra uma Retórica de Sesmarias.

Devemos ter o cuidado de não cair nos erros midiaticos e partidários de polarizar uma situação envolvendo tantos fatores e atores em como sendo "os bons" e "os mals" ou "os certos" e "os errados". É evidente que o conflito traz a tona interesses e ideologias diversas.

Queria também dizer antes de mais nada que não sou contra modificações no Código Florestal, de forma que penso que ele necessita ser atualizado assim como qualquer lei que se preste a ser objeto de legalidade de uma sociedade que sempre se transforma e evolui. No entanto, me posiciono a favor de modificações conquanto seja atualizado para as boas práticas existentes hoje. E não simplesmente atualizadas para um contexto socioeconômico pilantra como o nosso e que sirva de capricho de uma minoria que detém uma massa de manobra e que mais faz o pequeno agricultor refém de um mercado babilônico do que o auxilia a se desenvolver.

Que fique bem claro aqui ou em qualquer outro lugar que "Ecologia" não é ideologia! Ecologia não é sinônimo de ecologismo ou ecologista ou ambientalismo. Ecologia é ciência e como tal deve ser encarada com embasamentos e comprovações.

Particularmente para os que brigam pela modificação da reserva legal as florestas por vezes são impecilhos. Deveriam pelo menos antes mesmo de conhecer o Código Florestal conhecer o "Código das florestas". Código das florestas que me refiro aqui é a maneira como as florestas são imprescindíveis ao que está no entorno inclusive para sua produção.

Então como estamos falando agora de ecologia e não de ecologismo. Vejamos o que a ecologia nos mostra e diz. Gostaria de destacar um conceito-prática chamado "agrofloresta", que é um ecossistema florestal produtivo em consórcio de plantios. A agrofloresta é uma dinâmica que faz parte do conceito chamado de agroecologia, o qual representa técnicas e conhecimento  e conceitos agrários, ecológicos, sociais e econômicos. Tal conceito se expandiu já em meados da década de 90, embora algumas de suas representações existissem já há várias décadas antes.

É um conjunto de técnicas que maximiza o uso do ambiente e parte do princípio que para sustentar uma produção agrária é necessário o uso racional dos recursos naturais, pois caso contrário essa produção irá se extinguir. É preciso antes de mais nada enchergar que tudo o que está a sua volta, pode e deve ser um recurso bem empregado, desde o clima até os insetos.

Através das técnicas de agroecologia como a agrofloresta as florestas não são empecilho para o pequeno proprietário e podem ser manejadas em qualquer ambiente, seja na caatinga ou na amazônia, e sim um meio de habitar ou um substrato a sua produção. Muito mais que uma conciliação em termos de produção e conservação a agrofloresta representa algo mais profundo: é a mudança na maneira de como nos relacionamos com a vida, especialmente o em relação ao termo natureza, o qual abrange a espécie humana.

A lógica desse tipo de agricultura é ser tão parecido quanto possível com a forma natural que a natureza se desenvolve, sendo esta agricultura dentro da floresta e não fora ou ao redor. Nesse sistema o agricultor pode extrair não somente uma produção apenas, mas várias como frutas, legumes e verduras até madeira, leite e mel entre outras. Além disso a mata é uma fonte rica e de princípios bioativos (remédios), além de essências. Através dessas parcerias entre culturas como ervas e arbustos, ou ainda gado e plantações, por meio de uma combinação de espaços como consórcios as agroflorestas são tão produtivas que Ernst Götsch, um dos fundadores do movimento agroflorestal no Brasil, viu 17 riachos nascerem, uma vez sua agrofloresta estabelecida num determinado lugar.
Na agroecologia a agricultura é vista não como um sistema fechado mas é considerada um ecossistema, sendo assim um sistema aberto e vivo. Como todo ecossistema possui pricncípios e padrões organizacionais que encontramos desde o corpo humano ao planeta e são padrões que encontramos em todo sistema vivo, da mesma forma na agricultura busca-se encontrar esses padrões e aplicar os princípios que capacitam a vida existir de maneira orgânica na Terra. Alguns desses princípios e padrões são: diversidade (várias espécies convivendo num mesmo espaço), o que gera maior quantidade de relações e acaba implicando em maior capacidade responsiva desse sistema resistir a problemas e intemperies naturais ou não como pragas ou chuvas. Reciclagem, é outro princípio elementar. Os nutrientes fazem parte de ciclo de idas e vindas entre solo e organismos e o que o ser deixa isso se transforma em útil para o solo ou outro ser. A renovação do solo por processos naturais nesse caso é fundamental. Da mesma forma que uma floresta não requer uma adubação de elementos introduzidos pelo homem por ser ela solo vivo, biologicamente ativo e sempre fértil devido a constante queda de folhas e a rápida degradação destas pelos insetos e microorganismos vivos dessa terra a agricultura também não deveria necessitar de agrotóxicos e fertilizantes industriais. Os agricultores da agroecologia vêem a lavoura e a criação de animais como produtoras de adubos naturais através de resíduos orgânicos. Alguns métodos nesse caso são: adubação verde (cultivo consorciado a plantação de fim economico que irá estruturar o solo descompactando com suas raízes fortes e que enriquecem o solo com nutrientes  atarvés do volume de massa verde (folhas e a própria planta quando morre que é devolvida ao solo). Adubação orgânica que é a adubação feita com resíduos orgânicos como cobertura de folhagens mortas, esterco ou ainda uma adubação mineral com pós de rochas.

