Ouça! Consegue ouvir?
A música?
Eu consigo ouví-la em qualquer lugar…
No vento… No ar… Na luz… Está ao nosso redor…
A gente precisa se abrir… A gente só… Precisa ouvir."
Evan acredita que a música poderia levá-lo de alguma forma até os seus pais desconhecidos. Ele possui o dom de perceber os sons ao seu redor de uma forma mais integrada que as demais pessoas. Em tudo ele percebe música, seja no balançar das árvores, numa bola quicando, no vento passando, numa buzina, linhas eléctricas etc, de tal forma que considera esse arranjo sonoro musical como mensagens. Estas mensagens poderiam guiá-lo e quando ele descobre seu potencial de compor e tocar música ele pensa em expô-la e assim seus pais ouviriam também e o encontrariam. Essa a síntese da história do filme "August Rush", aqui no Brasil conhecido como "O Som do Coração". A história de certa forma traduz em parte o modo como músicos e a música se conectam, mas também diz que as pessoas estão conectadas umas as outras e um mundo onde tudo está conectado e preenchido pelos sons e pela música de uma forma geral. O som do coração, diz aquilo que muitos corações querem no final das contas que é se comunicar com o que o cerca e se relacionar, se interconectar. No filme, a música é o grande elo e a chave para Evan se comunicar com esse mundo e especialmente com seus pais. Isso é ecologia!
Há tempos tenho pensado em algo que una ecologia com a música, pois intuitivamente sempre imaginei uma aproximação, uma conexão natural. Não me refiro a alguém que escreve sobre ecologia nas letras de suas canções. É algo mais profundo que isso, que perpassa teorias e de alguma forma se liga coerentemente. Pensei então num termo ou conceito sobre isso e que acabei chamando de "Ecologia da Música". E constantemente esse termo não me saía da cabeça, pois eu sempre buscava pensar sobre isso e aos poucos fui tendo vislumbres que me fizeram chegar aonde eu queria alcançar.
Pensando no fato da ecologia ser uma ciência que estuda ligações (conexões entre seres vivos e seu ambiente e entre seres e seres), podemos dizer que a busca por comunicação está dentro dos estudos de como um ser vivo se relaciona em um determinado meio, assim sendo a ecologia é pura comunicação. A Teoria Geral dos sistemas(TGS) provou isso e traduziu comunicação como qualquer coisa que faça conexão com outro ser. Como digo sempre para as pessoas, a ecologia é a ciência das relações, e em toda relação há um aporte de mensagens. Por exemplo, uma folha que cai no solo é considerada uma informação. Essa matéria vai se decompor e enriquecer o solo que passará a ter mais informação (uma gama maior de nutrientes para serem absorvidos por outra planta). No caso da música ela é a conexão ou mais especificamente a combinação de sons, e ela nos comunica a muitas coisas: pensamentos, situações, lugares, coisas, sentimentos e mundos (tempos: passados, futuro desejado, presente) etc. Pessoas são comunicadas a pessoas, que chegam a de alguma forma se identificar e criar afinidade. Aliás, o termo afinidade é bem próximo de afinação.
Uma das coisas interessantes que descobri e que me conduziu nessa conexão foi entender que alguns povos nativos possuem na música algo fundamental para construção de sua coletividade sobretudo em se tratando de como se organizam e a processos sociais. Por exemplo, os Suyá, povo indígena do Alto Xingú, tem na música um meio de se relacionar, podem restaurar e criar ordem em seu mundo com suas experiências de vida. Wisnik enuncia algo fantástico que apesar de se referir a música eu consegui visualizar o mesmo enunciado para a ecologia enquanto ciência que ela é. Dizia assim:
"Cantar em conjunto, achar os intervalos musicais que falem como linguagem, afinar as vozes significa entrar em acordo profundo e não visível sobre a intimidade da matéria, produzindo ritualmente, contra todo o ruído do mundo, um som constante (um único som musical afinado diminui o grau de incerteza no universo, porque insemina nele um princípio de ordem)".
