sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Novo iPhone... o velho mercado e o moderno ser humano...

Já faz um tempinho uma notícia mexeu comigo... embora não me surpreendeu tanto, pois o ser humano vem se mobilizando dessa forma... necessitado de aparatos e de novidades tecnológicas...
Cerca de 700 pessoas se aglomeraram em um shopping da zona sul de São Paulo para conseguir comprar os primeiros aparelhos do novo Iphone vendidos no País.

Acho que o ser humano vai sendo movimentado pelo mercado e a cada vez que se moderniza mais atrelado fica às novidades. Daqui a algum tempinho este "Novo" Iphone já vai estar ultrapassado, e isto é bem simples de imaginar, pois na mente do fabricante já existe o próximo "Mais novo" Iphone e com data de lançamento. ISTO OCORREU COM O VÍDEO-CASSETE, E CONTINUA FUNCIONANDO MUITO BEM EM RELAÇÃO AO CELULAR (vide a quantidade de vezes que as pessoas trocam de celular). Mais um descartável para gerar problema inclusive ao meio ambiente. Estudo da ONU mostra Brasil no topo do ranking de produção per capita de lixo eletrônico vindo de computadores, entre 11 países emergentes e em desenvolvimento selecionados para um estudo conduzido pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).
Quem já viu o documentário "A História das Coisas" sabe muito bem do que se trata tudo isso. Quem ainda não viu é só ir no youtube e procurar (a versão dublada é melhor). Aqui no blog eu deixei um link deste vídeo no post "Qual realidade?"

Não foram 10 pessoas...foram 700 pessoas. Fila para ter um Iphone é o ser humano se tornando ridículo de gota em gota. Prova disso? Basta saber que existem pessoas com doenças tecnológicas.  
PESQUISA DIZ QUE 75% DOS JOVENS BRITÂNICOS NÃO CONSEGUEM VIVER SEM INTERNET e outros tantos que não conseguem viver sem celular.
Doenças diversas aparecem como: Síndrome da vibração fantasma, Laptopordose, Vício em portáteis, vício em estar constantemente atualizado, "Wiiite", "iAudição" (acho que esta aqui pode ser que eu tenha), Dedo de celular, e por aí vai...
Reparem que algumas destas doenças se referem a questão de como lidamos com o tempo (horas, minutos e segundos), 
 Como o tempo é desvalorizado e mal aproveitado nos dias atuais...

Foto linda e comovente...vejam só!
                                            Fila de cima são as 700 pessoas, SP - Brasil            Foto do site: temmais.comem 
As fotos de baixo são de Nova York.  Foto do site: http://macmagazine.com.br/
 e em Londres. Site: http://tecnologia.uol.com.br



 




Eu pessoalmente gosto de tecnologia, mas em que posição estamos colocamos as coisas na nossa vida?...

Bom. Não sei se consegui expressar o que eu gostaria, mas o buraco é mais embaixo, além do que o ser humano pode ver.

Jorge Tonnera Júnior

3 comentários:

  1. O ser humano é e sempre será movido por novidades. Hoje somos escravos da tecnologia e todos criticam, ontem eramos da televisão(Televisão tambem é digamos assim tecnologia) e quando num exista nada disso ? Faziamos guerra!

    E além disso, se não fosse essa sede do ser humano por melhorar cada vez mais estariamos com o primeiro Raio-X criado até hoje. (Você não tem idéia da radiação que ele jogava no paciente)

    Eu prefiro ficar na fila para comprar um celular do que numa para pegar uma espada!