Na perspectiva da agroecologia insetos não são pragas e sim agentes, praga é uma disfunção na natureza que deve ser corrigida mexendo nos elementos desse sistema e não com agrotóxicos, doenças são falta de nutrientes relacionados a distribuição desses no solo ou a capacidade de assimilação dessa planta ficando sucetível a ataques de insetos e gerando pragas.

A diversificação do uso desse espaço permite a exploração de produtos em épocas diferenciadas. A rotação de culturas segue um modelo parecido com o princípio do descanso da terra citado na lei mosaica na Bíblia, pois permite a manutenção do solo. A Bíblia nos dá um princío de plantio. Diz que é preciso dar tempo ao solo para este descansar e assim se recompor de nutrientes. É o sábado da terra, um tempo de descanso para o solo de 7 em 7 anos. Uma agrofloresta permite essa organização e se dá ao luxo de mudar e dar tempo para a vida da terra e do agricultor em termos de descanso também.
O segredo para isso tudo está justamente na combinação de plantio dentro de um espaço ricamente diverso que é a floresta.

A agrofloresta se implanta através um processo de sucessão ecoplógica tal como na natureza: primeiro os estratos pioneiros e menores e depois os estratos maiores e climáxicos. É possível baseado nisso adaptar a sucessão natural encaixando uma fase na outra num mesmo período de tempo. É claro que isso tudo demandaria força de vontade e apoio técnico dos governos nas três esferas, principalmente federal.

Em todo caso vê-se com isso que É ótimo, sobretudo ao pequeno produtor, principal personagem usado na discussão do Código florestal usada pelos latifundiários e grandes agropecuaristas. Não são os pequenos produtores os reais interessados nessa discussão, mas os interesses privados da bancada ruralista são conhecidos desde séculos atrás, já que o Brasil sempre foi impiedoso quanto a questão agrária desde sesmarias e sabemos que quanto maior uma terra, mais ela vale, então nisso não importa a forma de uso e sim o valor dela. Não se trata de espaço, mas de valor de venda desse espaço. Por isso mesmo esse pequeno grupo pouco estaria interessado em uma modalidade alternativa de produção. Creio eu...

A agricultura deve ser vista e de fato foi um avanço da civilização. No entanto, a forma que se faz essa agricultura é que é um atraso de vida, assim como a forma de tutela da terra, entre ser dono ou mordomo da terra. Estamos falando de latifundio, estrutura fundiária opressora servil. Temos casos aqui no Brasil interessantes de comunas como os faxinais do sul do Brasil que são exemplos de como não precisamos ter apenas um modelo de planejamento das coisas.

Sabe-se que modelos baseado na produção em série e com pouca ou nehuma diversificação é resultado do capitalismo. Dessa mentalidade humana de estar acima dos princípios organizadores de vida. Daí subentende-se que a monocultura, precisa de grandes áreas de terra e por não ter diversidades genéticas e outras espécies e não usar os recursos a sua volta é muito comum tão logo o surgimento de pragas. Também não atoa o mutualismo entre escravidão e monocultura é quase implícito. Isso sem contar os casos de ter que canalizar a fonte de água, pois que certas culturas requerem bem mais águas e num espaço sem florestas o quantitativo de chuva e rios caem. Esse modelo colonial perdura já a centenas de anos tal como a escravidão que vira e mexe se encontra nas plantações monoculturais de vários lugares do Brasil. Enquanto a agricultura tradicional degrada ao meio em que se vive ao consistir em aplicar um grande esforço em uma só cultura gera eliminando gradualmente a diversidade biólogica dali e do entorno logo vai gerando pragas o que requer aumneto do uso de defensivos agrotoximos e agrofertilizantes, degradando o solo e consequentemente gerando fraqueza a planta, caindo nesse ciclo vicioso maldito que aprisiona os pequenos produtores.