Ora, o que ele simplesmente descreveu foi ecologia, porém na linguagem musical. Ao tentar descrever música ele acabou talvez sem saber descrevendo também a ecologia. Dessa descrição podemos fazer analogias, por exemplo entre o cantar em conjunto e o viver em conjunto, intervalos musicais com nichos e espaços de vida, afinar as vozes em analogia a evolução(transformação) de espécies, ou quando ele fala de um único som musical afinado diminui o grau de incerteza no universo, porque insemina nele um princípio de ordem, temos analogia com o processo de desordem a sucessão ecológica e sistemas que caminham a ordem e equilíbrio dinâmico, o qual forma um ecossistema. Podemos assim dizer substituindo algumas expressões musicais por expressões ecológicas a seguinte verdade que coincide com o que Winsk disse. Depois comparem com a afirmação original de Winsk:
"Viver em conjunto, achar os nichos e espaços de vida que possam se interconctar-seres-ambiente-e seres-e-seres, refinar a (co)evoulção, ou melhor, a (co)transformação significa entrar em acordo profundo e não visível sobre a intimidade da matéria, produzindo ritualmente, contra todo distúrbio, uma relação constante (uma única relação ecológica diminui o grau de incerteza no universo, porque insemina nele um princípio de ordem, pois que pela entropia a desordem antecede a ordem, em uma sucessão ecológica e sistemas que caminham gerando complexidade e a ordem e equilíbrio dinâmico, o qual forma um ecossistema)."
O som é impalpável e invisível tanto quanto as interelações/conexões entre um ser vivo a outro, objeto de estudo da ecologia.
Para Wisnik, a música constitui-se no "jogo entre som e ruído". O ser humano ao codificar e estabelecer um elo de ligação entre esses ruidos e frequências irregulares e caóticas ordenando-as é capaz de criar algo "nítido" e plenamente sentido. Esse ato de criar é tão incrível que relaciona-se lindamente com o fato de que tal como Deus cria o planeta e o universo em Gêneses através do Verbo, que emana voz e consequentemente som/música, e tudo vai sendo criado, nós enquanto imagem e semelhança de Deus podemos dizer que temos na música o fato de que somos agentes criativos do Deus criador.
Podemos também dizer que quando corta-se uma árvore ou mata-se um bicho, não se está simplesmente movendo partículas de matéria e energia de um lado a outro, mas também vibração, ou simplesmente movendo música, de forma que volta a ser "ruído".
Vale dizer também que em povos tradicionais como índios e aborígenes e povos africanos, a música é marcada pela circularidade, ou seja, é marcada pela repetição. São ciclos musicais. Assim é também o funcionamento dos sistemas vivos. A reciclagem de resíduos, por exemplo, é um princípio da manutenção da vida. Quando a folha cai na terra transforma-se em matéria inorgânica, que entrará novamente na composição de um ser vivo. Nesse caso "Sons entre o concerto e o desconcerto do mundo".
Um dos momentos mais interessantes do filme "O Som do Coração" é quando Evan começa a perceber e conduzir o violão tirando música através de batidas ou "Taps" (termo dessa técnica musical).
Esse mesmo é também um fenômeno físico conhecido por batimento sonoro. Que é simplesmente nada mais que a superposição de dois sons harmônicos de freqüências ligeiramente diferentes. Pode ser feito obtido de duas cordas de guitarra de freqüências parecidas, por exemplo. Podemos encontrar esse fenômeno musical na ecologia onde na relação entre espécies o batimento sonoro é importante a medida que comunica um ser vivo a outro, se acha um ser e como esse ser chega a um lugar.
Por exemplo, o tubarão usa esse "dom" para encontrar presas, insetos como a cigarra que transforma seu abdômen numa caixa de ressonância usam para atrair parceiros, golfinhos e baleias e sapos também usam como formas específicas de comunicação. Podemos também dizer aqui o fato de que quando nos apaixonamos, nos sentimos atraídos de tal maneira por um outro ser tal como nós que nosso coração soa com batimentos acelerados e isso pode ser percebido se houver um contato com a superfície vibrtatória, se o casal se deixar tocar-se poderão constatar um ao outro e elevar seus sentimentos. Na nossa relação sexual o som prevalece como componente do prazer mútuo entre as partes e respostas a essa comunicação. O feto cresce no útero ao som do coração da mãe, seu desenvolvimento tem laços com o ritmo da vida de sua genitora sustentadora.
Há um conceito em música chamado de "Paisagem sonora". O canadense Murray Schaffer em seus estudos, fala da percepção de sons de diversos ambientes. Por exemplo num passeio por um bosque você captará sons específicos a este determinado lugar, nesse caso desse ecossistema melhor dizendo. Podemos dizer que vivemos imersos em uma paisagem sonora que é própria do lugar em que vivemos e dessa forma nos traz o sentimento de pertencimento, ou seja, de fazer parte daquele ambiente. Segundo Raquel Lemos Castro (2007), em sua tese Ecologia Acústica, a acuidade auditiva era essencial à sobrevivência do ser humano nos primórdios de sua existência, muito mais do que qualquer outro sentido. O contato com o som e a musica é uma interação ser vivo-ambiente. É algo que traz o ambiente para dentro de nós e nos posiciona diante dele, nos orienta em relação a ele. Essa percepção vai além do órgão específico que nos permite ouvir.