    Em relação ao lixo, uma politica de reciclagem correta impostas aos fabricantes resolveria facilmente esse problema de lixo eletronico. Visto que muitos componentes são reciclaveis

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  2. Continuamos a fazer guerra, sempre fizemos e mais ainda agora que temos mais meios para isso. Veja bem, isto que escrevi não é uma crítica necessariamente à tecnologia, mas às prioridades que nós damos, as falsas necessidades e ao próprio ser humano, que perdeu a noção do tempo e da vida. O raio-x veio de uma necessidade, e o avanço tecnológico dele foi também necessário. Não que o Iphone não seja um invento útil, mas uma das questões aqui abordadas é a percepção das coisas e o mercado brinca muito bem com a gente, por exemplo através da obsolescência perceptiva e a obsolescência planejada, que são prejudiciais a sociedade em termos de comportamento (socialmente excludente) e ambientalmente errado.

    A reciclagem não é essa maravilha que muitos pensam; pelo menos não a reciclagem que o ser humana faz, um tanto quanto diferente da reciclagem natural realizada pela integração espécies-ecossistemas. Primeiro porque toda nossa reciclagem gasta energia e água (é benéfica a medida que permite o consumo menor desses e outros recursos, mas não é A SOLUÇÃO do lixo), além do que é extremamente dependente do aspecto econômico. A reciclagem dentro do capitalismo é mais usada para ampliar mercados do que para cuidar do meio ambiente. Haja visto empresas que podem usar da reciclagem e continuar extraindo matéria-prima.
    A gestão de resíduos já há tempos está sendo considerada dentro da economia dos Rs (Reduzir, reutilizar e reciclar). A nossa própria PNRS elenca de maneira prioritaria e muito boa no que se refere aos objetivos da Lei (artigo 7º), prevê os seguintes, os quais falam por si só: II — não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
    E mais ainda a equação reciclagem produção está muito desequilibrada. Enquanto o modelo de produção for esse não haverá reciclagem que sustente esse planeta. Basta ver que nos países desenvolvidos, onde um índice elevado da população aderiu à coleta seletiva, muitos materiais não são reciclados, pois a quantidade de resíduos está maior que a quantidade da capacidade de reciclagem.

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  3. Continuamos a fazer guerra, sempre fizemos e mais ainda agora que temos mais meios para isso. Veja bem, isto que escrevi não é uma crítica necessariamente à tecnologia, mas às prioridades que nós damos, as falsas necessidades e ao próprio ser humano, que perdeu a noção do tempo e da vida. O raio-x veio de uma necessidade, e o avanço tecnológico dele foi também necessário. Não que o Iphone não seja um invento útil, mas uma das questões aqui abordadas é a percepção das coisas e o mercado brinca muito bem com a gente, por exemplo através da obsolescência perceptiva e a obsolescência planejada, que são prejudiciais a sociedade em termos de comportamento (socialmente excludente) e ambientalmente errado.

    A reciclagem não é essa maravilha que muitos pensam; pelo menos não a reciclagem que o ser humana faz, um tanto quanto diferente da reciclagem natural realizada pela integração espécies-ecossistemas. Primeiro porque toda nossa reciclagem gasta energia e água (é benéfica a medida que permite o consumo menor desses e outros recursos, mas não é A SOLUÇÃO do lixo), além do que é extremamente dependente do aspecto econômico. A reciclagem dentro do capitalismo é mais usada para ampliar mercados do que para cuidar do meio ambiente. Haja visto empresas que podem usar da reciclagem e continuar extraindo matéria-prima.
    A gestão de resíduos já há tempos está sendo considerada dentro da economia dos Rs (Reduzir, reutilizar e reciclar). A nossa própria PNRS elenca de maneira prioritaria e muito boa no que se refere aos objetivos da Lei (artigo 7º), prevê os seguintes, os quais falam por si só: II — não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
    E mais ainda a equação reciclagem produção está muito desequilibrada. Enquanto o modelo de produção for esse não haverá reciclagem que sustente esse planeta. Basta ver que nos países desenvolvidos, onde um índice elevado da população aderiu à coleta seletiva, muitos materiais não são reciclados, pois a quantidade de resíduos está maior que a quantidade da capacidade de reciclagem.

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