E como todo modelo de desenvolvimento que subtrai a natureza que esta a sua volta há sempre uma crescente produção e que em dado momento demonstra a dificuldade e impossibilidade de perdurar por bastante tempo, uma vez que não reconhece os ecossistemas e os serviços ecológicos associados as espécies que fazem parte do lugar. E como todo modelo que subtrai a natureza em favor unicamente do homem, particularmente de um pequeno grupo de homens, o próprio ser humano é subtraido por este modelo ao longo do tempo. É o que de fato acontece a anos nesse ciclo de pobreza que encontramos muito por exemplo na região norte, onde o produtor derruba uma parte da floresta e depois da terra definhar e ter todos os seus recursos esgotados num curto período de tempo ele ruma como nômade e derruba uma parte da floresta logo ao lado até que chegue um grileiro e o expulse.

As retóricas de semarias são frágeis diante da verdade. Por exemplo, o Brasil é campeão mundial de uso de agrotóxicos justificado a princípio por este ser também o campeão na produção mundial de alimentos. Ora, não é essa a analogia que se faz mais ou menos com o Codigo Florestal? Por exemplo, o pequeno agricultor precisa de mais espaço para plantar mais e sobreviver melhor. Mas o que de fato se constata é que o Brasil não é campeão no uso agrotoxico por ser grande produtor, mas por que outros países proibiram determinados agrotóxicos. Da mesma forma que o Codigo Florestal há uma inverdade nessa história toda. O Brasil não perde produção por conta de espaço, mas por conta de um modelo produtivo desfavorável além da presença existente de vários latifúndios, os quais permitem muitas terras para uns poucos proprietários e poucas terras para muitas pessoas a produzir.

Só para termos idéia logo que houve perspectiva de afrouxamento da legislação com o novo Código Florestal ocorreu uma explosão no desmatamento na Amazônia que fez com que o Ibama suspendesse todas as suas operações de fiscalização no país para concentrar esforços na contenção da derrubada.

Essa discussão sem o valor espiritual é apenas um conflito de interesses. Mas havendo o espiritual em tudo há de se ver que a justiça pertence ao Reino e seu Princípe Cordeiro Deus.

A agroecologia e particularmente o conceito de agroflorestas possui uma visão unificadora por ser integral, holística e sustentável. Busca resgatar o valor social e a importãncia do homem bem como a sua integração com a vida de uma forma geral. É como o mandato cultural bíblico dito em Genesis 2.15: "Tomou, pois, o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e guardar." Naturalmente esse jardim era algo muito mais sofisticado do que um jardim que conhecemos hoje. Provavelmente estaria mais para uma floresta, ou melhor, uma agrofloresta que um campo. Aliás quando olhamos uma floresta do ponto de vista agroecológico podemos realmente observá-la como um jardim. É o conhecimento empírico de séculos construídos pelas famílias de agricultores junto do conhecimento científico.

Como disse no início uma lei que se preza não pode ser impecilho para desenvolvimento de pessoas e do próprio país, de tal forma que ou mudamos a lei ou mudamos a forma de como a sociedade produz e se organiza. Nesse caso proponho talvez os dois me posicionando a favor de modificações em virtude de uma evolução em prol de novas práticas de desenvolvimento sustentável: técnicas, metodologias e educação já existente e presentes aqui mesmo no Brasil, incluindo aí as técnicas de agroecologia e mudanças na organização da distribuição de terras. A discussão do Código Florestal sem a justa discussão da reforma agrária é nula.

"Procurai, em primeiro lugar, o Reino de Deus, e tudo o mais vos será acrescentado. - Matheus, 6:33.

Se as flores, as árvores, os insetos e demais animais, o sol, a chuva, o céu, as nuvens, os morros (incluindos seus topos), as matas ciliares e suas respectivas beiras de rios, além dos próprios rios bem como o mar,  enfim, a os condicionantes de vida não pertencem e nem são parte do Reino de Deus, então, o Reino de Deus não é a vontade de Deus.
  Que todos saibam que Deus luta pela causa da terra. Ele luta pelo homem em primeiro lugar e por ser zeloso pelo que faz. A terra e as florestas são criações do Senhor Deus. Calem-se diante dele toda a terra (cale-se toda a criação sobretudo primeiramente o homem!)(Habacuque 2: 20).