Um caso notável disso é o do equipamento que permite os surdos sentirem a música através do contato do som a pele baseando-se no princípio da sinestesia, simulando no tato dos dedos as ondas sonoras que a audição humana capta no ar. Talvez por esse mesmo princípio Beethoven não se suicidou ao perder sua audição e compôs algumas de suas maiores obras sem escutar, apenas sentindo as vibrações do piano. Por isso também ele poderia até mesmo dançar seguindo a vibração da sua música se acaso quisesse. Isso tudo graças ao simples fato da característica fundamental do som ser a vibração. Essa é a origem e essência de todo som e música.
De forma que não poderia deixar de relacionar e mencionar o fato da ecologia ser vista hoje a partir da representação de uma teia, a chamada Teia da Vida, tal teia simboliza as diversas relações e como a vida está entrelaçada com as diversas relações intra e interespecíficas. Essa teia pode ser comparada a cordas de músicas, já que teias são de fato cordas entrelaçadas. Sabemos que Toda vibração (impacto) acaba afetando cada elo dessa teia-corda da vida. Quando uma espécie é afetada outras também são. Quando extermina-se uma espécie qualquer outras serão afetas e algumas também serão extintas.
E se a organização ecológica da vida é a Teia, a qual também são cordas devemos citar a Teoria das Cordas, a teoria da física quântica que diz que a unidade fundamental da matéria são cordas que vibram e produzem elementos da física e dependendo da vibração pode construir ou modificar qualquer coisa).
Em síntese o som é a origem da forma. Ora, a física quântica nos mostra que na realidade nosso corpo e a matéria são um conjunto de partículas vibrando. Pode dizer que a realidade da existência das pessoas e das coisas têm a música na sua unidade fundamental.
No filme "O Som do Coração", Evan ao vaguear pela cidade acaba sendo mais uma vez "guiado" pela música e encontra um menino tocando violão e através deste chega até o personagem "Mago" ("Wizard"). Evan obtém acesso a um violão e começa a tocar transformando-se assim numa criança prodígio e "Mago" encantado explica a poesia da física da musica:
"Você sabe o que é música?…
É um lembrete de Deus de que tem alguma coisa além de nós no universo… Ligação harmônica entre todos os seres vivos, em todo lugar… Até nas estrelas.
Sabe o que tem lá fora?"
"Uma série de tons maiores… É um arranjo da natureza governada pelas leis da
física, do universo inteiro… Som harmônico, energia pra estar de acordo…"
E é isso...dividimos esse fato em comum a tudo o que existe, desde as estrelas a uma simples flor, ou como diz uma música da banda carioca Forfun na sua canção chamada "Cigarras": ..."o universo todo numa flor"...
No final das contas somos um amontoado de átomos vibrando gerando música, formando relações sociais e nos relacionando com as demais espécies bem como o ambiente em que vivemos.
Dizem que Confúcio tem a seguinte frase: “Se quisermos saber em que civilização
vivemos devemos analizá-la pelo tipo de música que se escuta.”
Jorge Tonnera Jr.
Referências:
José Miguel Wisnik. O som e o sentido. Uma outra história das músicas. São
Paulo, Companhia das Letras, 1999, 285 pp.
Hélio Ziskind. O som e o sent. Uma trilha para O som e o sentido. CD integrante
do livro.
Rose Satiko Gitirana Hikiji
Ecologia Acústica, Raquel Castro. 2007
quinta-feira, 28 de julho de 2011
sábado, 23 de julho de 2011
Aula de música e matemática com Pato Donald. Genial e simples como a vida!...
Simplesmente genial. Um ótimo senso de didática e trans, multi e interdisciplinaridade, onde nada é separado. Onde a educação não são fragmentos aglutinados, mas um todo. Lúdico e lúcido. Essa é a prova de que seríamos gênios se o sistema educacional não nos aprisionasse. Como a música é maravilhosa e uma chave para entendêrmos a vida...
Paz de Jah
Jesus vive, aloha!!!
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Pelo Amor de Deus (For the love of God), de Steve Vai
Uma linda música que faz viajar. Não tem como não viajar nessa que é uma das melhores músicas de um dos melhores guitarristas que existe. "For the love of God" possui esse clip abaixo que mostra esse lance da religiosidade como inerente ao ser humano em sua busca de sentido.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
A dúvida da fé e a inquietação da salvação
Sim, A própria fé nos questiona, o espírito em nós nos agita.A Reverenda Genevieve Razim, pastora associada da Palmer Memorial Episcopal Church usou uma frase interessante sobre a manifestação da fé. Ela diz que conforme a fé se desenvolve vai fazendo perguntas difíceis.
