quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Indicadores que uma nação escolhe para si.

Do que depende sua felicidade? Em algum momento, todos nós já nos perguntamos se somos felizes. Penso que a minha felicidade depende de como vivo,mais precisamente da idéia de CRISTO VIVE EM MIM, ou seja, em Cristo encontro o que preciso e me sinto completo nele, e a vida projetada em seu ensino de amor me faz feliz, o que não significa ausência de problemas. Em termos de desenvolvimento de um país e sua gestão a produtividade não pode ser o fim do desenvolvimento,mas o bem estar de uma coletividade chamada país, e como os princípíos de Cristo estão inseridos numa gestão repercute no desenvolvimento.






Nascido em 1972, em um pequeno país do Himalaia, o indicador FIB (Felicidade Interna Bruta) surgiu quando o rei questionou se PIB (o Produto Interno Bruto) seria o melhor índice para designar o desenvolvimento de uma nação.




Chegou a conclusão de que o PIB, a soma de tudo que é produzido em um país durante um ano, tinha pontos cegos impossíveis de ignorar. Ele apenas reflete um tipo de desenvolvimento (insustentável), mas não um desenvolvimento distributivo, equitativo e protetivo (sustentável). O maior deles era medir a riqueza econômica como fator essencial e principal do desenvolvimento.


A nova fórmula FIB para o cálculo de riqueza de um país, considera outros aspectos além do desenvolvimento econômico, como a conservação do meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas.


Através dos quatro pilares da FIB, economia, cultura, meio ambiente e boa governança, se projetam 9 domínios de onde saem indicadores para que a “Felicidade” de uma nação seja avaliada: Padrão de vida ou desenvolvimento socioeconômico, Boa governança, Educação, Saúde, Resiliência Ecológica, Diversidade Cultural, Vitalidade Comunitária, Uso equilibrado do tempo, Bem estar psicológico e espiritual.


O PIB não inclui nenhum julgamento moral sobre o valor da atividade executada. Então, por exemplo, a limpeza de um acidente de petróleo contribuiria para o PIB da mesma maneira que a produção de energia solar. Quando o petróleo é extraído do solo e vendido aos consumidores, isso é somado à riqueza de uma nação, e não contabilizado como um esgotamento de seus recursos. O lixo, é um bom exemplo também, pois é um indicador curioso de desenvolvimento de uma nação. Quanto mais pujante for a economia, mais lixo o país irá produzir. Ë o sinal de que o país está crescendo, de que as pessoas estão consumindo mais. Todo o alumínio ou o cimento produzido no país entra no cálculo do PIB, porém a poluição gerada por estas atividades industriais não são contabilizadas. Para se ter uma idéia da complexidade da coisa o volume de carbono emitido no Brasil por indústrias, veículos, usinas de eletricidade e outros cinco setores cresceu mais depressa que a economia entre 1994 e 2005, segundo reportagem da Folha de S.Paulo (disponível para assinantes do UOL e do jornal).


Bens superfluos como os diversos tipos de bebidas alcoólicas, assim como suas propagandas machistas, entram com valor positivo no PIB, embora estas bebidas sejam responsáveis por grande parte das mortes em decorrência da violência interpessoal ou em choques de veículos no país.





Um dos aspectos únicos da FIB - Felicidade Interna Bruta é o envolvimento das crianças e dos idosos (lembrem-se que crianças a princípio não trabalham e assim não produzem, assim como uma grande parte de idosos, mas eles também fazem parte da economia, além do que se a vida deles está boa ou ruim isso refletirá na sociedade ou simplesmente é reflexo da sociedade e das políticas).


Outros índices

O HPI - Happy Planet Index, mostra que, em todo o mundo, altos níveis de consumo de recursos naturais não necessariamente produzem altos níveis de bem-estar (satisfação com a vida) e que é possível produzir altos níveis de bem-estar sem um consumo excessivo dos recursos da Terra.


Outro indicador interessante é o GPI - Genuine Progress Indicator (IPR) , que considera dentre outras coisas:

I. Crime e Colapso Familiar (Family Breakdown) – fatores que geram custos adicionais aos indivíduos e à sociedade sob a forma de multas, despesas médicas, danos propriedade etc. O PIB trata tais despesas como adições ao bem-estar, já o GPI subtrai esses custos.


II. Trabalho Doméstico e Voluntário – contribuições altamente relevantes à sociedade que são ignoradas no cálculo do PIB por não gerar troca de moeda.


III. Distribuição de Renda – o aumento de receita não significa melhoria para todos, porque pode aumentar também a diferença entre os muito ricos e os demais.


IX. Vida Útil de Produtos Duráveis e Infraestrutura Pública – o PIB confunde o valor gerado pelas compras de consumidores, como eletrodomésticos, com o total gasto para comprá-los. Isso oculta a perda no bem-estar decorrente do fato de esses produtos terem sido fabricados para durar pouco tempo. Como solução, o GPI considera o dinheiro gasto com bens de capital um custo e o valor dos serviços que eles proveem, ano a ano, um benefício. Essa regra é aplicada também para bens de infraestrutura pública, como estradas.

Há uma variedade de outros indicadores além do próprio PIb. Estes são apenas alguns. NATURALMENTE o FIB se destaca por ser ousado o suficiente de perguntar: VOCÊ É FELIZ?

Vale lembrar que mesmo com algumas doutrinas incorretas, na minha opinião, a tradição budista do Butão considera a felicidade não como uma forma de apego, algo que é totalmente correto e de acordo com o pensar cristão.



"Esperamos que, ao mudarmos a maneira como calculamos a atividade econômica, possamos mudar nossas prioridades políticas e construir sociedades mais felizes e ambientalmente justas".(http://www.felicidadeinternabruta.com.br/)

Gostaria de convidar a Dilma e o Lula ou talvez o Serra e outros do transitório e linear, que vivem da política atrasada.





Referências:






www.compendiosustentabilidade.com.br/


www.felicidadeinternabruta.com.br


Revista Veja n. 1589, p. 60-2, 17 mar. 1999.


Pensando na felicidade

ALOHA a todos.                                                         

Jorge Tonnera Júnior

Um comentário:

  1. É muito interessante o post, mas infelizmente nunca teremos uma sociedade justa porque infelizmente ou felizmente o ser humano não é uma máquina e com isso não temos como promover a justiça para todos.

    O Lema do Brasil deveria ser, oportunidades iguais para todos e não igualdade para todos.

    Não é justo 40 Milhões trabalharem para sustentar 80 milhões de pessoas que tem várias desculpas para continuar não fazendo nada...

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