quinta-feira, 8 de março de 2012

O anúncio da Ressurreição de Jesus, um assunto de mulheres?

Esse texto copiado da fonte: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/507261-o-anuncio-da-ressurreicao-de-jesus-um-assunto-de-mulheres merece ser reproduzido com fidelidade e muito carinho. A mulher tem um papel muito rico na história bíblico, muito embora a presença masculina seja mais nítida e recorrente. Nada disso se trata de concorrer um com o outro, mas cada ser possui uma participação diferenciada. Eu como admirador da mulher em sua capacidade e força bem como da sua estética sei que elas tiveram grande honra e mérito de anunciar além do fato de ser a portadora do ventre santo do Verbo encarnado ao mundo físico também pôde declarar primeiro: O MESTRE RESSUCITOU. ELE ESTÁ VIVO!


O anúncio da Ressurreição de Jesus, um assunto de mulheres?
O Comité de la Jupe (Comitê da Saia), que quer promover um lugar justo para as mulheres na Igreja católica, sugere às paróquias o enriquecimento da liturgia da Páscoa através da redescoberta de um rito antigo, aquele da visita de mulheres ao túmulo na madrugada da Páscoa. Uma maneira de recordar a grande contribuição das mulheres para o anúncio da ressurreição.

A reportagem é de Jean Mercier e publicada no sítio da revista francesa La Vie, 06-03-2012. A tradução é do Cepat.

“E se este ano as mulheres anunciassem a Ressurreição?” O Comité de la Jupe, criado em 2008 para promover um lugar justo das mulheres na Igreja católica, propõe enriquecer a liturgia do Tríduo Pascal através da redescoberta de um rito antigo, aquele da visita ao túmulo na madrugada da manhã da Páscoa. A proposta consiste em convidar as mulheres para se aproximarem do altar no seio da liturgia da Páscoa, a fim de anunciar as frases que, no Evangelho, anunciam a Ressurreição: “a morte foi derrotada, o crucificado ressuscitou!”.

Para o Comitê fundado por
Anne Soupa e Christine Pédotti, trata-se de renovar com a visitatio sepulchri, uma prática medieval em outros tempos abandonada, que consiste em reproduzir os atos e as palavras das “santas mulheres” que foram ao túmulo e que foram as primeiras testemunhas da ressurreição de Cristo...

A cena é representada em muitos ícones ortodoxos, a partir do tema das mulheres “myrrhophores”, que foram até ele para levar pomadas para o embalsamento do corpo de Jesus, e que se encontram com um anjo que lhes anuncia que Cristo ressuscitou. Este rito, que se propagou a partir do século X na Europa, tinha dado origem a “encenações de natureza teatral”, às vezes, resultando em desvios, de sorte que o Concílio de Trento acabou com esta prática.

O Comité da la Jupe quer reintroduzir o rito de maneira mais simples a partir de um intercâmbio falado de grande sobriedade, pedindo um gesto que “não precisa de nenhuma competência específica. Bastam três paroquianas”. O Comitê advertiu contra qualquer “adorno teatral”, e salienta “que é fundamental não tentar construir um espetáculo de tipo narrativo, que pode ser motivo de distração”. Propõe utilizar o espaço litúrgico e centrar o rito sobre o altar, que representa o túmulo de Cristo. Os panos do altar simbolizam os panos que envolveram o corpo de Jesus.

O Comitê sugere que esse rito aconteça na manhã da Páscoa, uma vez que a Vigília do Sábado Santo já é bastante carregada. Esta iniciativa é, segundo o Comitê, “um gesto concreto” para reconhecer “o justo lugar” das mulheres na Igreja. O Comitê lança esta iniciativa em conjunto com a Ação Católica das Mulheres, parceira nesta festa da Páscoa de 2012. O dominicano André Gouzes se associa a esta renovação: “Alegro-me com o fato de que um dos rituais mais antigos da liturgia pascal esteja ganhando vida novamente e que valoriza a parte das mulheres na ação ritual da proclamação da Páscoa. Ao mostrar as riquezas infinitas da nossa liturgia cristã, a partir das suas fontes, pode fazer surgir novidades”.

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