A vida interage o tempo todo e somos chocados com as realidades e questionar pode não significar que teremos a resposta, mas nos levará a uma outra resposta, pergunta ou situação em que seja mais importante.
A dúvida da fé e a inquietação da salvação nos leva a perguntas como as de Asafe, o salmista ou ainda os lamentos de Jeremias, situações libertadoras que exorcisam angústias da alma frente a realidade do mundo e de nós mesmos.
Lutero foi um caso clássico na sua inquietação em relação a fé e a religião, que acabou levando ao despertar da revelação. Deus revelou a verdade através da Escritura, a partir de um inquientamento.
A fé não é o ponto final; é o ponto de partida!
Na dúvida talvez seja a fé que esteja perguntando e não necessariamente a ausência dela...
A vida interage o tempo todo e somos chocados com as realidades e questionar pode não significar que teremos a resposta, mas nos levará a uma outra resposta, pergunta ou situação em que seja mais importante.
A dúvida da fé e a inquietação da salvação nos leva a perguntas como as de Asafe, o salmista ou ainda os lamentos de Jeremias, situações libertadoras que exorcisam angústias da alma frente a realidade do mundo e de nós mesmos.
Lutero foi um caso clássico na sua inquietação em relação a fé e a religião, que acabou levando ao despertar da revelação. Deus revelou a verdade através da Escritura, a partir de um inquientamento.
A fé não é o ponto final; é o ponto de partida!
Na dúvida talvez seja a fé que esteja perguntando e não necessariamente a ausência dela...
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Abortos por anomalia são realizados na Inglaterra
E assim todos nós daremos conta ao doador da vida...
Matar bebês por causa de fissura labial e pé torto... Tenha misericórdia de nós, ó Senhor doador.
Abortos por anomalia são realizados na Inglaterra
Segundo o Departamento de Saúde da Inglaterra, dos 189.574 mil abortos realizados na Inglaterra e no País de Gales em 2010, 2.290 foram feitos devido a anomalias fetais, incluindo Síndorme de Down, problemas no sistema esquelético e fissura nos lábios. Essa é a primeira vez que o governo inglês lançou os dados sobre abortos realizados em razão de deficiências e as condições médicas dos fetos e os números chamaram a atenção.
As estatísticas revelaram que 482 fetos foram abortados devido a Síndrome de Down, 128 por distúrbios nervosos na espinha bífida e 181 por problemas músculo-esqueléticos, como “pé torto”. Nos dados constavam também que sete gestações foram interrompidas em razão de fissuras no palato, um problema que pode ser resolvido com uma cirurgia relativamente simples, que pode ser feita a partir dos três meses de idade. Quem solicitou a pesquisa foi a Aliança Pró-Vida inglesa.
A amniocentese, que é o exame realizado para descobrir problemas como a Síndrome de Down ou da espinha bífida, é feita entre a 15ª e a 18ª semana de gravidez e não faz parte de uma rotina normal de gravidez. É indicada para casos especiais, como em gestantes com mais de 35 anos ou anormalidade gêneticas na família. O dignóstico da fissura no lábio é feita normalmente no quinto mês de gestação.
O aborto no Reino Unido é permitido ser realizado até 24 semanas de gravidez. Após esse limite, o aborto pode apresentar risco para a vida da mãe e risco de grave de malformação do feto.
Muitas pessoas abortam porque não querem ter bebês, essa é uma discução à parte. Mas o que você acha do aborto realizado em razão dessas doenças? Comente!
Fonte: Daily Mail.
Origem: http://meme.zenfs.com/u/21c6cb8c6e55b4fb0246e3f02ac8dd4a53b66630.jpeg
Matar bebês por causa de fissura labial e pé torto... Tenha misericórdia de nós, ó Senhor doador.
Abortos por anomalia são realizados na Inglaterra
Segundo o Departamento de Saúde da Inglaterra, dos 189.574 mil abortos realizados na Inglaterra e no País de Gales em 2010, 2.290 foram feitos devido a anomalias fetais, incluindo Síndorme de Down, problemas no sistema esquelético e fissura nos lábios. Essa é a primeira vez que o governo inglês lançou os dados sobre abortos realizados em razão de deficiências e as condições médicas dos fetos e os números chamaram a atenção.
