quinta-feira, 7 de abril de 2011

Wayne e o Jesus americano

Enquanto lá do outro lado do mundo, no Oriente, está acontecendo uma revolução, onde
Governos que se estabeleceram por anos mediante ditaduras estão agora rachando e ameaçados pelos cidadãos de seus países, do lado de cá, mais precisamente na América do
Norte, Estados Unidos, o pastor "protestante" Wayne Sapp conseguiu fazer a dele.
Fez com que o outro lado do mundo olhasse pra este lado de cá e se inconforma-se,
gerando confusões. Umas 24 pessoas incluindo funcionários estrangeiros da ONU foram mortos em um violento protesto contra a queima do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, realizada por Wayne.
Talvez Wayne não saiba sequer a realidade em que vivem os seus irmãos cristãos que vivem do lado oriente do mundo. Talvez ele não saiba que pessoas são mortas simplesmente por serem cristãs, e que diante de um ocorrido como este causado por este irmão das bandas do ocidente este pode ter aumentado o ódio e desprezo pelos cristãos de lá. (veja site do Portas abertas e a classificação de países por perseguição). Não ouvi falar de morte de cristãos no Oriente em países de maioria muçulmano, mas não quer dizer que não possa ter tido, já que também quando tem este tipo de notícia não circula pelas mídias populares.
Num momento em que devido a revolução no Egito, por exemplo, país de maioria muçulmana, o diálogo entre os não cristãos poderia ajudar na convivência com os cristãos, alguém chega e queima um Alcorão. Uma atitude que não tem a ver com ser cristão, e talvez posso ir até além. Isso não está relacionado a ser ou não ser religioso, mas em ser intolerante. Na Bíblia Deus diz que não devemos usar algo com força nem por espada para que outra pessoa se torne um conosco. Não fomos salvos para queimar livros
religiosos, mas para sermos imitadores de Cristo. Não me lembro de Jesus queimando livro de outras religiões. "Crime contra uma religião" é o nome disso. Algo que pode ser feito entre religiosos ou por ateus. Nossa aliança feita com Cristo Jesus está no amor.
Uma atitude verdadeiramente cristã que poderíamos sim comparar a Jesus Cristo diferentemente com a de Wayne foi o episódio recente ocorrido no Egito, como bem cita o Hermes, em que cristãos deram as mãos improvisando um muro humano para defender os muçulmanos que oravam em praça pública durante um manifesto pela democracia. Não sei o que Wayne anda lendo na Bíblia, mas não é o que Jesus ensina, não é evangelho, que quer dizer "boas notícias", não é também I Coríntios 13, que fala do amor em sua essência, não é também o sermão do monte. De onde esse senhor está tirando isso? Simples...do seu próprio coração, porque nem em se tratando de textos bíblicos envolvendo a ira de Deus destruindo, como no caso da destruição com fogo do céu para Sodoma e Gomorra, nada disso tem a ver com o que Wayne fez. Wayne, me desculpe, mas preciso te informar que a revolução está na mente. A verdadeira revolução é o amor. Deus é amor. Está escrito na Bíblia. Jesus Cristo nos ama e isso nos faz amar a outros, inclusive os que nos tem como inimigos. É lamentável ver depois de anos essa cena de revanche ao 11 de setembro.
Lembram-se das eleições do segundo mandato de George Bush? Pois é, naquele fogo alto esquentando a sopa de medo, intolerância, ódio, revanche, muitos crentes que  professavam uma fé dita cristã votaram em Bush como um voto de segurança e através da retalhação que Bush prometera. E todo mundo sabe no que deu. Muitos achavam que estavam numa cruzada religiosa e de fé. A guerra contra o terror como uma guerra santa contra a outra religião, o outro país, a outra cultura, o outro mundo.
Tenho a impressão que os americanos (não todos) têm algum tipo de arrogância em achar talvez que Deus tem uma preferência por eles, como se eles fossem um padrão a se seguir, como se eles fossem bonzinhos, e há acho eu que existe um sentimento patriótico e nacionalista de serem a nação de Deus. 
Comseu gesto Wayne foi responsável pela morte de várias pessoas através de pessoas que tal como ele se encarregam de fazerem a justiça com palavras e atitudes agressivas.
Me lembrei mais uma vez de uma música do Bad religion. Se chama "American Jesus" ou em nossa linguagem, o "Jesus Americano".

Jesus Americano
Eu não preciso ser um cidadão global
Porque sou abençoado pela nacionalidade
Sou membro de uma população crescente
Nós reforçamos nossa popularidade
Há as coisas que parecem nos puxar abaixo
E há as coisas que nos arrastam para baixo
Mas há um poder e uma presença vital
Espreitando tudo a sua volta

Nós temos o Jesus Americano
Veja-o na interestadual
Nós temos o Jesus Americano
Ele ajudou a construir a propriedade do presidente

Eu sinto pela população da terra.
Porque poucos vivem no EUA
Pelo menos os estrangeiros podem copiar nossa moral
Eles podem visitar, mas não podem ficar
Somente alguns preciosos podem ter a prosperidade
Isso nos faz seguir com confiança renovada
Temos um lugar para ir quando morrermos
E o arquiteto mora bem aqui

Nós temos o Jesus Americano
Suportando a fé nacional
Nós temos o Jesus Americano
Oprimindo milhões por dia

Ele é os campos estéreis dos fazendeiros (em Deus)
A força, o comando do exército (nós confiamos)
A expressão nos rostos (porque)
Dos milhões de famintos (ele é um de nós)

O poder dos homens (Rompendo)
É o combustível que move o clã (cavando)
É a força motriz e consciência (nós podemos)
Do assassino (recolher nossos pecados)

Ele é o pregador na TV (coração forte)
A falsa sinceridade (tão alto)
Ele forma da letra que foi escrita (de um infinito)
Pelos grandes computadores (jeito)

As bombas nucleares (você perde)
E as crianças sem mães (nós ganhamos)
E sou tememte a isto (ele é)
Ele está dentro de mim (nosso campeão)

Nós temos o Jesus Americano
Veja-o na interestadual
Nós temos o Jesus Americano
Exercendo sua autoridade
Nós temos o Jesus Americano
Suportando a fé nacional
Nós temos o Jesus Americano
Oprimindo milhões por dia

(yeah!)
Uma nação sob Deus...
Uma nação sob Deus...


Oremos ,
Jorge Tonnera Junior

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...