quarta-feira, 20 de abril de 2011

A Páscoa da Terra e a Ressurreição do Universo

"A Páscoa da Terra e a Ressurreição do Universo"



A páscoa é uma celebração. Literalmente significa "passagem". É uma celebração decretada por Deus. Historicamente falando a Páscoa se dá após um ultimato de Javé (único e verdadeiro Deus) ao Faraó, por este resistir a Javé e não querer abrir mão da escravidão dos hebreus. Depois de desmoralizar todos os falsos deuses egípcios, Javé, o único e verdadeiro Deus terminou por desmoralizar o faraó. O Faraó era um homem que se considerava deus. Após isso e já com um reino em frangalhos, com seus deuses ridicularizados e reduzidos a nada (nada mais do que são) e com o próprio faraó em cacos diante da morte dos primogênitos (inclusive o seu),o Faraó cedeu e os hebreus foram embora do Egito. Isso tudo está registrado no livro da Bíblia chamado "Exodus" (que significa "Saída").


Desse tempo em diante os judeus passaram então a celebrar a Páscoa (Pessah) comemorando a saída do Egito, a passagem da escravidão para a liberdade.
Javé é o Deus que celebra e conclama aos seus celebrarem. Isso é maravilhoso. É como se dissesse: "Celebrem, façam festas, comemorem a vida e o direito a ela, a liberdade, a felicidade e o amor e a paz! Isso é Páscoa"... Assim a páscoa é a festa do êxodo, a festa da libertação. Encerra uma história de escravidão, falta de respeito à vida como um todo, um sistema que deposita um jugo pesado ao ser humano e que engole a natureza. A Páscoa é a saída de um mundo de fel e a entrada num mundo que mana leite e mel.(Exodo 3:8)

A situação dos hebreus no Egito é algo que nos remete a figura da Terra e de toda a criação enquanto sob o jugo de um tempo, causado pelo homem, sujeita a todo tipo de vaidade. Como é dito em Romanos cap. 8, Paulo, o apóstolo do mundo não judeu, fala da criação presa no cativeiro da corrupção.


Festa comum a judeus e a cristãos, no tempo dos antigos hebreus a páscoa como já vista simbolizava a saída do Egito, no entanto hoje compreendemos que o real sentido dela estava na figura do Messias.  "Chamou pois Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a páscoa". (Êxodo 12:21) O cordeiro que era sacrificado e servia de alimento na Páscoa apontava para o Cordeiro de Deus (Jesus Cristo) que se sacrificou por nós.(Jo 1.29) O cordeiro que foi imolado e cujo sangue foi passado nas portas das casas simbolizava o sangue do Cristo que seria imolado num madeiro e do qual todos que estão nele são lavados. A páscoa da Antiga Aliança  prefigurava a Cristo, pois Cristo é nossa Páscoa (1 Coríntios 5.7.). Assim como os judeus comemoraram a saída e libertação da escravidão, nós cristãos comemoramos a libertação da nossa alma. Somos libertos do pecado, a verdadeira prisão (1Co 5:7, Jo 8:32-36 e Mt 11:28). "Se pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”, foi o que Jesus disse para um grupo de judeus que se consideravam livres por serem descendentes de hebreus (João 8.36). Por isso com a vinda do Cristo a páscoa comemora nossa saída da corrupção do mundo para o reino dos céus (que significa a plena vontade de Deus em tudo e em todos), o reino do Filho do seu amor(Colossenses 1:13). 


Na Páscoa da Antiga Aliança se sacrificava um cordeiro toda vez para lembrar dessa passagem. Na páscoa da Nova Aliança não tem mais cordeiro no banquete. Agora é pão e vinho. Em síntese o pão representa o corpo do Cristo, corpo este que era igual ao de Adão, o qual foi oriundo da terra (Génesis 2:7), e o vinho simboliza o sangue de Jesus derramado na cruz. O corpo de Jesus padeceu, foi agredido de diversas formas de tal maneira que sangrou bastante e o desfigurou tal como uma rosa esmagada, como profetizou Isaías. Este sangue escorreu e penetrou no solo, o solo de Israel, o solo com os mesmos elementos químicos que formou Adão, o solo do planeta. Sim, o sangue do Cordeiro, o Cristo único escorreu e penetrou no solo. Quando Jesus morreu houve chuva, a qual suas águas se misturaram com o sangue dele lavando e levando para partes mais abaixo do solo e adentrou nos seres vivos (microorganismos) desse solo. Também o calor evaporou-o levando-o para o ar. Toda a criação, todos os elementos que compõem a nós e o planeta receberam esse sangue.


Está escrito na Bíblia: "(...) pois nEle foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dEle e para Ele. Ele é antes de todas as coisas. NEle tudo subsiste.
Havendo Deus por Cristo feito a paz, pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliou todas as coisas consigo mesmo, tanto as que estão nos céus como as que estão na Terra, A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas más obras, agora contudo vos reconciliou”(Cl. 1:15 a 21).


Pouco tempo depois de Jesus ressucitar, então Maria que era sua discípula foi o procurar e não encontrou o corpo do Senhor Jesus. Mas logo em seguida Maria olha e próximo dali lá estava o Senhor Jesus possivelmente lavrando a terra, pois Maria pensou que Jesus fosse o jardineiro daquele local e ali havia um horto (João 19:41 e João 20: 11,17). Leia Genesis e veja se isso te lembra alguma coisa: "Ora, o Senhor plantou um jardim no Éden e pôs nele o homem para o cultivar e o guardar."(Gn 2:15) Formidável, né? Queima o meu coração!!...




O sangue de Jesus é o penhor da libertação. A Terra tem sua liberdade garantida. Por isso também a criação geme como em dores de parto que prenunciam a volta do salvador, e ela aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus (Romanos 8:19).


Nesta semana mais precisamente no dia 22/04/2011 é a data conhecida como sexta-feira santa, dia que tradicionalmente diz-se que Jesus Cristo morreu. Também neste dia por curiosidade ou não, é o Dia que é comemorado o Dia da Terra, comemoração que surge na década de 90 e que remete ao primeiro protesto nacional contra a poluição, ocorrido nos anos 80. Só poderemos comemorar o Dia da Terra se de fato a cruz for a Páscoa da Terra. E de fato é. Jesus derramou seu sangue, que penetrou no chão dessa Terra, que será Terra dos Santos. Jesus é o penhor da vida e da ressurreição do planeta e de todo o universo.

Romanos capítulo 8 a partir do versículo 18 conclama: "Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada.
Porque a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus.
Porquanto a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou,
na esperança de que também a própria criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.
Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora;
e não só ela, mas até nós, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, aguardando a nossa adoção, a saber, a redenção do nosso corpo".


Uma tradução mais contemporânea escreve o início deste texto bíblico acima da seguinte maneira: “Um dia o próprio Universo ficará livre do poder destruidor que o mantém escravo e tomará parte na gloriosa liberdade dos filhos de Deus.” (Rm 8.21)


Irmãos, uma nova terra e um novo céu nos esperam. A Páscoa é a passagem para uma "novidade de vida". Nos projetemos nessa Páscoa lembrando que Jesus Cristo é a salvação de nós e de toda a vida e do universo.


"Levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima", diz as Escrituras. (Lucas 21,20-28).


EM Páscoa,
Jorge Tonnera Júnior

Aloha!! !! Amém!

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