As estatísticas revelaram que 482 fetos foram abortados devido a Síndrome de Down, 128 por distúrbios nervosos na espinha bífida e 181 por problemas músculo-esqueléticos, como “pé torto”. Nos dados constavam também que sete gestações foram interrompidas em razão de fissuras no palato, um problema que pode ser resolvido com uma cirurgia relativamente simples, que pode ser feita a partir dos três meses de idade. Quem solicitou a pesquisa foi a Aliança Pró-Vida inglesa.
A amniocentese, que é o exame realizado para descobrir problemas como a Síndrome de Down ou da espinha bífida, é feita entre a 15ª e a 18ª semana de gravidez e não faz parte de uma rotina normal de gravidez. É indicada para casos especiais, como em gestantes com mais de 35 anos ou anormalidade gêneticas na família. O dignóstico da fissura no lábio é feita normalmente no quinto mês de gestação.
O aborto no Reino Unido é permitido ser realizado até 24 semanas de gravidez. Após esse limite, o aborto pode apresentar risco para a vida da mãe e risco de grave de malformação do feto.
Muitas pessoas abortam porque não querem ter bebês, essa é uma discução à parte. Mas o que você acha do aborto realizado em razão dessas doenças? Comente!
Fonte: Daily Mail.
Origem: http://meme.zenfs.com/u/21c6cb8c6e55b4fb0246e3f02ac8dd4a53b66630.jpeg
terça-feira, 5 de julho de 2011
Site colaborativo reúne informações para ajudar vitimas de enchentes
Essa notícia vale a pena ler. Vi no site http://envolverde.com.br/noticias/site-colaborativo-reune-informacoes-para-ajudar-vitimas-de-enchentes/
por Redação Aprendiz
Site colaborativo reúne informações para ajudar vitimas de enchentes
por Redação Aprendiz
Foi em casa, assistindo notícias sobre os deslizamentos de terra no verão de 2010, que a publicitária Cristiana Soares teve a ideia de usar seus conhecimentos em comunicação para ajudar as vítimas: a partir da mobilização de usuários do Twitter ela criou um site colaborativo, que reúne informações importantes sobre como auxiliar os atingidos.
Com os desastres desse ano, o Projeto Enchentes redobrou as forças e passou a divulgar notícias, campanhas e pontos de doações. “Deixei claro logo de começo que não queria fazer assistencialismo e nem caridade. Que a ideia era prestação de serviço, dentro das nossas possibilidades como profissionais da comunicação”, conta Cristina no texto de apresentação do projeto.
O site reúne um clipping de notícias da grande imprensa sobre enchentes e deslizamentos de terra, textos sobre projetos para ajudar os desabrigados e locais de doações. Há também um mapa colaborativo, onde os internautas podem referenciar áreas de inundação, deslizamentos de terra, estradas bloqueadas e rotas alternativas.
O projeto possui um perfil no Twitter e a hashtag #projetoenchentes. Lá são postadas informações e dicas em tempo real, quando há emergências, como “Hemorio informa: estoque de sangue suficiente para atendimento por 15 dias na Região Serrana. Doe daqui a duas semanas” ou “Prefeitura de Teresópolis informou que precisa de sal! Divulguem para tentarmos doações!”.
* Publicado originalmente no Portal Aprendiz.
(Aprendiz)
Com os desastres desse ano, o Projeto Enchentes redobrou as forças e passou a divulgar notícias, campanhas e pontos de doações. “Deixei claro logo de começo que não queria fazer assistencialismo e nem caridade. Que a ideia era prestação de serviço, dentro das nossas possibilidades como profissionais da comunicação”, conta Cristina no texto de apresentação do projeto.
O site reúne um clipping de notícias da grande imprensa sobre enchentes e deslizamentos de terra, textos sobre projetos para ajudar os desabrigados e locais de doações. Há também um mapa colaborativo, onde os internautas podem referenciar áreas de inundação, deslizamentos de terra, estradas bloqueadas e rotas alternativas.
O projeto possui um perfil no Twitter e a hashtag #projetoenchentes. Lá são postadas informações e dicas em tempo real, quando há emergências, como “Hemorio informa: estoque de sangue suficiente para atendimento por 15 dias na Região Serrana. Doe daqui a duas semanas” ou “Prefeitura de Teresópolis informou que precisa de sal! Divulguem para tentarmos doações!”.
* Publicado originalmente no Portal Aprendiz.
(Aprendiz)
sábado, 2 de julho de 2011
A Biologia de Transformers
"Há milhares de anos havia vida no planeta Cybertron. Mas não a vida como conhecemos hoje. Robôs inteligentes que pensavam e sentiam, e moravam nas cidades. Eles se chamavam Autobots e Decepticons".
