terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Como se matam santos

"Profetas e apóstolos lhes mandarei; e eles matarão uns e perseguirão outros” (Lucas 11.49).

Apóstolo é uma palavra que significa "enviado". Inicialmente Jesus Cristo escolheu doze apóstolos, mas após Judas trair Jesus e depois de Jesus morrer passa a ser parte do grupo apostólico um discípulo chamado Matias, e extraordinariamente o Paulo de Tarso, 14º apóstolo (apóstolo dos gentios), que não foi testemunha ocular de Jesus Cristo, e antes fora perseguidor dos dicípulos, mas conheceu Jesus pessoalmente através de
um chamado enquanto ia perseguindo uns cristãos e Jesus ressurreto em visão perguntou por que Paulo o perseguia. Além dos apóstolos, cerca de 70 discípulos foram testemunhas da boa nova daquele que os chamou e se dedicaram a ser testemunhas para o mundo.
A intenção desse trabalho, diferentemente das religiões em sua maioria,  tinha o objetivo de alcançar as pessoas de todos os lugares e confins da terra levando o amor de Cristo. Incumbidos disso, portando a mensagem da salvação em Cristo Jesus, estas pessoas começaram a sofrer perseguições. Há cerca de dois milênios os cristãos são perseguidos. E essa perseguição tem se intensificado.
Apesar do Novo Testamento só registrar a morte de um dos apóstolos: Tiago, filho de Zebedeu (Atos 12:2), foi do próprio Jesus a confirmação maior de que os apóstolos morreriam assassinados por seguirem o seu Senhor e Cristo. A história testifica até hoje pelas vidas daqueles que fazem parte da igreja como ser cristão pode ser um crime perante a realidade do mundo.
Talvez a forma como eles morreram assassinados ou onde e quando, não seja 100% confiável por não estar na Bíblia, mas o fato é que sem dúvida, haja visto o que Jesus previu quanto aqueles apóstolos, à exceção de João todos eles seriam mortos por perseguição. 
Segundo a tradição, Pedro morreu em Roma,por volta de 64 d.C., durante a perseguição aos cristãos difundida pelo imperador Nero. Fala-se que foi crucificado de cabeça para baixo no Circo de Nero, segundo conta-se a posição da crucificação (cabeça para baixo) foi o próprio Pedro que pediu, "por não se sentir de valor suficiente para morrer da mesma forma que o seu Senhor". O apóstolo Paulo pregou o evangelho principalmente aos não-judeus. Foi perseguido açoitado várias vezes, apedrejado, feito prisioneiro em Roma, e acusado de crimes de falta de lealdade a Roma foi decapitado. André teria chegado a região identificada por Cítia (hoje países que compuseram a ex-União Soviética), pregou na Ásia Menor (hoje Turquia) e Grécia, onde foi crucificado em uma cruz em forma de "x". Tiago, filho de Alfeu passou pela Síria e teria sido apedrejado. Filipe teria vivido em Cartago (Norte da África), e na Ásia Menor, dizem que teria morrido crucificado, embora alguns dizem que foi preso e torturado pelo pro-cônsul, o qual a esposa se converteu a Jesus. Mateus passou por Pérsia (hoje Irã) e Etiópia. Dizem que ele foi apunhalado. Judas Tadeu a tradição diz que pregou na Judéia, Samaria, Mesopotâmia (região do hoje Iraque) e na Pérsia. Conta-se que este foi assassinado a machadadas pelas autoridades persas e pela multidão instigada por sacerdotes zoroastristas juntamente com Simão, o Zelote.
Bartolomeu conta-se teria ido à Índia, Armênia, Etiópia e ao sul da Arábia tendo sido esfolado vivo e decapitado pelo governador de Albanópolis, atual Derbent.
Matias teria sido morto na fogueira. Foi para a Síria. 
Algumas figuras importantes que não foram apóstolos também perderam suas vidas por amor a Cristo. Barnabé foi apedrejado e conta-se que os judeus de Salamina zombavam dele enquanto sucumbia. Marcos, morreu sendo arrastado pela ruas de Alexandria. Não podemos esquecer é claro de Estevão, o discipulo que foi o primeiro Mártir da igreja, o qual foi morto à pedradas.
Além destes, muitos discípulos morreram por serem cristãos.
Dentre o grupo dos apóstolos João foi o único que não morreu assassinado. No entanto passou por perseguição e sofrimento por ser cristão. Durante a perseguição do imperador romano Domiciano, foi exilado na Ilha de Pátmos. Conta-se que tentaram matar João cozido em um recipiente enorme de óleo, no entanto, foi milagrosamente livrado da morte.

Todos eles encararam a falta de amor, o grande motivo das suas mortes e perseguições. Apesar de tudo isso só o amor é capaz de mover e fazer existir até os dias de hoje  algo chamado igreja, cujo sentido é a comunhão no amor, naquele que foi crucificado e revelou o amor (o verdadeiro amor plenamente) para que vivamos em plena vida a abundância do ser filhos de Deus.

É impressionate como os apóstolos foram tão longe e muitas pessoas reconheceram Jesus como salvador. Encararam reis e imperadores, sacerdotes e vespeiros religiosos, levaram as pessoas a tomarem conhecimento do que elas são, levando os cativos à liberdade existencial e emocional.

O fato é que não é tão importante saber como morreram, mas sim o "por que morreram", "por quem morreram" e "para que". A vida desses homens nos permite dizer que de fato Jesus ressuscitou, pois se assim não fosse, entre vários apóstolos pelo menos 1 deles teria ido embora para casa e voltar a viver sua vida como sempre fez, sem necessidade de morrer por algo que não aconteceu ou não tinham realmente certeza se aconteceu. Também há quem questione o seguinte: "essas pessoas fizeram tanto por Cristo e receberam este tipo de recompensa?". Mas a resposta é NÃO, pois a morte não foi o pagamento por tudo o que fizeram em favor de Deus e nem foi o fim real da vida deles. Eles morreram por conta dos injustos e assim mostrando a estes que os mataram e ao mundo o quanto vale viver e padecer por Cristo e mostrar que o amor de Jesus é tão grande que vale isso. Eles não morreram porque roubaram, ou porque mataram ou por qualquer outra imoralidade, mas porque amaram aquele que odeia toda forma de opressão, o roubo, o assassinato e toda imoralidade.  A vida pode parecer injusta e talvez seja, mas injusta mesmo seria se não pudessemos amar.

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