"E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado. E o SENHOR Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal" Gênesis 2.8-9

A verdadeira agricultura é isso. Ela é Cristocêntrica. Deus Jesus é o centro e o homem é a manifestação produtiva criativa de seu reflexo visível no universo. Jesus criou um agroflorestador; não um latifundiário.

Termino aqui esse texto deixando um lindo texto salmista que me maravilhei hoje nesses dias logo pela manhã. Considero uma das mais belas poesias declamadas para Deus. Se encontra no Salmo 65. Veja como esse salmo relata algo como o resultado final de uma agrofloresta. Eu pessoalmente fiquei chocado. Deus sabe, Deus revela, Deus ensina!

Salmo 65: Versículos 9 - 13

Tu visitas a terra e a regas;
Tu a enriqueces copiosamente;
Os ribeiros de Deus são abundantes de água;
Preparas o cereal,porque para isso a dispões,
Regando-lhe os sulcos, aplanando-lhe as leivas.
Tu a amoleces com chuviscos e lhe abençoas a produção.
Coroas o ano da tua bondade;
As tuas pegadas destilam fartura,
Destilam sobre as pastagens do deserto (da Caatinga)*,
E de júbilo se revestem os outeiros.
Os campos cobrem-se de rebanhos,
E os vales vestem-se de espigas;
Exultam de alegria e cantam.

* Caatinga foi acréscimo meu.

Jesus é o Senhor da terra!
Abençoe a terra, abençoe o céu,
abençoe a água e tudo que é vivo Senhor. Pois Tu és o DEUS VIVO. Amém!!!Aloha!








quinta-feira, 2 de junho de 2011

Pastoral da Terra divulga lista de 30 ambientalistas ameaçados de morte

A PAstoral da Terra divulgou uma lista de 30 ambientalistas ameaçados de morte. Oremos pelos perseguidos na causa da terra. A pastoral da Terra está fazendo seu papel, sendo agente do Reino ao expor que há pessoas que estão sendo perseguidas e apoiar os perseguidos de um mundo brasileiro que poucos conhecem e os governos negligenciam. “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus” (MT 5:10).  “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (RM 14:17). Pastoral da Terra divulga lista de 30 ambientalistas ameaçados de morte


Cremos no que está escrito: "venha o Teu Reino e seja feita a Tua vontade" (Mateus 6:10-11). Mas também temos que crer que essa vontade está em nós e que como portadores dessa vontade não podemos nos calar diante das injustiças. Nós somos a ferramenta desse Reino. Temos que de alguma forma procurar participar da justiça. Suspiramos pelo Reino de Deus. Mas temos que ser conscientes que renunciar a si mesmo, tomar, cada dia, a sua cruz faz parte disso.


Leiam a notícia:



Por clipping


A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou, nesta semana, uma lista com o nome de 30 pessoas que trabalham no campo e de ambientalistas que já sofreram ameaças de morte ou sobreviveram a atentados violentos no país, entre os anos de 2000 a 2010.
De acordo com a organização, a lista completa apresenta 165 pessoas que foram ameaçados de morte mais de uma vez. Uma outra lista, que foi apresentada para o governo Federal, tem 1.855 nome de trabalhadores no campo que sofreram algum tipo de ameaça no período. Destes, 207 receberam mais de uma ameaça e 42 foram assassinados.
Segundo a CPT, o Ministério da Justiça informou que teria condições de oferecer proteção policial apenas para os 30 ambientalistas que já sofreram um atentando, considerados os mais graves.
Em menos de uma semana, quatro pessoas morreram na Região Norte, três delas no Pará e uma em Rondônia. No Pará, a morte de um agricultor, segundo a Polícia local, não tem relação com a morte de ambientalistas na mesma região. Há possibilidade de elo do agricultor com tráfico de drogas. No entanto, a Delegacia de Conflitos Agrários ainda investiga o caso antes de descartar que o assassinato tenha ocorrido por questão agrária.
Nesta segunda-feira (30), para conter os conflitos agrários na Região Norte do país, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, analisou uma lista com 125 nomes feita pela CPT de ambientalistas e trabalhadores rurais ameaçados de morte. (Fonte: Glauco Araújo/ G1)





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