Assim iniciava um dos desenhos mais conhecidos e saudosos da década de 80. "Transformers" é originalmente uma série de desenho animado dos anos 80, cujo sucesso existe até hoje. Prova disso é a sequência cinematográfica, um filme de ação de 2007. Dirigido por Michael Bay e na produção executiva por Steven Spielberg, o sucesso levou à continuação "Transformers: A Vingança dos Derrotados", em 2009, que
continua agora em 2011 como uma trilogia, agora sob o título "Transformers: O lado oculto da Lua".
Uma das coisas que me chamou atenção ao ver o filme foi o conceito de biologia implícito, que a principio superficialmente é uma bela ficção com um ótimo conceito de design. Bom, isso é o que os olhos vêem a princípio. Após assistir aos extras da edição dupla me dei conta de quão interessante havia em termos de conceitos havia implícito e que os artistas que projetarm pensaram realmente em algo similar a um ser vivo da Terra.
Da escola organísmica de biologia emergiu a ecologia, a qual é baseada em estudos sistêmicos. Não atoa os ecologistas comparem ecossistemas a organismos. O próprio planeta Terra é visto como um organismo (hipótese Gaia). A ecologia introduziu o conceito de rede. Martín Serrano (1978) defende que os pressupostos fundamentais para que cibernética e comunicação, cibernética e interacção humana se identificassem, resulta da visão da cibernética como ecologia, baseando-se no pilar que entre um ator humano e o seu meio exterior, a troca de mensagens é uma causa e um efeito entre a ação e a reação. (Pinuel, :39 apud Serrano, 1978)
"Mais do que os olhos podem ver"!
Transformers possui desde o início da série o slogan "Mais do que os olhos podem ver", que sintetiza bem a beleza dos personagens, os quais vivem sob desfarce de automóveis, mas que podemos usá-lo para em analogia comparar com as idéias e conceitos de física quântica , biologia, cibernética e principalmente sobretudo a ecologia, pois perdemos nossa capacidade de perceber como a vida é integrada e cheia de conexões com tudo.
Assim iniciava um dos desenhos mais conhecidos e saudosos da década de 80. "Transformers" é originalmente uma série de desenho animado dos anos 80, cujo sucesso existe até hoje. Prova disso é a sequência cinematográfica, um filme de ação de 2007. Dirigido por Michael Bay e na produção executiva por Steven Spielberg, o sucesso levou à continuação "Transformers: A Vingança dos Derrotados", em 2009, que
continua agora em 2011 como uma trilogia, agora sob o título "Transformers: O lado oculto da Lua".
Uma das coisas que me chamou atenção ao ver o filme foi o conceito de biologia implícito, que a principio superficialmente é uma bela ficção com um ótimo conceito de design. Bom, isso é o que os olhos vêem a princípio. Após assistir aos extras da edição dupla me dei conta de quão interessante havia em termos de conceitos havia implícito e que os artistas que projetarm pensaram realmente em algo similar a um ser vivo da Terra.
Como Optimus Prime, um dos robôs protagonistas fala ao se apresentar ao chegar a Terra, ele diz: somos organismos vivos cibernéticos. Vemos também no dvd extra que o conceito desses transformers sugere que eles possuem um endoesqueleto tal como criaturas terrestres como artrópodes (insetos, crustáceos etc), uma subpele. Eles chegam a Terra como um casulo, que na verdade é apenas o endoesqueleto enrolado que se abre. E para manterem seu corpo aqui devem se desfarçar, se transformando assim em um objeto terráqueo verossímil similar a estrutura da massa do seu corpo, já que uma das coisas que o filme consegue é justamente corrigir o erro do desenho em relação ao fato de que na verdade eles não fazem metamorfose, pois sua massa continua a mesma depois da transformação, de tal forma que as peças vão para outras partes do corpo. Assim, eles optam por se transformar em automóveis ou em outras máquinas.
A tecnologia deles vai além da nossa, baseada em uma espécie de processo nanomolecular. Cada molécula, cada célula é uma máquina em si. Ora se formos ver as células do nosso corpo não são tão diferente de máquinas, muito embora longe de mim aqui fazer uma comparação mecanicista cartesiana da vida, mas há uma certa lógica no fato de que muitos chamam o corpo humano de "Máquina humana". O caso é que a Teoria Geral dos Sistemas diz que um sistema é um todo integrado cujas propriedades essenciais surgem das relações entre suas partes. De fato, segundo Capra, uma propriedade que se destaca em toda a vida é a sua tendência em formar estruturas multiniveladas de sistemas dentro de sistemas. Cada um desses sistemas forma um todo com relação às suas partes, enquanto que, ao mesmo tempo, é parte de um todo maior.
