Aproveitando as férias fui visitar umas exposições: Megalópolis, Cidades somos nós, Cora Coralina, Escher...
Sob diversas formas e em diversos ângulos, cada imagem uma sensação. Uma tensão onde não se vê saída, tudo é tão junto que sufoca. Apesar de as peças estarem expostas nas paredes, de forma que temos a ideía de vista aérea ou mapeada, se olharmos em outros ângulos temos uma impressão complementar. Mas naturalmente é a vista de cima que provoca.
Onde o lugar não tem lugar, conforme a proposta do artista, é um meio ambiente sem vida, sem espaços para habitar, sem água.
Essa exposição alerta para a realidade que estamos construindo sem limites. O ser humano em sua antropofágica ocupação no planeta. Todo o trabalho é em peças de madeira.
Lembra bem coisas cinematográficas como a cybertron do filme "Transformers" ou aquelas cidades em Star wars. Mas uma das imagens que me vieram a mente e acho bem marcante é referente à peça que me lembra muito o Rio de Janeiro visto de cima dentro de um avião (Antes de chegar ao aeroporto)...o Rio de Janeiro do alto é estranho...homogêneo e muito junto com pouco ou quase nenhuma árvore, em determinados lugares. Uma sensação estranha de prisão. Me lembrou também de qualquer cidade grande vista de noite do alto ao chegar de avião. Um visão estranha, mista de espanto, artificialidade, feiura e beleza.
Essa exposição se encontra no Centro Cultural dos Correios-RJ no centro da cidade.
Uma literatura que vale a pena e que tem a ver com essa exposição é "Cidades Invisíveis", de Italo Calvino, famosa obra, e "Planeta Favela", de Mike Davis.
Cidade de São Paulo numa foto em que mostra a pobreza e a riqueza lado a lado.
"A cidade somos nós"

Clique na imagem para ler.
Discordo apenas do título, pois para ser sustentável um bairro precisa mais do que bicicletas. O uso de bicicletas em copacabana foi a saída ao trânsito caótico do bairro. Mas é muito interessante o estudo.
Acidade sendo projetada em função da vida, particularmente do ser humano, e não do carro é uma ruptura do paradigma contemporâneo.

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