A Biologia organismica, física quântica, Ecologia e cybernetica.
Segundo Fritjof Capra, o famoso físico, em seu grande livro "A Teia da Vida", diz que já na década de 20, a teoria quântica mostrou que os objetos materiais sólidos da física clássica se dissolvem, no nível subatômico, em padrões de probabilidades de semelhantes a ondas, sendo que esses padrões não representam probabilidades de coisas, mas sim probabilidades de interconexões. Em biologia A forma biológica é mais que um molde, mais do que uma configuração estática de componentes de um todo. Há um fluxo contínuo de matéria de forma que acada dia somos Re-construídos, ou transformados (transformers), embora nossa forma seja mantida. E é justamente a interação e interconexão que nos dão essas possibilidades. Segundo Aristóteles , o primeiro biólogo da tradição ocidental, a matéria tem a natureza essencial de todas as coisas, mas apenas a potencialidade. Por meio da forma (shape), essa essência torna-se real ou efetiva. O processo de auto-realização ele chama de enteléquia ou autocompletude.
Ainda segundo Capra, a chamada escola organismica explorou a concepção de organização , que viria a substituir a noção de função. Quando a genética começou a explorar a estrutura molecular dos genes eles descobriram que as características de todos os seres vivos, desde bactérias a humanos, estavam codificados em dados em seus cromossomos na mesma substância química, que utilizava os mesmos caracteres de código, como blocos de construção alterações na ordem desses blocos representavam mudanças na forma do organismo, isso claro em conjunto com uma interação com o ambiente, ou melhor, o meio com os genes.
A tecnologia deles vai além da nossa, baseada em uma espécie de processo nanomolecular. Cada molécula, cada célula é uma máquina em si. Ora se formos ver as células do nosso corpo não são tão diferente de máquinas, muito embora longe de mim aqui fazer uma comparação mecanicista cartesiana da vida, mas há uma certa lógica no fato de que muitos chamam o corpo humano de "Máquina humana". O caso é que a Teoria Geral dos Sistemas diz que um sistema é um todo integrado cujas propriedades essenciais surgem das relações entre suas partes. De fato, segundo Capra, uma propriedade que se destaca em toda a vida é a sua tendência em formar estruturas multiniveladas de sistemas dentro de sistemas. Cada um desses sistemas forma um todo com relação às suas partes, enquanto que, ao mesmo tempo, é parte de um todo maior.
A Biologia organismica, física quântica, Ecologia e cybernetica.
Segundo Fritjof Capra, o famoso físico, em seu grande livro "A Teia da Vida", diz que já na década de 20, a teoria quântica mostrou que os objetos materiais sólidos da física clássica se dissolvem, no nível subatômico, em padrões de probabilidades de semelhantes a ondas, sendo que esses padrões não representam probabilidades de coisas, mas sim probabilidades de interconexões. Em biologia A forma biológica é mais que um molde, mais do que uma configuração estática de componentes de um todo. Há um fluxo contínuo de matéria de forma que acada dia somos Re-construídos, ou transformados (transformers), embora nossa forma seja mantida. E é justamente a interação e interconexão que nos dão essas possibilidades. Segundo Aristóteles , o primeiro biólogo da tradição ocidental, a matéria tem a natureza essencial de todas as coisas, mas apenas a potencialidade. Por meio da forma (shape), essa essência torna-se real ou efetiva. O processo de auto-realização ele chama de enteléquia ou autocompletude.
Ainda segundo Capra, a chamada escola organismica explorou a concepção de organização , que viria a substituir a noção de função. Quando a genética começou a explorar a estrutura molecular dos genes eles descobriram que as características de todos os seres vivos, desde bactérias a humanos, estavam codificados em dados em seus cromossomos na mesma substância química, que utilizava os mesmos caracteres de código, como blocos de construção alterações na ordem desses blocos representavam mudanças na forma do organismo, isso claro em conjunto com uma interação com o ambiente, ou melhor, o meio com os genes.
podemos aqui fazer também um link com a cibernética. Há muito em comum entre a biologia e a cibernetica. Na concepção de Wiener um dos inspiradores da cibernética esta é a ciência do controle e da comunicação no animal e na máquina. A ideia de organização está diretamente ligado a isso. Um dos conceitos mais importantes em biologia se chama homeostase, esse conceito também é um conceito da cybernética. Assim como o conceito de Feed back o qual é aplicável em biologia, ecologia e cibernetica, bem como em outras ciencias como psicologia e fisica.
Todas as principais realizações da cibernética originaram-se de comparações entre organismos e máquinas.
Os biólogos organismicos exploravam a natureza da forma biológica enquanto os ciberneticistas o lado mental, desse último influenciou os estudos em cognição. A chave desses dois processos está no entendimento da vida, que segundo Maturana, descreve outro conceito importante da cibernética, a concepção de auto-organização. Maturana perguntava-se que propriedades um sistema deve ter para ser realmente chamado de vivo. Podemos fazer uma distinção nítida entre sistemas vivos e não vivos? Humberto Maturana, neurocientista chileno nos forne uma resposta dizendo que sistemas vivos são sistemas cognitivos, e a vida como um processo é um processo de cognição. Essa afirmação vale para todos os organismos vivos, com ou sem um sistema nervoso. Disso tudo se resume em autopoiese, ou criação de autonomia dos sistemas autoorganizadores. Autopoiese é a organização comum a todos os sistemas vivos.
Na concepção sistêmica a qual é diferente da cartesiana o universo evolui da desordem e direção a ordem, diferentemente da máquina, a qual pára de funcionar. Mas em Transformers não há limite entre máquina e ser vivo, pois os transformers são organismos robóticos (máquinas) vivos.
O quão distantes estamos dessa realidade? Vejam os Japoneses que sempre inventam novos robôs sempre aperfeiçoando cujo alvo é a aproximação humana. Até onde as coisas realmente nos separam? Poderemos um dia chamar robôs de seres vivos? Talvez sim. Ora, se os componentes desses robôs são matéria e nós humanos somos matéria, o que nos permite viver é justamente a organização da vida e sua cognição.
Os biólogos organismicos exploravam a natureza da forma biológica enquanto os ciberneticistas o lado mental, desse último influenciou os estudos em cognição. A chave desses dois processos está no entendimento da vida, que segundo Maturana, descreve outro conceito importante da cibernética, a concepção de auto-organização. Maturana perguntava-se que propriedades um sistema deve ter para ser realmente chamado de vivo. Podemos fazer uma distinção nítida entre sistemas vivos e não vivos? Humberto Maturana, neurocientista chileno nos forne uma resposta dizendo que sistemas vivos são sistemas cognitivos, e a vida como um processo é um processo de cognição. Essa afirmação vale para todos os organismos vivos, com ou sem um sistema nervoso. Disso tudo se resume em autopoiese, ou criação de autonomia dos sistemas autoorganizadores. Autopoiese é a organização comum a todos os sistemas vivos.
Na concepção sistêmica a qual é diferente da cartesiana o universo evolui da desordem e direção a ordem, diferentemente da máquina, a qual pára de funcionar. Mas em Transformers não há limite entre máquina e ser vivo, pois os transformers são organismos robóticos (máquinas) vivos.
O quão distantes estamos dessa realidade? Vejam os Japoneses que sempre inventam novos robôs sempre aperfeiçoando cujo alvo é a aproximação humana. Até onde as coisas realmente nos separam? Poderemos um dia chamar robôs de seres vivos? Talvez sim. Ora, se os componentes desses robôs são matéria e nós humanos somos matéria, o que nos permite viver é justamente a organização da vida e sua cognição.
Da escola organísmica de biologia emergiu a ecologia, a qual é baseada em estudos sistêmicos. Não atoa os ecologistas comparem ecossistemas a organismos. O próprio planeta Terra é visto como um organismo (hipótese Gaia). A ecologia introduziu o conceito de rede. Martín Serrano (1978) defende que os pressupostos fundamentais para que cibernética e comunicação, cibernética e interacção humana se identificassem, resulta da visão da cibernética como ecologia, baseando-se no pilar que entre um ator humano e o seu meio exterior, a troca de mensagens é uma causa e um efeito entre a ação e a reação. (Pinuel, :39 apud Serrano, 1978)
"Mais do que os olhos podem ver"!
Transformers possui desde o início da série o slogan "Mais do que os olhos podem ver", que sintetiza bem a beleza dos personagens, os quais vivem sob desfarce de automóveis, mas que podemos usá-lo para em analogia comparar com as idéias e conceitos de física quântica , biologia, cibernética e principalmente sobretudo a ecologia, pois perdemos nossa capacidade de perceber como a vida é integrada e cheia de conexões com tudo.
Referências:
A Teia da Vida, de Fritjof Capra.
PINUEL , Jose Luis - Ensayo general sobre la comunicación. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, S.A., 2006.
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